Belo Horizonte vive momento decisivo no enfrentamento � pandemia do coronav�rus (foto: Mateus Parreiras/EM/D.A Press)
A sexta-feira desta semana ser� um dia decisivo para a cidade de Belo Horizonte. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) definir� se a reabertura do com�rcio dar� mais um passo � frente, se ficar� estacionada ou at� mesmo regredir� para um lockdown (bloqueio total).
Essa decis�o n�o � exclusiva do chefe do Executivo municipal. Ela � adotada em conjunto com o Comit� de Enfrentamento � Epidemia da COVID-19 e leva em considera��o tr�s indicadores principais:
Ocupa��o de leitos de UTI;
Ocupa��o de leitos de enfermaria; e
N�mero m�dio de transmiss�o do coronav�rus por infectado (Rt)
H�, tamb�m, outros par�metros auxiliares que s�o o �ndice de isolamento social e a proje��o do n�mero de casos segundo cen�rios de cont�gio.
Na �ltima sexta (19), Kalil e o comit� foram impedidos de avan�ar no processo de reabertura por conta dos indicadores desfavor�veis. Com a alta na ocupa��o dos leitos de UTI e a queda das taxas de isolamento, a tend�ncia � que prefeito ponha um freio nas medidas de flexibiliza��o ou at� mesmo regrida para o lockdown.
Gr�fico mostra evolu��o da taxa de isolamento social em Belo Horizonte (foto: PBH)
Como funcionam os indicadores principais?
A classifica��o dos indicadores principais � feita pelas cores verde, amarelo e vermelho. Os par�metros baseados na ocupa��o dos leitos de enfermaria e UTI (considerando apenas os destinados a pacientes com COVID-19) s�o categorizados em n�vel verde se houver utiliza��o de at� 50% das vagas. Caso a ocupa��o esteja entre 50 e 70%, o n�vel ser� amarelo. E acima de 70%, vermelho.
O n�mero m�dio de transmiss�o por infectado (Rt) � calculado a partir da m�dia dos �ltimos sete dias e tamb�m pode estar verde (de 0 a 1), amarelo (entre 1 e 1,2) e vermelho (acima de 1,2).
Combinando esse tr�s indicadores principais, a Prefeitura de Belo Horizonte chega ao n�vel de alerta geral, tamb�m classificado pelas mesmas tr�s cores.
Os n�veis de alerta verde, amarelo ou vermelho podem indicar a possibilidade de avan�o para uma pr�xima fase, a perman�ncia na fase atual ou um retorno a situa��es mais restritivas.
Como est�o os indicadores atualmente
O n�vel de alerta geral atualmente est� em vermelho, em raz�o da alta ocupa��o dos leitos de UTI na capital.
Segundo os dados mais recentes j� divulgados pela PBH, a taxa ocupa��o das vagas de UTI j� chegou a 84% (vermelho) e a de enfermaria atingiu 70% (no limite do n�vel amarelo).
A atualiza��o mais recente do n�mero m�dio de transmiss�o por infectado (Rt) data da �ltima sexta-feira (19) e estava em 1,13 (amarelo).
Diferentemente dos principais, os dois indicadores auxiliares (�ndice de isolamento social e proje��o no n�mero de casos de COVID-19 segundo cen�rios de cont�gio) n�o s�o classificados pela mesma grada��o de tr�s cores.
O �ndice de isolamento social mais recente, que se refere a essa ter�a-feira (23), aponta 48% de perman�ncia das pessoas em casa, segundo dados de operadoras de telefonia disponibilizadas para a PBH.
Baseada no Rt, a �ltima proje��o de n�mero de casos de COVID-19 segundo cen�rios de cont�gio foi divulgado na �ltima sexta-feira e aponta as seguintes tend�ncias para 17 de agosto:
Rt 1,13 (cen�rio atual, no n�vel amarelo): 15.213 casos
Rt 1,2 (cen�rio hipot�tico, no n�vel vermelho): 20.927
Rt 0,9 (cen�rio hipot�tico, no n�vel verde): 7.541
Segundo o boletim epidemiol�gico divulgado nessa quarta pela PBH, a capital registrou 4.772 casos confirmados de infec��o por coronav�rus, dos quais 104 resultaram em mortes. S�o 3.799 pessoas recuperadas da COVID-19, enquanto 869 continuam em acompanhamento.
Fases de reabertura do com�rcio
A retomada das atividades econ�micas em BH est� prevista para ser realizada em etapas. At� o momento, j� passamos pela Fase de Controle (iniciada em 18 de mar�o, com o in�cio da quarentena), pela Fase 1 da reabertura (iniciada em 25 de maio) e pela Fase 2 (que come�ou no dia 8 de junho).
A fase de abertura iniciada em maio contemplou sal�es de beleza, shoppings populares e comerciantes de produtos de ilumina��o, m�veis, armarinhos, papelarias, artigos fotogr�ficos, bicicletas, ve�culos, entre outros.
Na segunda fase, voltaram a funcionar (alguns com restri��es de hor�rio) lojas de artigos esportivos, cal�ados, joalherias, alimentos para animais, bebidas, instrumentos musicais, decora��o, armas e muni��es, floriculturas, etc.