
A categoria alega que convive diretamente com os pacientes diagnosticados com a COVID-19, portanto estariam mais expostos � doen�a.
O reajuste, classificado pelo Executivo como Amigos da Enfermagem Gratifica��o Tempor�ria de Emerg�ncia em Sa�de P�blica (GTESP), vai de R$ 1.107,76 para os n�veis 1 e 2 da carreira chegando at� R$ 6.002,21 para os profissionais lotados no sexto nivelamento e que trabalham 24 horas por semana. O GTESP ser� pago mensalmente.
“A enfermagem, em raz�o de suas fun��es, � a profiss�o mais exposta ao cont�gio pelo Covid-19. Seus profissionais atuam � beira do leito, 24 horas por dia e, em neste momento de crise, o decreto excludente do governo de Minas gera uma sensa��o de desrespeito e desvaloriza��o”, afirma, em nota, o enfermeiro Bruno Farias.
Segundo ele, um projeto foi levado a vereadores e deputados estaduais para que a quest�o tamb�m tramite no Poder Legislativo.
“No momento em que a sa�de de Minas e do Brasil precisa de aliados para vencer a luta contra a propaga��o do v�rus, o governo Zema (Novo), ao excluir os profissionais de enfermagem, demonstra desrespeito e desconhecimento de causa. � urgente que este equ�voco seja corrigido, de forma ison�mica, para todos os profissionais que atuam nas institui��es p�blicas de sa�de do estado”, critica o enfermeiro Bruno Farias.
O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 4ª Regi�o (CREFITO-4 MG) e o Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (COREN-MG), tamb�m repudiaram a a��o do governo "Tal medida constitui um profundo desrespeito e desvaloriza��o das demais profiss�es e profissionais de sa�de, em especial aos profissionais de Enfermagem e de Fisioterapia que, conjuntamente com os m�dicos, comp�em a equipe m�nima das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e est�o na linha de frente no combate ao novo coronav�rus", posicionaram-se, por meio de nota, os conselhos.
Ainda de acordo com a nota, "os �rg�os, por�m, n�o s�o contra a contrata��o tempor�ria dos m�dicos, tampouco aos benef�cios concedidos aos servidores m�dicos, mas, apenas, contra a aus�ncia de outros profissionais, igualmente imprescind�veis, que s�o integrantes indispens�veis das equipes multidisciplinares que est�o na linha de frente no enfrentamento da pandemia".
Outro lado
Em nota, a assessoria de imprensa do governo Romeu Zema informou que "ao avaliar os vencimentos de categorias da Fhemig, que est�o diretamente envolvidas no tratamento � Covid-19, foi identificado que todas recebem remunera��o condizente ou acima do mercado, menos os m�dicos a partir do n�vel 3".
Essa faixa da carreira ganhar� uma gratifica��o a partir de R$ 1.599,25, para aqueles que trabalham 12 horas por semana, e de R$ 2.183,33 para aqueles com expediente semanal de 24 horas.
Sobre essa justificativa, o enfermeiro Bruno Farias defende que todos os profissionais de sa�de "devem e merecem ter um reconhecimento". Segundo ele, por�m, os enfermeiros n�o recebem reajustes h� sete anos e ganham muito menos que os m�dicos.
"A enfermagem � quem de fato se exp�e ao risco. Portanto, s�o eles que devem ter um olhar diferenciado pelos gestores p�blicos", sustenta.