
semana passada estavam abarrotados de clientes, nesta semana sofrem com o sumi�o do p�blico.
Propriet�ria do restaurante self-service Jo�o Rosa, localizado na Savassi, Regi�o Centro-Sul, Catarina das Gra�as, de 66 anos, percebeu a mudan�a brusca na procura pelo servi�o de uma semana para outra. “Semana passada o movimento estava �timo, muito bom, e essa semana a gente percebeu que deu uma ca�da. N�o sei se nas empresas o pessoal t� trazendo comida ou se est�o liberando para n�o virem trabalhar, sei que aqui diminuiu,” observou.
J� no Bairro de Lourdes, tamb�m na Regi�o Centro-Sul da cidade, outro restaurante tem sofrido com a queda do p�blico. Fundado h� 29 anos pela m�e e, atualmente s�cia de Filipe Assis, de 29 anos, o Couve e Flor registrou nesta semana queda consider�vel nas vendas. “Nunca vi nada igual. At� sexta-feira estava normal, no domingo caiu um ter�o, na segunda-feira tamb�m um ter�o, e nesta ter�a-feira o movimento caiu pela metade”, conta Filipe, que trabalha no neg�cio da fam�lia desde 2001.
Mesmo preocupado com o aluguel que paga pelo im�vel onde o restaurante funciona, o empres�rio decidiu parar o servi�o nos pr�ximos dias. ‘Vou funcionar at� hoje (quarta), depois vamos fechar e n�o sei quando vamos ter seguran�a para voltar”. Segundo ele, colegas donos de restaurante est�o optando por dar f�rias coletivas aos funcion�rios. “N�o acho justo. A gente tira f�rias para passear e viajar, n�o para ficar em casa de quarentena,” disse.
A decis�o dif�cil de fechar as portas por tempo indeterminado partiu do receio quanto a seguran�a das pessoas que frequentam e trabalham h� anos no restaurante. Filipe conta que como se trata de um estabelecimento muito tradicional, tanto clientes que frequentam o local h� muitos anos quanto funcion�rios antigos da casa, j� t�m idade avan�ada e fazem parte do grupo de risco.
“Prefiro fechar minhas portas para deixar de ser um local de risco de cont�gio do que ficar postergando. Muita gente mais velha ainda est� saindo de casa. Hoje mesmo uma senhora me disse no almo�o que a filha dela n�o podia nem sonhar que ela estava aqui. Tamb�m tem a minha m�e que � idosa, n�o quero acabar perdendo gente da fam�lia, funcion�rios meus, ent�o prefiro assumir esse preju�zo. “

*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira