
A partir desta quarta-feira (22), al�m de obrigado a usar m�scara sempre que sair de casa, quem for a um estabelecimento comercial em Belo Horizonte ter� a entrada controlada. Essas s�o algumas das exig�ncias do decreto 17.332, publicado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) no Di�rio Oficial do Munic�pio.
Conforme o texto, os estabelecimentos comerciais poder�o receber um cliente por 13 metros quadrados de �rea de venda a partir de quarta. Al�m disso, ser� permitido apenas uma pessoa por carrinho de compras.
O controle de clientes � de responsabilidade do estabelecimento comercial. De acordo com o decreto, a entrada e sa�da de pessoas deve ser gerenciada por meios eletr�nicos; por sistemas de cart�es numerados na entrada e higienizados com �lcool em gel; ou por um procedimento equivalente que garanta a administra��o do n�mero de cidad�os dentro da loja em quest�o.
Essas duas normas, contudo, n�o se estendem a equipamentos de sa�de, como centros de sa�de, hospitais e cl�nicas. Esses locais continuam, por�m, com a necessidade do distanciamento m�nimo de dois metros entre uma pessoa e outra.
Outra regra trazida pelo decreto � a necessidade de fixa��o de cartazes informativos sobre a forma de uso correto de m�scaras e o n�mero m�ximo de pessoas permitidas ao mesmo tempo dentro do estabelecimento. O modelo de refer�ncia pode ser consultado no site da prefeitura.
Conforme o que j� havia sido adiantado pelo prefeito, o texto tamb�m traz a obriga��o do uso de m�scaras no espa�o p�blico. O equipamento deve cobrir o nariz e a boca e precisa ser usado em espa�os p�blicos, transporte p�blico coletivo e estabelecimentos comerciais, industriais e servi�os do munic�pio.
Assim como o adotado em outras cidades, Belo Horizonte tamb�m vai restringir a gratuidade do transporte p�blico para idosos durante os hor�rios de pico: das 5h �s 8h59 e das 16h �s 19h59. Essa medida j� vale a partir desta segunda-feira (20).
Compra de m�scaras
Ainda nesta edi��o do Di�rio Oficial do Munic�pio, a prefeitura convidou empresas para fornecimento de dois milh�es de m�scaras de prote��o artesanal e reutiliz�vel na cor branca. O material n�o pode ter logotipo e deve ser confeccionado em dois materiais: algod�o e tricoline, ambos anti-al�rgicos.
As dimens�es do item devem ser 20 cent�metros de largura por 20 de altura por 12 de altura nas laterais. As entregas est�o programas para 10 dias corridos.
As propostas, conforme o convite, devem ser de no m�nimo 100 mil m�scaras e poder�o ser encaminhadas at� a pr�xima segunda-feira (20) pelo e-mail [email protected] ou por escrito, com protocolo a ser realizado junto � Secretaria Municipal Sa�de, localizada na Avenida Afonso Pena 2336, Regi�o Centro-Sul de BH.
A apresenta��o de amostras dever� ser realizada no mesmo endere�o, at� na segunda-feira. O material, conforme j� dito pelo prefeito Kalil, ser� doado a pessoas em vulnerabilidade social.
Mais informa��es podem ser obtidas no telefone (31) 3277-7812.
Infectologista comenta
De acordo com o infectologista e membro do comit� criado para enfrentamento da pandemia em Belo Horizonte, Carlos Starling, as medidas seguem crit�rios t�cnicos e cient�ficos para serem implementadas gradativamente e, depois, serem retiradas para que a cidade garanta seguran�a em uma recupera��o econ�mica.
“As m�scaras v�m num contexto de uma s�rie de medidas para, depois, se fazer uma flexibiliza��o orientada. N�o podemos ter uma desmobiliza��o irrespons�vel”, pontua.
Starling ressalta que as decis�es da prefeitura se mostraram acertadas at� o momento. “Belo Horizonte est� indo muito bem no isolamento social. Se olharmos os n�meros, voc� vai perceber que o esfor�o da popula��o est� sendo compensado. N�o podemos relaxar. O v�rus est� circulando e n�o chegamos no pico ainda. Precisamos de ter um achatamento dessa curva para que as medidas preventivas sigam sendo implementadas com conhecimento cient�fico e as estrat�gias de flexibiliza��o tamb�m”, complementa.
O infectologista tamb�m ressaltou que as regras n�o devem ser abrandadas num per�odo pr�ximo e pediu entendimento � popula��o e empatia para proteger uns aos outros. “Epidemia n�o se resolve no ‘sprint’, e sim como uma maratona. Tem que ir dosando seu esfor�o. As medidas tem l�gica e lastro t�cnico e v�o sendo tomadas a conta gotas. A estrat�gia � um indiv�duo proteger o outro. O objetivo � ter menos mortes. Tendo menos mortes, temos capacidade de reagir melhor economicamente”, ponderou
Na Grande BH, pelo menos 11 cidades tornaram obrigat�rio o uso do acess�rio em algum n�vel para ajudar a conter o coronav�rus ou preparam medidas nesse sentido. Al�m da capital, Betim, Caet�, Confins, Contagem, Ibirit�, Lagoa Santa, Matozinhos, Nova Lima, Pedro Leopoldo, S�o Jos� da Lapa e Santa Luzia passaram a exigir o uso do equipamento de alguma forma.
Nesta semana, o Estado de Minas foi �s ruas ouvir a popula��o sobre o decreto. Para muitos, a medida � essencial para proteger a sa�de. Outros apontam pre�os e escassez do acess�rio como entrave e cobram distribui��o gratuita
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou por unanimidade nesta quinta-feira � tarde o Projeto de Lei 1.661/20, que torna obrigat�rio o uso de m�scaras cir�rgicas nos estabelecimentos comerciais do estado como prote��o contra o coronav�rus em todo o estado. A medida proposta ter� validade enquanto durar a pandemia da doen�a.