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Estado de Minas

Sem quadrilha, canjica e quent�o: lojistas preveem preju�zos durante festas juninas

Distanciamento social deve impactar a tradi��o e a renda nos meses de junho e julho


01/06/2020 13:21 - atualizado 01/06/2020 14:03

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Donos de lojas de artigos que vendem decora��o, trajes e comidas t�picas das tradicionais festas juninas  —  que ocorrem anualmente entre os meses de junho e julho  —  e que contam com a renda extra das vendas durante o evento, j� est�o se preparando para os impactos e os preju�zos da pandemia do novo coronav�rus durante o per�odo. Com escolas fechadas e com a recomenda��o de isolamento social, a tradi��o teve de ser deixada de lado, mesmo que temporariamente, para evitar a propaga��o da COVID-19.
“Todo ano, eu abro no final de abril ou no princ�pio de maio, mas esse ano n�o deu para abrir porque estava proibido. Trabalho quase que exclusivamente com roupas de quadrilha. Os vestidos est�o todos embalados,” explica Sonia Maria, de 63 anos, que atua no ramo h� mais de 20 anos, e completa “os clientes sumiram porque n�o pode ter aglomera��o e eu alugo muito para escolas (que est�o fechadas), ent�o ningu�m me procurou.  S� tr�s pessoas ligaram querendo roupinhas, mas para tirar foto”, explica. 

Nesta segunda-feira (1), a propriet�ria que diz que nunca antes havia passado por uma situa��o como esta, resolveu abrir a loja que fica na Rua Maria Helena Marques, no Bairro S�o Pedro, em Venda Nova, pela primeira vez. A decis�o veio uma semana depois da autoriza��o da reabertura de alguns setores do com�rcio, pela prefeitura de BH que come�ou a partir da �ltima segunda-feira (25). A esperan�a, � de que com as portas abertas, os clientes apare�am. “ Vou come�ar a colocar as roupas para fora, vai que algu�m passa e v�.”

Um dos eventos mais tradicionais da capital mineira, realizado desde 1979, o Arraial de Belo Horizonte j� havia sido suspenso por causa da pandemia do novo coronav�rus. Al�m de eventos nas nove regionais, o concurso de quadrilha realizado anualmente na Pra�a da Esta��o, com shows e concurso de gastronomia, reunia milhares de pessoas e precisou ser adiado por tempo indeterminado.

Para Giselma Santos, de 30 anos, que h� sete meses, comprou uma loja de artigos de festas, o gosto amargo do preju�zo vem se acumulando desde a p�scoa. Em per�odos de feriados como estes, ela e outros lojistas do segmento esperam um aumento significativo nas vendas, mas por causa da pandemia, a expectativa deu lugar � decep��o.

“At� tentamos trabalhar com os produtos para festa junina, mas os nossos pedidos n�o chegaram. Estamos nesta situa��o desde a p�scoa. Veio Dia das M�es, vem a� o dia dos namorados, tivemos que fechar e isso acaba desorganizando toda a nossa programa��o”, conta. 

Ela conta que al�m de artigos para decora��o, trabalha com produtos perec�veis e n�o tem encontrado estrat�gias para salvar as vendas neste per�odo. “Est� sendo bem dif�cil, a �nica coisa que a gente est� tentando fazer � vender o que a gente j� tem, colocando a pre�o de custo, mas s� para n�o deixar estragar. A gente sabe que o movimento n�o vai voltar agora, ainda vai demorar.” 
 
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.  


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