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Estado de Minas

''Parece a m�sica do Raul Seixas'', diz vendedora de algod�o doce sobre Pampulha na quarentena

Regi�o tem parques fechados e cart�es postais vazios no domingo, por causa da epidemia, mas muitos n�o abrem m�o da atividade f�sica no local


postado em 22/03/2020 13:51 / atualizado em 22/03/2020 14:18

 

Neide Bárbara, em frente ao Parque Guanabara, fechado por conta da epidemia do Covid-19(foto: Jair Amaral / Estado de Minas)
Neide B�rbara, em frente ao Parque Guanabara, fechado por conta da epidemia do Covid-19 (foto: Jair Amaral / Estado de Minas)
“Parece o apocalipse da B�blia, ou aquela m�sica do Raul Seixas (O dia em que a Terra parou). Eu gosto dela: ‘Essa noite tive um sonho de sonhador, maluco que sou, acordei’. Mas � isso, ele acorda do sonho. No nosso caso aqui � a realidade mesmo”. Dessa forma a vendedora de algod�o doce Neide B�rbara, de 56, descreve o domingo menos movimentado na atividade que exerce h� 20 anos na regi�o da Pampulha. 

Em frente ao Parque Guanabara, fechado, e � Igreja de S�o Francisco de Assis, que ainda atrai um visitante ou outro, mas bem distante do movimento normal para o dia, a vendedora mostra preocupa��o em rela��o ao momento. “� meu ganha p�o, � com isso que me mantenho e pago minhas minhas contas, e elas v�o vencer desse jeito”, diz Neide, que n�o tinha certeza se encontraria o parque fechado, apesar do an�ncio feito pela Prefeitura na sexta-feira.

 “Imaginei que pudesse estar fechado, mas achei que haveria algum movimento aqui na regi�o, de pais com crian�as, s� que n�o tem nada. Em 20 anos, nunca vi desse jeito. Assim que eu conseguir o valor da passagem de �nibus, vou voltar para casa”, afirma a ambulante que at� o meio dia n�o havia vendido nenhum algod�o doce sequer. A m�dia para os domingos � pr�xima aos 50, segundo ela.

 

Em rela��o aos riscos de cont�gio pelo novo coronav�rus que ela mesma se exp�e por estar na rua, a preocupa��o n�o � t�o grande. “Vejo que para todo lugar est� assim, n�? At� quem � mais jovem est� se preocupando. � uma coisa complicada mesmo, o pessoal est� com medo”, diz a vendedora, que n�o usava m�scara, ou nenhuma outra prote��o.

 Apesar do movimento reduzido para o dia da semana que costuma ser o mais concorrido no Complexo da Pampulha, v�rias pessoas n�o abriram m�o da corrida ou da pedalada na orla da lagoa, mesmo com as orienta��es de isolamento residencial e com a chuva fina que ca�a. 

Casal não abriu mão da pedalada matinal, mesmo na quarentena (foto: Jair Amaral / Estado de Minas)
Casal n�o abriu m�o da pedalada matinal, mesmo na quarentena (foto: Jair Amaral / Estado de Minas)

Foi o caso do casal formado pelo motorista D�lio Luiz, 44, e a artes� Roseane Alves, 39. Juntos, eles aproveitaram a manh� de domingo para pedalar, como � de costume dele. “� preciso se precaver, evitar contato e aglomera��o, mas d� para manter a atividade f�sica”, diz D�lio. Roseane ainda v� vantagem na situa��o: “est� bem vazia a pista, mas pelo menos � mais sossegado”.

Os restaurantes que costumam ter lota��o esgotada e fila entre o fim da manh� e o come�o da tarde na regi�o mant�m as portas fechadas, mas um balc�o para retirada de pedidos feitos por encomenda. � o caso do Chopp da F�brica, localizado na Otac�lio Negr�o de Lima, entre a Igrejinha e o Mineir�o. 

Chopp da Fábrica da Pampulha fechado, funcionando apenas para retiradas e delivery (foto: Jair Amaral / Estado de Minas)
Chopp da F�brica da Pampulha fechado, funcionando apenas para retiradas e delivery (foto: Jair Amaral / Estado de Minas)

Longe dali, na Avenida Afonso Pena, outro ponto muito concorrido da capital aos domingos, por causa da Feira Hippie, o esvaziamento era completo pela n�o realiza��o do evento.

Afonso Pena no domingo sem Feira Hippie (foto: Jair Amaral / Estado de Minas)
Afonso Pena no domingo sem Feira Hippie (foto: Jair Amaral / Estado de Minas)


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