O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, anunciou nesta ter�a-feira (23) que poder� adotar medidas mais rigorosas para diminuir o cont�gio do novo coronav�rus na cidade. Em entrevista � R�dio Bandeirantes, ele afirmou que n�o prosseguir� com o processo de reabertura das atividades e poder� adotar o lockdown (fechamento total) diante da explos�o de casos e mortes por COVID-19 na capital mineira.
Nesta ter�a-feira, BH chegou ao n�mero de 4.667 casos e 96 mortes pela doen�a. Segundo balan�o da prefeitura, h� 3.804 pacientes recuperados e 767 em acompanhamento.
Na sexta-feira passada, o chefe do Executivo municipal j� havia alertado a popula��o sobre o aumento das aglomera��es de pessoas, sobretudo nos fins de semana. “Se os churrascos continuarem, n�o teremos problemas em fechar a cidade”, afirmou.
Na sexta-feira passada, o chefe do Executivo municipal j� havia alertado a popula��o sobre o aumento das aglomera��es de pessoas, sobretudo nos fins de semana. “Se os churrascos continuarem, n�o teremos problemas em fechar a cidade”, afirmou.
Kalil esteve reunido virtualmente com o secret�rio de Sa�de Jackson Machado Pinto e com infectologistas para discutir a��es de combate � COVID-19. A maior preocupa��o � com o aumento da ocupa��o dos leitos, que segundo a prefeitura est� na faixa dos 86%.
Dentro da classifica��o estabelecida pelo Comit� de Enfrentamento e Combate ao coronav�rus da capital, esse �ndice levar� automaticamente ao fechamento do com�rcio n�o essencial.
Dentro da classifica��o estabelecida pelo Comit� de Enfrentamento e Combate ao coronav�rus da capital, esse �ndice levar� automaticamente ao fechamento do com�rcio n�o essencial.
“A popula��o que n�o � consciente, que n�o sabe o que � morrer sem ar, tem que saber que ela pode morrer sem ar por falta de respiradores ou de m�dicos. Temos um excelente sistema de sa�de, todos sabem disso. Estamos numa luta tremenda e vamos continuar lutando. N�o tem nada vencido. O quadro vai piorar e pode subir. N�s nem cogitamos abertura nesta semana. N�o temos a menor possibilidade de nenhuma abertura”, afirma Kalil.
Segundo Kalil, BH contratou 14 mil profissionais de sa�de, 825 durante a pandemia. Ele tamb�m destacou que as 14 barreiras sanit�rias instaladas na capital foram capazes de detectar mais de 5 mil pessoas infectadas.
An�lise dos n�meros e leitos
“Os cientistas j� falaram que o momento � perigoso. Isso te garanto que n�o vou abrir. Agora, se vou fechar ou se vou manter o pouco (com�rcio) que abrimos � uma quest�o de n�meros. Hoje, no final da tarde vou ter esses n�meros, e isso vai possibilitar a decis�o sobre o futuro de Belo Horizonte, que � a nave-m�e do estado”, ressalta o prefeito de BH.
Apesar da falta de respiradores, ele disse que a cidade desocupou leitos desde o in�cio do ano para atender aos pacientes com coronav�rus: “O que aconteceu aqui foi que come�amos a nos preparar em janeiro. Suspendemos todos as cirurgias n�o urgentes para desocupar os leitos. N�o abrimos nenhum hospital de campanha, mas colocamos leitos equipados com respiradores. Temos nos preocupado com o material humano. N�o sei se 90 mortes � muito, mas dentro do que estamos vendo � que os que morreram � porque a ci�ncia luta contra a morte. Mas n�o morreram na fila ou precisando de atendimento”.