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Estado de Minas

Coronav�rus: Ritmo de infec��o em Minas aponta para acerto do isolamento social

Acelera��o de casos no estado e em Belo Horizonte est� abaixo da m�dia nacional e de estados como Rio de Janeiro e S�o Paulo e suas capitais


postado em 14/04/2020 06:00 / atualizado em 14/04/2020 09:30

Em Belo Horizonte, onde decreto fechou boa parte do comércio ainda em 20 de março, o ritmo de infecções aumentou 41,73%, contra alta de 501,30% da capital paulista(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press %u2013 20/3/20)
Em Belo Horizonte, onde decreto fechou boa parte do com�rcio ainda em 20 de mar�o, o ritmo de infec��es aumentou 41,73%, contra alta de 501,30% da capital paulista (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press %u2013 20/3/20)

Os mineiros podem ter seguido mais a s�rio o isolamento social que a m�dia dos brasileiros. Ind�cio disso � que o ritmo de infectados proporcionais pela COVID-19 desde que se iniciou o isolamento duro, em 20 de mar�o, tem sido menor em Minas Gerais e em Belo Horizonte do que a m�dia nacional e consideravelmente inferior ao do Rio de Janeiro e de S�o Paulo. � o que apontam os dados oficiais de novos casos compilados pela reportagem do Estado de Minas seguindo orienta��o da Sociedade Mineira de Infectologia. O ritmo de infec��es chega a ser praticamente quatro vezes mais r�pido na capital fluminense que em BH e impressiona quando comparado ao dos paulistanos, no centro da epidemia nacional, com um compasso 12 vezes maior que o dos belo-horizontinos no per�odo de afastamento p�blico.

A m�dia di�ria de diagn�sticos em BH antes do in�cio do isolamento era de 10,5 casos – �ndice registrado entre 17 e 28 de mar�o, per�odo no qual muitos dos que haviam se contaminado antes da medida ou no seu in�cio n�o haviam manifestado sintomas. Essa m�dia aumentou 41,7%, chegando a 15 pacientes a cada 24 horas entre 29 de mar�o e 11 de abril, per�odo j� dentro do isolamento, que compreende o prazo de cinco a 14 dias para aparecimento de sintomas de quem se contaminou, acrescido das 72 horas necess�rias para o diagn�stico (veja quadro).

�ndices melhores que os das grandes metr�poles do Sudeste, a regi�o mais afetada at� o momento e que concentra acima de 60% dos casos confirmados da COVID-19. Isso, apesar de demonstra��es de desrespeito ao conselho dos infectologistas e dos departamentos de sa�de federais, dos estados e dos munic�pios, como a grande presen�a de pessoas na orla da Lagoa da Pampulha, como mostrado pelo EM. Ap�s a den�ncia, a Prefeitura de Belo Horizonte interditou espa�os como a �rea da Igreja S�o Francisco de Assis.

Em Minas Gerais, os dados mostram que a m�dia de diagn�sticos antes do recolhimento das pessoas foi de 16,4 casos. No per�odo do isolamento, essa raz�o subiu para 38,9, ou seja, uma expans�o de 137% das infec��es. Esse ritmo, ainda que superior ao de Belo Horizonte, � 2,7 vezes mais lento do que o registrado em S�o Paulo, 1,7 vez inferior ao do Rio de Janeiro, e 2,1 vezes abaixo do registrado pelo Brasil no comparativo entre os per�odos.

Segundo o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estev�o Urbano Silva, os sintomas da COVID-19, como febre, tosse, dificuldade para respirar, produ��o de escarro, congest�o nasal, dor de garganta e coriza, come�am a aparecer entre o quinto e o 14º dia ap�s a exposi��o ao v�rus. "Por esse motivo, as semanas que se seguem a esses prazos � que v�o realmente mostrar se o isolamento e outras medidas est�o sendo efetivos. Se melhor aplicadas em Minas Gerais ou em outros estados", projeta o especialista. Contudo, o infectologista alerta que fatores como a demora na realiza��o de exames e a n�o realiza��o de diagn�sticos em casos menos cr�ticos podem distorcer os dados oficiais.

Outro indicador da progress�o da COVID-19 na realidade de cada estado ou regi�o � a velocidade com que o n�mero de casos dobra. Levando-se em conta os primeiros dados obtidos para contamina��es dentro do per�odo de isolamento, at� o dia 11, Belo Horizonte apresenta um ciclo de duplica��o das infec��es de 12 dias. O estado de Minas Gerais � mais r�pido, dobrando o n�mero de casos a cada 10 dias. As duas realidades mostram um compasso de contamina��es mais lento que a verificada no Brasil, no Rio de Janeiro, em S�o Paulo e nas capitais desses estados, que � de cerca de oito dias para que se tenha o dobro de diagn�sticos positivos.
 
 
 
Para a Secretaria de Estado de Sa�de (SES), a curva de Minas est� achatada, o que indica que as medidas de isolamento est�o no caminho certo e ocorreram em momento oportuno. Na quarta-feira passada, a SES mudou a previs�o de pico da COVID-19 em Minas, inicialmente projetada para a �ltima semana de abril, para 4 ou 5 de maio. A altera��o responde a uma percep��o de que a contamina��o est� ocorrendo de forma mais lenta, o que significa tamb�m menos press�o sobre o sistema de sa�de. De acordo com a secretaria, houve picos de ades�o ao isolamento por 70% da sociedade em Minas permitindo uma redu��o na transmiss�o do v�rus.

O isolamento social � apontado como importante pelos infectologistas, mas em parte nenhuma do mundo � perfeito. E a evolu��o cont�nua de casos da COVID-19 com a dissemina��o do novo coronav�rus (Sars-Cov-2) mundo afora comprova isso. A SES lembra que a transmiss�o do novo coronav�rus ocorre de pessoa a pessoa, pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminados, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Para se prevenir do cont�gio, a pessoa deve lavar as m�os com frequ�ncia, utilizando �gua e sab�o ou �lcool em gel. Cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir. Evitar aglomera��es se estiver doente, manter os ambientes bem ventilados e n�o compartilhar objetos pessoais. N�o existe tratamento espec�fico para infec��es causadas pelo novo coronav�rus, sendo indicado repouso e consumo farto de �gua, al�m de medidas para al�vio dos sintomas, como o uso de medicamento para dor e febre (antit�rmicos e analg�sicos). Em caso de piora do quadro, com febre alta, persistente e dificuldade em respirar, o paciente dever� procurar a unidade b�sica de sa�de mais pr�xima.

O que � o coronav�rus?

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 � transmitida?

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia


Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o coronav�rus � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

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