
"N�s n�o poderemos ampliar a flexibiliza��o de Belo Horizonte. N�o poderemos porque continuamos apegados, amarrados e conduzidos pela ci�ncia. Temos dados absolutamente alarmantes em Minas Gerais", declarou Kalil.
Com isso, novos tipos de estabelecimento n�o ser�o liberados a abrir. Podem funcionar apenas os servi�os considerados essenciais e os setores reabertos na �ltima segunda-feira (25), que marcou o in�cio da flexibiliza��o do isolamento social na capital.
Na segunda-feira, voltaram a abrir sal�es de beleza (exceto cl�nicas de est�tica), shoppings populares e com�rcios varejistas. Com o objetivo de diminuir aglomera��es no transporte p�blico, foram estabelecidos hor�rios espec�ficos de funcionamento para cada setor.
Apesar de a prefeitura ter estabelecido medidas para diminuir os riscos de propaga��o do v�rus durante o processo de reabertura do com�rcio, o que se viu nas ruas da capital foi uma grande movimenta��o de pessoas e o desrespeito ao distanciamento social.
Segundo boletim epidemiol�gico divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES), Belo Horizonte registrou 1.766 casos de coronav�rus. Desses, 48 evolu�ram para �bitos.
Integrante do Comit� de Enfrentamento da Epidemia da COVID-19, o infectologista Carlos Starling disse que que a expans�o da COVID-19 na capital n�o tem rela��o com a reabertura da economia na segunda-feira.
"Tivemos acelera��o pequena de um n�mero de casos, mas n�o atribu�mos � flexibiliza��o. N�o deu tempo. Esses casos s�o, provavelmente, de semanas anteriores. Isso n�o pressionou o sistema de sa�de. Ele est� preparado para receber (mais pacientes), mas temos de ser respons�veis para n�o deixar a epidemia pressionar a cidade e continuar evoluindo. N�o d� para flexibilizar mais. Vamos continuar observando os dados e a partir da�, podemos dizer sobre a ocupa��o de leitos".
"Tivemos acelera��o pequena de um n�mero de casos, mas n�o atribu�mos � flexibiliza��o. N�o deu tempo. Esses casos s�o, provavelmente, de semanas anteriores. Isso n�o pressionou o sistema de sa�de. Ele est� preparado para receber (mais pacientes), mas temos de ser respons�veis para n�o deixar a epidemia pressionar a cidade e continuar evoluindo. N�o d� para flexibilizar mais. Vamos continuar observando os dados e a partir da�, podemos dizer sobre a ocupa��o de leitos".
Indicadores
O entendimento do grupo de especialistas foi que n�o h� condi��es de avan�ar no processo de reabertura do com�rcio na capital. Segundo Alexandre Kalil, os dados apresentados pelo comit� s�o "alarmantes".
"Fiquei profundamente assustado com o que eu vi. Se Belo Horizonte fosse uma ilha, poder�amos flexibilizar � vontade. Mas n�o somos uma ilha. Quando voc� v� �nibus chegando de Curvelo como vimos na televis�o, com doentes infectados, quando voc� v� que 56 doentes chegaram num dia em Belo Horizonte...", disse o prefeito.
O comit� � coordenado pelo secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado Pinto, e conta com mais tr�s membros: Est�v�o Urbano (presidente da Sociedade Mineira de Infectologia), Carlos Starling (infectologista membro da Sociedade Brasileira de Infectologia) e Una� Tupinamb�s (professor da Universidade Federal de Minas Gerais).
Jackson considera que � imposs�vel analisar se a abertura da economia influenciou no "term�metro" da COVID-19 em BH, que apresentou dados mais preocupantes: "N�o temos como dizer o impacto desses cinco dias de flexibiliza��o que tivemos nos dados atuais. Por isso, decidimos esperar mais uma semana".
Fases do processo
O comit� de especialistas da prefeitura distingue os poss�veis n�veis de abertura do com�rcio em seis etapas. As quatro �ltimas se referem a cen�rios em que o estabelecimentos considerados n�o essenciais podem funcionar:
- Lockdown: n�vel m�ximo de fechamento, cogitado caso haja piora expressiva nos indicadores epidemiol�gicos de BH;
- Fase 0: cen�rio implementado em 18 de mar�o e v�lido at� o �ltimo domingo (24), em que apenas com�rcios essenciais podem funcionar;
- Fase 1: cen�rio implementado na �ltima segunda-feira (25) e que permanece em vigor, com reabertura de alguns tipos de estabelecimento, como sal�es de beleza (exceto cl�nicas de est�tica), shoppings populares e com�rcios varejistas;
- Fase 2: cen�rio com maior abertura que a Fase 1, com a reabertura de mais tipos de estabelecimento. Ser� implementado caso os �ndices epidemiol�gicos e estruturais sejam favor�veis;
- Fase 3: cen�rio com maior abertura que a Fase 2, com a reabertura de mais tipos de estabelecimento. Ser� implementado caso os �ndices epidemiol�gicos e estruturais sejam favor�veis;
- Fase 4: cen�rio com maior abertura que a Fase 3. Ser� implementado caso os �ndices epidemiol�gicos e estruturais sejam favor�veis, caso os �ndices epidemiol�gicos e estruturais sejam favor�veis. Indica reabertura m�xima do com�rcio.