postado em 20/03/2020 19:20 / atualizado em 21/03/2020 11:02
Sem lockdown: Samantha comemorou anivers�rio na Coreia do Sul, no �ltimo 16 de mar�o (foto: Arquivo pessoal)
Uma das refer�ncias no combate ao novo coronav�rus, a Coreia do Sul se destaca por ter testado o maior n�mero poss�vel de pessoas - com sintomas ou n�o. Enquanto pa�ses como o Brasil t�m abordagem restritiva para o teste, na Coreia j� h� decl�nio no n�mero de novos casos. Pela internet, a estudante mineira Samantha Burton, 24 anos, que est� na pen�nsula coreana, conta detalhes do cotidiano. Ela est� na �sia para um interc�mbio acad�mico e at� o momento s� p�de ter aulas � dist�ncia. No depoimento, Samantha destaca metodologias como o teste gratuito para pacientes com resultado positivo e o uso de drive-thru, al�m do controle com aplicativos de monitoramento. Veja e leia o relato completo:
“Poucos dias depois que desembarquei em Seul, capital da Coreia, o pa�s registrou o maior n�mero de casos novos do coronav�rus em um �nico dia: foram cerca de 900. E apesar de numeroso, isso foi um reflexo da agilidade do governo em sair testando o maior n�mero de pessoas que fosse poss�vel. At� hoje, 315 mil testes foram realizados e um m�todo interessante � o de drive-thru, que as pessoas v�o de carro e fazem o teste gratuitamente. Esse � outro ponto (o teste sai de gra�a se o resultado foi positivo).
Todos os dias, recebemos mensagens de texto com notifica��es de casos pr�ximos a onde estamos. E tamb�m com informa��es sobre rod�zio de m�scaras. Temos aplicativos de monitoramento de regi�es aqui na Coreia. Aqui na universidade temos aplicativos de preven��o e seguran�a. Tenho, todos os dias, que medir minha temperatura corporal e reportar � faculdade. E tamb�m preencher formul�rio online onde devo informar meu estado geral de sa�de.
Alertas no celular ajudam a manter a popula��o informada (foto: Reprodu��o)
Estou no dormit�rio da faculdade em Ansan, com aulas online. Apesar de grandes eventos terem sido cancelados ou adiados, assim com as minhas aulas, centros comerciais funcionaram normalmente, supermercados, lojas, shoppings, caf�s... N�o houve p�nico, nem lockdown. N�o tive dificuldade em me locomover, entrar e sair, transitar pela capital do pa�s.
Lentamente os n�meros de novos casos reportados est�o diminuindo. Temos acesso frequente aos dados, principalmente do Centro de Controle e Preven��o de Doen�as daqui da Coreia do Sul. Aqui, lentamente as coisas est�o voltando ao seu normal, digamos assim. Mas mesmo assim o governo pede que a popula��o n�o baixe a guarda, n�o deixe de seguir as orienta��es sanit�rias e sair o menos poss�vel de casa.
Estou torcendo pelo Brasil, pe�o que todos sigam as orienta��es dos especialistas. Pratiquem a empatia, a responsabilidade social. E eu estou aqui na torcida.”%u2028
(Colaborou A�ssa Mac)
S�rie em v�deos do Estado de Minas traz relatos de brasileiros no exterior durante a crise do coronav�rus (foto: Montagem de Fred Bottrel sobre fotos de Samanta Burton/ Divulga��o)