(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PANDEMIA

Cidades do interior recuam na flexibiliza��o ap�s salto da COVID-19

Governo do estado coordena acordos com prefeitos. Munic�pios enfrentam press�o na sa�de


postado em 22/06/2020 04:00 / atualizado em 22/06/2020 07:56

A pressão do aumento de casos sobre o sistema de saúde põe em xeque as condições de atendimento à população(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 2/6/20)
A press�o do aumento de casos sobre o sistema de sa�de p�e em xeque as condi��es de atendimento � popula��o (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 2/6/20)
Uma onda de revers�o da retomada das atividades come�a a se alastrar por Minas Gerais na esteira do agravamento da COVID-19 e da press�o sobre o sistema de sa�de mineiro. Esse movimento j� p�s em marcha � r� a flexibiliza��o em locais como Nova Lima, Uberl�ndia e Arax�, mas ser� mais amplo, marcado por acordos coordenados entre o governo do estado e as secretarias municipais de sa�de nos �ltimos 15 dias. “Estamos orientando mesmo � o aperto, uma rigidez maior no isolamento. Justamente para a gente ter um melhor controle da pandemia”, disse ontem ao Estado de Minas o m�dico e Secret�rio de Estado de Sa�de de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral.

O novo coronav�rus segue vitimando mineiros em ritmo acelerado. Do boletim de sexta-feira para s�bado ocorreu recorde de mortos, com 36 registros. De s�bado para ontem, foram mais 25 �bitos, chegando a um total confirmado de 661. Desde mar�o, j� foram registrados 27.641 casos positivos, dos quais 10.534 s�o acompanhados. Em Belo Horizonte, o n�mero de casos da COVID-19 subiu de 3.896 para 3.987. O n�mero de �bitos permanece em 96.

Um apelo por colabora��o feito pelo governador Romeu Zema (Novo) no s�bado, dizendo que “o n�mero (de casos, mortes e ocupa��o de leitos) dos �ltimos dias est� nos assustando”, foi seguido de um alerta: “Medidas mais duras v�o se fazer necess�rias no estado”. A impress�o era de que o governador planejava uma interven��o direta ou lockdown, com o fechamento vi�rio e de atividades n�o essenciais nas regi�es onde os casos podem trazer colapso do sistema de sa�de.

Tais estudos de medidas mais restritivas existem e podem ser implementados sobretudo nas tr�s macrorregi�es de sa�de em situa��o mais grave: Vale do A�o, Tri�ngulo do Norte e Sudeste. Mas, por enquanto, a solu��o tem sido os recuos de flexibiliza��es coordenados e com apoio da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG). “H� mais de 15 dias estamos nos reunindo com todos os secret�rios municipais de sa�de, prefeitos e �rg�os como os conselhos de secretarias de Sa�de regionais para essa rigidez maior no isolamento. Tamb�m temos clamado, diariamente, aos cidad�os e empres�rios que reforcem as medidas de distanciamento e isolamento social”, disse Amaral.


QUADROS CR�TICOS
A realidade � diferente em cada munic�pio que volta atr�s na flexibiliza��o, seja a medida motivada pela falta de leitos ou pela necessidade de insumos. O drama de Uberl�ndia, no Tri�ngulo, � a falta de leitos. Na segunda maior cidade de Minas Gerais, com 691 mil habitantes, at� mesmo os leitos da rede privada j� se encontram esgotados, com apenas duas vagas dispon�veis para pacientes ontem. Com isso, se encontram incapazes de auxiliar os dois hospitais p�blicos locais no tratamento de doentes. A ocupa��o de leitos em Uberl�ndia chega a 99% da oferta, sendo que a cidade tem 2.711 casos confirmados e 51 �bitos registrados no domingo. Por isso, as medidas de restri��o de com�rcios e atividades que estariam programadas para ser anunciadas na ter�a-feira e implementadas quarta-feira tiveram de ser antecipadas e j� passam a valer hoje.

S� poder�o abrir e atender normalmente, mas seguindo as regras de distanciamento, lota��o e higiene, 21 categorias de atividades consideradas essenciais, como os supermercados, farm�cias, abastecimento e constru��o civil. Outras seis categorias podem funcionar, mas apenas com atendimento eletr�nico e delivery. Seis categorias de com�rcios e servi�os como locadoras de ve�culos, ag�ncias banc�rias e lot�ricas ter�o o funcionamento limitado, de segunda a sexta, entre as 10h e as 18h. As demais atividades n�o listadas n�o ter�o licen�a para abrir.

