
Decreto assinado pelo prefeito Alexandre Kalil, Belo Horizonte determinou a obrigatoriedade do uso de m�scaras pela popula��o nas ruas. No entanto, a confec��o de Maria de Lourdes e dona Nedia come�ou alguns dias antes.
No Bairro Floresta, Regi�o Leste da capital, a empres�ria ajuda a cuidar da amiga aposentada, que mora sozinha. A produ��o de m�scaras, al�m de um passatempo para as duas, � o modo de manter mente e corpo mais tranquilos e ajudar ao pr�ximo.
“Ela (Nedia) n�o gosta de ficar em casa, gosta de sair. Se arruma toda, mas agora n�o pode, fica andando para l� e pra c�. H� uns 15 dias, come�amos a fazer as m�scaras por um pedido de uma ONG. Depois, decidimos continuar”, conta Maria de Lourdes.
A empres�ria � quem fica encarregada de comprar o material. A produ��o segue padr�es estabelecidos pela Anvisa e orienta��es do Minist�rio da Sa�de, como as relativas � espessura de tecidos e camadas. Os pre�os v�o de R$ 5 a unidade ou tr�s por R$ 10 e chegam a custar R$ 2 caso o pedido venha em grande quantidade.
Renda extra
“Ela (Nedia) tem um aluguel, mas n�o est� recebendo por conta da pandemia. A aposentadoria � um sal�rio, mas vai tudo para plano de sa�de - R$ 833 - e outras contas. Minha loja est� fechada, meu marido tamb�m n�o est� trabalhando, ent�o uma coisa ajuda � outra”, explica Maria de Lourdes. “Assim deixamos a dona Nedia de castigo”, brinca.
A empres�ria diz que vem tendo dificuldades e precisou mudar o local onde compra os tecidos, pois as lojas est�o tendo dificuldades em abrir por conta das restri��es a estabelecimentos n�o essenciais. Ainda assim, as amigas j� preparam uma produ��o de m�scaras com estampas de her�is e hero�nas, para ajudar na conscientiza��o de crian�as e adolescentes.