(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Caso Cibelly: vaquinha ajuda mulher trans que ficou parapl�gica ap�s agress�o a voltar para Bel�m

Arrecada��o online ajudou Cibelly, que ficou parapl�gica e perdeu parte do cr�nio, a fala e os movimentos do lado direito em decorr�ncia das agress�es. Mesmo com conquista, ela ainda precisar� de ajuda para continuar a recupera��o


postado em 14/06/2020 16:32 / atualizado em 14/06/2020 18:04

(foto: Redes sociais/Reprodução)
(foto: Redes sociais/Reprodu��o)
"Eu agrade�o a todos, todos que compartilharam, todos que ajudaram e ainda est�o ajudando. E que continue". Foi o que o pai da Cibelly P�mela, v�tima de um crime cruel motivado pela intoler�ncia no qual ela foi espancada em plena rua, durante o carnaval de Belo Horizonte no dia 22 de fevereiro deste ano.

Milhares de pessoas se sensibilizaram e ajudaram por meio de uma vaquinha para que ela e o pai pudessem voltar para casa, que fica no Bel�m. Cibelly ficou parapl�gica e perdeu parte do cr�nio, a fala e os movimentos do lado direito em decorr�ncia das agress�es. Enfim, uma boa not�cia: o dinheiro foi arrecadado e os dois voltar�o para a cidade natal para que o tratamento de Cibelly seja feito ao lado da fam�lia. Eles embarcam na ter�a-feira.

A meta inicial de arrecada��o do financiamento coletivo � de R$ 10 mil, dinheiro que deve viabilizar a compra de insumos e garantir a estrutura adequada para a realiza��o dos tratamentos em Bel�m. Neste domingo, o financiamento havia passado de R$13 mil.

A vaquinha organizada pela Rede Trans Brasil e foi amplamente divulgada pelas redes sociais. Contou com 209 apoiadores."� uma vit�ria t�o grande n�o tenho nem como explicar. E que a pol�cia continue a investiga��o porque como aconteceu com meu filho pode acontecer com outros e outras. N�o pode acontecer", contou o pai de Cibelly em um v�deo gravado pela psic�loga e militante LGBTI, Dalcira Ferr�o, que acompanha o caso de Cibelly desde a data do ocorrido.



O pai — que n�o est� trabalhando e se dedica exclusivamente aos cuidados com a filha — est� sem renda e morando de aluguel em BH. "A gente est� voltando para a nossa terra. L� vamos ter o carinho igual tivemos aqui", disse o pai, comemorando a conquista.

Cibelly ainda precisa de ajuda


Al�m do retorno para casa, o objetivo � arcar com as despesas necess�rias para o tratamento e reabilita��o de Cibelly. Por isso, a vaquinha online continua dispon�vel para quem puder ajudar.

 "O estado dela (de recupera��o) ainda bem lento .Ela estava em coma. (...) Ela est� bem, mas ai precisar de muitas coisas. Vai ter que fazer fonoaudiologia", conta o pai. E os custos s�o altos.

Os interessados em ajudar podem acessar aqui

O crime


O Boletim de Ocorr�ncia foi registrado em 28 de fevereiro, seis dias ap�s o ocorrido, fato que dificultou a apura��o e a escuta de testemunhas. No documento, � informada uma tentativa de assassinato na Rua Esp�rito Santo, pr�ximo ao n�mero 320, no Centro da capital mineira.

Na data, os policiais foram informados que havia uma pessoa hospitalizada no pronto-socorro v�tima de agress�o que ocorreu no dia 22. Uma amiga de Cibelly contou que recebeu uma uma mensagem vinda do telefone da v�tima dizendo que tinha sido agredida por desconhecidos.

Relatos d�o conta de que era carnaval e Cibelly resolveu ir � um bloquinho de rua para encontrar as amigas. Por�m, por volta das 19h, cinco rapazes a abordaram, a agrediram brutalmente ao dizer “traveco do dem�nio vira homem". Os transf�bicos agressores fugiram quando populares tentaram chamar a pol�cia.

Impunidade


Na contram�o dos assassinatos em geral, que v�m diminuindo durante os anos, as den�ncias de assassinatos de l�sbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais triplicaram no territ�rio mineiro, entre 2016 e 2017, segundo dados do �ltimo Atlas da Viol�ncia, do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) e do F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica (FBSP), divulgado no ano passado.

A Pol�cia Civil de Minas Gerais informou, em 9 de junho, que desde que tomou conhecimento, em 28 de fevereiro de 2020, seis dias ap�s a tentativa de homic�dio contra Cibelly, n�o poupa esfor�os para esclarecer o crime. V�rias dilig�ncias foram realizadas para identificar e solicitar imagens de c�meras de seguran�a existentes ao redor do local dos fatos. “Infelizmente, nenhuma c�mera captou o momento das agress�es ou mesmo os agressores. Em uma delas, que se encontra com a per�cia policial, � poss�vel ver a multid�o que estava presente em um bloco de carnaval e a equipe do SAMU que chegou ao local para prestar socorro a Cibelly”, informou a Pol�cia Civil de Minas Gerais.

 Diversas pessoas foram chamadas a prestar informa��es, no entanto, testemunhas do fato n�o compareceram. A Delegacia Especializada em Repress�o aos Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTfobia e Intoler�ncias Correlatas esclarece que este caso continua sendo investigado e se coloca a disposi��o para receber qualquer informa��o que possa auxiliar nos trabalhos investigativos e identificar os autores da tentativa de homic�dio contra Cibelly.

A Rede Trans Brasil, al�m de criar a vaquinha, tamb�m est� cobrando as autoridades pertinentes provid�ncias para a apura��o do caso. (Com informa��es de A�ssa Mac*)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)