De acordo com o secret�rio de Sa�de de Uberl�ndia, Gladstone Rodrigues da Cunha Filho, as redes particular e p�blica est�o em estado cr�tico, n�o importando mais se a pessoa tem um plano de sa�de, a falta de leitos e vagas � cr�tica. “Estamos enfrentando a desobedi�ncia das pessoas, que resistem em ficar em casa. Idosos, gente da faixa de risco e at� os jovens que levam essa doen�a para essas pessoas. Esse tem sido nosso maior problema”, afirma o secret�rio. “Os n�meros nos levaram a tomar uma atitude dr�stica, mas se a popula��o n�o se envolver, poderemos tomar uma ainda mais dr�stica dentro de duas semanas, com um lockdown”, afirma Filho.

FALTAM REM�DIOS
Outra cidade da regi�o que tamb�m recuou da flexibiliza��o pela situa��o grave em que se encontra � Arax�, no Alto Parana�ba, onde vivia o governador Romeu Zema, onde at� domingo havia 188 casos confirmados e quatro mortes, al�m de 88% de ocupa��o de leitos hospitalares. Na sexta-feira, o prefeito Aracely de Paula decretou estado de calamidade p�blica pela falta de insumos necess�rios aos pacientes graves em ventila��o mec�nica. “Fizemos uma reuni�o com os hospitais de Arax� e nos foi informado que h� uma falta grave no mercado de bloqueadores neuromusculares essenciais para o tratamento de casos graves da COVID-19. Neste momento, enquanto corremos atr�s de equipamentos, bombas de infus�o, de profissionais, nos deparamos com essa situa��o, que nos deixa com estoque para 15 dias. Por isso, precisamos eliminar qualquer possibilidade de cont�gio e dar um passo atr�s nas medidas de flexibiliza��o”, disse a secret�ria municipal de Sa�de, Diane Sultra.

A flexibiliza��o em Arax� teve seu compasso ampliado em 4 de maio, quando o comit� de enfrentamento da cidade dividiu as atividades em grupos e estabeleceu regras e hor�rios de funcionamento. O Grupo 1, composto por servi�os b�sicos como supermercados, a�ougues, farm�cias, postos de abastecimento e um total de 22 atividades pode funcionar da 12h �s 21h. O Grupo 2, composto por 16 categorias de com�rcios n�o essenciais, como lojas de departamentos, sal�es de beleza, pet shops entre outros, s� pode abrir durante a semana, das 12h �s 18h. O Grupo 3, composto por clubes, cinemas e institui��es de ensino permaneceu sem autoriza��o. Agora, os dois grupos foram fundidos num s�, com 29 atividades, ou seja, 27%  antes previstas, que n�o podem mais funcionar, como lojas de departamentos, tecidos, m�veis e eletrodom�sticos.

Apelo para entrar na onda

A a��o que o Secret�rio de Estado de Sa�de de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, considera fundamental para que todos os munic�pios consigam um controle mais efetivo da COVID-19 � a ades�o ao Plano Minas Consciente. “Estamos sendo enf�ticos” sobre isso, afirma. “O plano determina protocolos sanit�rios e o comportamento da popula��o quanto ao cumprimento do distanciamento e do isolamento social”, explicou. At� o momento, contudo, apenas 151 munic�pios aderiram ao programa, o que equivale a 17,7% das 853 cidades e 3,6 milh�es (17%) dos 21 milh�es de habitantes do estado.


O plano dividiu as atividades em ondas – da verde para servi�os essenciais, � vermelha, com abertura total, passando pela branca e amarela. A progress�o ou regress�o obedecem indicadores de capacidade assistencial e de propaga��o da doen�a. Cidades como Uberl�ndia e Arax� n�o aderiram ao plano.

Mesmo com um grave estrangulamento do sistema de sa�de na Regi�o do Vale do A�o, a cidade de Ipatinga foi na contram�o dos demais munic�pios e, em vez de restringir, flexibilizou um pouco mais seu com�rcio n�o essencial. Ipatinga n�o aderiu tamb�m ao Minas Consciente e enfrenta dificuldades para prover vagas aos pacientes em tratamento pelo novo coronav�rus. Segundo a prefeitura, o sistema de sa�de j� est� saturado. “O principal gargalo s�o os leitos de UTI COVID-19 SUS, que j� apresentam 100% de taxa de ocupa��o”, informa a administra��o municipal. O munic�pio tem 263 mil habitantes e registrava ontem 992 casos positivos e 27 mortes.

CORONAV�RUS EM MINAS

  • 27.641 Casos confirmados
  • 10.534 Pacientes em acompanhamento
  • 16.446 Pacientes recuperados
  • 661 �bitos confirmados

Fonte: SES-MG

 ****

O que � o coronav�rus?

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 � transmitida?

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia


Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 

  








receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)