Semana Santa: cidades hist�ricas se fecham para turistas

"N�o venham. Tudo aqui est� fechado. Ap�s a passagem dessa pandemia estaremos de bra�os abertos". A declara��o do secret�rio de turismo de Ouro Preto e presidente do Circuito do Ouro, Felipe Vecchia Guerra, � ecoada por v�rios destinos que n�o devem receber visitantes nesta Semana Santa devido ao isolamento social promovido para evitar a dissemina��o da COVID-19. O impacto, de acordo com representantes desses destinos, ser� realmente enorme, pois se trata do maior feriado em volume de visitantes nas cidades hist�ricas e destinos tur�sticos mineiros depois do carnaval.

Apesar de as rodovias estarem vazias, sobretudo �s v�speras do feriado, h� quem ainda assim tenha reunido a fam�lia e tentado a sorte no tradicional feriado, mesmo com o risco de contrair o novo coronav�rus. Para afastar os turistas, alguns munic�pios chegaram a fechar seus acessos.

Quem insistiu em pegar a estrada e ingressar nas cidades se deparou com estabelecimentos fechados, restaurantes entregando apenas pratos para viagem pelas janelas e portas, igrejas com entrada restrita e pousadas sem leitos dispon�veis. S� em Ouro Preto, onde as prociss�es sobre os tapetes de serragem atraem multid�es, o impacto se traduzir� em uma perda de 15 a 20 mil turistas, sendo desses 1.500 a 2 mil estrangeiros. “Ouro preto est� seguindo as indica��es da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) e do Minist�rio da Sa�de (MS). Estamos em pleno isolamento social. Todos os monumentos est�o fechados. O Museu da Inconfid�ncia, a Casa dos Contos. As igrejas s� abrem com restri��es de visita��o e missa. As celebra��es e atos lit�rgicos ser�o transmitidos pela arquidiocese para evitar aglomera��es e eventos que tenham um p�blico presente”, afirma o secret�rio.

Circuito do Ouro

De acordo com ele, no Circuito do Ouro, que � formado por 14 munic�pios (Bar�o de Cocais, Caet�, Catas Altas, Congonhas, Itabira, Itabirito, Mariana, Nova Era, Nova Lima, Ouro Branco, Ouro Preto, Rio Acima, Sabar� e Santa B�rbara), as mesmas restri��es se repetem. “As mesmas medidas de prote��o e adiamento de eventos acima de dez pessoas seguem um protocolo parecido, com as mesmas medidas”, afirma. “Nossa campanha � para que remarquem suas viagens e alguns eventos, como prociss�es e atos lit�rgicos, poder�o ser realizados em setembro se as restri��es e o isolamento estiverem mais controlados”, afirma Guerra.De acordo com dados da secretaria as perdas tamb�m ser�o enormes, uma vez que s� o Parque Nacional da Serra do Cip� recebeu 6 mil pessoas na �ltima Semana Santa. “Na Serra do Cip� e Lapinha da Serra h� mais de 2.500 leitos e ficam todos ocupados na �poca desse feriado, sem contar com as pessoas que passam o dia nos restaurantes e atra��es e depois v�o embora”, afirma a secret�ria. De acordo com Martins, durante o isolamento t�m sido compartilhados oportunidades de cursos online do Sebrae, Minist�rio do Turismo e Secretaria de Estado de Turismo. “Nossa expectativa � promover a��es de marketing p�s-crise para potencializar o fluxo de turistas depois que tudo acabar. Nosso lema tem sido: Queremos que voc� conhe�a nossas belezas, mas quando isso tudo acabar. N�o cancele, remarque”, afirma.