
Uma assembleia foi mobilizada por lideran�as sindicais para discutir a situa��o. "Servidores foram realocados para outros hospitais da rede Fhemig sem crit�rio, sem discuss�o, sem preparo. Muitos, que eram da psiquatria, v�o atuar com pacientes cl�nicos em locais como Jo�o XXIII, Eduardo de Menezes e J�lia Kubitschek para tratamento da COVID-19, sem nenhuma experi�ncia ou treinamento", afirma Carlos Martins, diretor da Associa��o Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (Asthemg).
A associa��o sindical questiona a decis�o do governo e espera di�logo. "A gente espera � que, se querem aproveitar esses profissionais, que reciclem, treinem. Isso traz preju�zos para o servidor e para os pacientes, que ser�o submetidos a profissionais n�o capacitados a aquele tipo de atendimento", completa.
A Asthemg produziu um documento solicitando formalmente a anula��o da publica��o de transfer�ncia dos servidores e uma reuni�o para que o destino desses trabalhadores seja discutido com base em "crit�rios t�cnicos".
Entre os profissionais realocados est�o m�dicos, t�cnicos de enfermagem, t�cnicos de radiologia, fisioterapeutas, administrativos entre outras especialidades.
Destino incerto
A situa��o do Galba Velloso est� incerta desde o in�cio da pandemia do novo coronav�rus em Belo Horizonte. Logo de in�cio, o governo afirmou que utilizaria a unidade exclusivamente para o tratamento da COVID-19, o que gerou contesta��o de especialistas e do Minist�rio P�blico.
Ap�s impasses judiciais, ficou definido, em abril, que a unidade seria exclusiva para "tratamentos de baixa complexidade" de COVID-19 - o que ainda n�o foi iniciado, mesmo com os pacientes da psiquiatria j� tendo sido realocados para o Instituto Raul Soares, outra unidade especializada.
"O Galba Velloso n�o tem estrutura para receber pacientes de COVID-19, que requer uma estrutura mais complexa de rede el�trica e hidr�ulica. Precisa de uma grande reforma, o que � oneroso, demorado e ainda nem foi iniciado", comenta Martins.
Falta de atendimento psiqui�trico
A falta de locais para atendimento de pacientes com problemas psiqui�tricos � outro fator que preocupa as equipes do Galba Velloso.
"O [Instituto] Raul [Soares] n�o suporta sozinho todo o atendimento de psiquiatria. J� tivemos relatos de pacientes sendo recusados na porta por superlota��o. Sem o Galba, a popula��o vai acabar ficando sem alternativa psiqui�trica e sem hospital cl�nico pro coronav�rus", argumenta o diretor da Asthemg.
Fhemig explica
Em nota, a Fhemig explica que a realoca��o aconteceu com o "objetivo de compor equipe na busca de maior resposta na assist�ncia aos pacientes na linha de frente do enfrentamento � pandemia". A a��o faz parte da terceira fase do Plano de Capacidade Plena Hospitalar (PCPH)
Completa, ainda, que todos os servidores "receber�o treinamentos dedicados a cada �rea de atua��o para garantir assist�ncia robusta e qualificada e ter�o todos os seus benef�cios mantidos".
Ainda segundo a Funda��o, as obras estruturais ser�o iniciadas no Galba Velloso, "com o objetivo de oferecer os leitos de retaguarda" e ainda n�o come�aram por estarem realizando uma transfer�ncia "gradual, respons�vel e humanit�ria" dos antigos pacientes para o Instituto Raul Soares, que somente foi conclu�da no �ltimo s�bado. Garante, tamb�m, que, no momento, a unidade suporta toda a demanda de atendimento de psiquiatria.
"Por ser uma das maiores redes hospitalares do pa�s, a Fhemig se esfor�a para organizar e garantir estrutura e recursos necess�rios ao suporte � rede p�blica de sa�de estadual", conclui a nota emitida pela Funda��o.
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira