
Primeiro ato de todo ser humano, respirar revela que o beb� deixou o cord�o umbilical e passou a buscar o oxig�nio por conta pr�pria. N�o � sem raz�o que quem se recuperou da COVID-19 descreve sensa��o semelhante ao deixar o hospital. Voltar a respirar com os pr�prios pulm�es, sem a ajuda de ventiladores, � renascer, como muitos relatam.
Com n�meros crescentes de mortes pela COVID-19 no Brasil, perde-se de vista que milhares de brasileiros se curaram, embora possam ter passado por momentos dif�ceis, como a intuba��o nas unidades de terapia intensiva (UTI) dos hospitais.
O Estado de Minas conversou com sete pessoas que passaram pelo drama da contamina��o pelo coronav�rus e se recuperaram e conta agora as hist�rias de Beatriz Caetano Prates Melo, de 23 anos, Adriana Cordeiro dos Santos Lima, de 48, Marcelo Roberto Sabino, de 26, Ana Paula Zarzur Costa, de 47, L�gia de Ara�jo Martins, Danilo Emerich Garcia, de 34, e Reginalda da Silva Matozinhos, de 51.
A reportagem mostra que o voltar para a casa � marcado por muito acolhimento, mas, em alguns casos, tamb�m preconceito. De acordo com o Minist�rio da Sa�de, no Brasil, 715.905 pessoas se recuperaram at� a publica��o deste texto - o n�mero supera o de casos em acompanhamento (540.692, segundo a pasta).
Como o esperado nascimento de um beb�, o dia da alta de quem lutou pela vida, principalmente se ficou muitos dias na UTI, tem direito a festa. Bal�es, m�sicas e at� bolo para comemorar a retomada. No bolo que a cabeleireira Stefania Cristina da Silva Moura, de 30, levou para a m�e, a dom�stica Reginalda, a R�gis, era bem representativa a imagem de uma �rvore com frutos em forma de palavras: vit�ria, amor, f� recome�o e esperan�a
.
“O sentimento � de alegria e felicidade. Do jeito que vi o pessoal na UTI, achei que eu n�o ia sobreviver. � muito ruim”, diz Regis. A alta foi em 16 junho, depois de ficar 24 dias internada no hospital Eduardo de Menezes, unidade em Belo Horizonte refer�ncia em atendimento a casos de alta complexidade. A filha, o marido, o neto e a patroa a aguardavam na sa�da.
Retomar a vida exige reaprender gestos simples. “Minha m�e est� bem fr�gil ainda. Nos primeiros dias, estava bem fraca. A voz quase n�o estava saindo. Tinha que tomar banho no banquinho. A voz est� voltando e ela j� tomando banho sozinha”, relata a filha, que acompanha toda a recupera��o da m�e, que perdeu bastante peso. “Pelo f�sico dela, deu para ver que perdeu bastante”, diz.
Mas, nos primeiros dias, toda a fam�lia teve que lidar com o preconceito de parte da vizinhan�a. Ela, o pai, A�lton, e o filho de 4 anos ficaram em isolamento desde quando a m�e foi diagnosticada e n�o se contaminaram. Mesmo assim, sentiram que algumas pessoas olhavam para eles com estigma. “Quando o povo descobriu que minha m�e estava internada, sofremos muita retalia��o. As pessoas n�o querem assistir ao jornal, porque s� fala do v�rus, ent�o n�o sabem como pega”, conta.
Stefania lembra que, no per�odo de isolamento total da fam�lia, contou com a solidariedade de muitos vizinhos, que vinham at� o port�o da casa para saber do que eles precisavam. “Mas gra�as a Deus � muito mais gente positiva do que negativa”, diz em rela��o ao apoio recebido.
A literatura cient�fica aponta que a transmiss�o do v�rus ocorre no prazo de 14 dias e, mesmo depois desse prazo e em quadros de agravamento dos pacientes, � improv�vel o cont�gio. Isso significa dizer que, guardado o prazo de duas semanas, os suspeitos e pessoas confirmadas com doen�a e os recuperados podem voltar ao conv�vio social sem que isso represente riscos para a comunidade. “Os pacientes recuperados podem voltar ao conv�vio normal e a vida segue sem maiores restri��es”, afirma o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estev�o Urbano.
A infectologista Tatiani Fereguetti, gerente assistencial do Hospital Eduardo de Menezes, esclarece que, quando o paciente de COVID-19 ganha alta ele recebe instru��es sobre o isolamento domiciliar, ser for necess�rio fazer. O paciente que recebe alta fora do per�odo de transmiss�o pode ficar convalescente por alguns dias e quanto maior o tempo de interna��o, maior o tempo necess�rio para se recuperar. A m�dica lembra, no entanto, que o preconceito, muitas vezes, leva ao estigma dos pacientes, mesmo recuperados. “Muita desinforma��o e informa��es equivocadas fomentam comportamentos preconceituosos. Com a COVID-19 n�o � muito diferente. � uma doen�a muito desconhecida das pessoas. As informa��es equivocadas contribuem para recha�ar aquele que � positivo sem fundamento”, afirma.
D�vidas
H� uma discuss�o sobre por quanto tempo a pessoa que j� se infectou por uma vez com o coronav�rus permanecer� imune. A possibilidade de recontamina��o ainda n�o est� completamente esclarecida pelos trabalhos cient�ficos. “O paciente pode ter o contato normal � medida que tiver mais de 14 dias desde o in�cio dos sintomas. Em geral, pacientes que est�o com exames normais, sem quadro cl�nico nenhum, ou seja, est�o assintom�ticas, podem voltar ao contato da fam�lia normalmente. N�o transmitem mais. Isso ocorre entre as pessoas entre o 10º e o 14º dias desde o in�cio dos sintomas”, afirma o infectologista Carlos Starling.Mas mesmo quem se recuperou da COVID-19 precisa manter as medidas preventivas, lavar as m�os, evitar sair sem necessidade. “N�s ainda n�o sabemos se os anticorpos produzidos conferem imunidade total �s pessoas e nem por quanto tempo. � importante manter os cuidados”, diz. Em casos em que o v�rus desencadeia quadros neurol�gicos, os pacientes podem ficar com sequelas. Em alguns casos, tamb�m h� comprometimento pulmonar (les�o e fibrose). “Ainda n�o temos certeza absoluta se h� imunidade consistente que impe�a a pessoa de se reinfectar e, caso haja, o que � mais prov�vel, quanto tempo essa imunidade dura”, afirma Estev�o Urbano.
A import�ncia do atendimento humanizado
O tratamento dos casos mais graves da COVID-19 requer pr�ticas avan�adas de terapia intensiva, mas a doen�a demonstra o quanto a alta medicina est� associada ao cuidado e ao v�nculo afetivo do paciente. Quem se recupera da doen�a n�o se cansa de agradecer os gestos de carinho de profissionais de sa�de. A pandemia revela a anatomia emocional dos pacientes.
A infectologista Tatiani Fereguetti tem experi�ncia no enfrentamento de epidemias. Atuando como m�dica h� 10 anos no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, lidou com a epidemia da AIDS desde o in�cio, ebola, dengue e a febre amarela. � frente do tratamento, o hospital tem recorde mundial em n�meros de pacientes com febre amarela atendidos em um servi�o de sa�de. Com a COVID-19 n�o � diferente. Ela coordena o hospital, refer�ncia no estado no atendimento � doen�a.
Os profissionais de sa�de precisam manter o equil�brio emocional para tratar de pacientes graves. “O que muda � que a doen�a tem car�ter de transmiss�o comunit�ria. � risco, tanto no ambiente assistencial como fora do hospital tamb�m tem risco o tempo todo. Isso traz um estresse muito grande para o profissional, que tem que se deslocar e vir para o trabalho”, diz Tatiani. Paramentados com os equipamentos de prote��o individual (EPIs), os m�dicos fazem companhia aos doentes. Mesmo com volume grande de pacientes e o estresse, o atendimento precisa ser humanizado.
Devido ao risco de cont�gio, a fam�lia n�o pode fazer a visita presencial aos pacientes. Ent�o, entra em cena a tecnologia com as visitas virtuais. “O paciente que est� consciente se sente motivado com o contato com pessoas de proximidade e que t�m rela��o afetiva. Com a pessoa grave e inconsciente, a fam�lia pode ter uma no��o melhor e vivenciar todas as fases, visualizar melhor a recupera��o”, afirma ela, lembrando que a maior parte dos pacientes se recupera.
Stefania � grata ao atendimento humanizado dado � m�e, Reginalda da Silva Matozinhos. “Quando cheguei ao Eduardo de Menezes, a m�dica me tranquilizou e uma psic�loga conversou comigo. Fiquei mais calma. Saber que ligavam para dar not�cia todo dia, tranquilizava a gente”, lembra. Reginalda ficou intubada por 15 dias e quando n�o precisou mais de ventila��o mec�nica para ajudar a respirar, ela p�de falar com a fam�lia em uma chamada de v�deo.
Reginalda da Silva Matozinhos, 51 anos, dom�stica
“Nasci de novo. Estou muito feliz. Achei que ia morrer”
Depois de ficar 18 dias de f�rias, Reginalda retornou ao trabalho como dom�stica. Para que n�o ficasse exposta ao cont�gio no transporte p�blico, a empregadora pagou aplicativo para que ela pudesse ir e voltar do trabalho. No entanto, foi nesse trajeto, de casa para o trabalho, que Reginalda se contaminou. Com os primeiros sintomas, a filha a levou a uma UPA, onde recebeu um primeiro diagn�stico de sinusite. Em 23 de maio, ela ficou completamente sem ar e a filha, desconfiando de que o diagn�stico de sinusite estava errado, resolveu lev�-la ao Hospital Odilon Behrens. L� mesmo, recebeu oxig�nio para conseguir respirar e foi levada para o Hospital Eduardo de Menezes. Com o avan�o da doen�a, ela precisou ser intubada e teve que contar com a ajuda de respiradores por 15 dias. Nesse meio tempo, a fam�lia acompanhou o tratamento, podendo falar com a equipe do hospital por telefone. Logo que deixou de depender do ventilador, Reginalda p�de falar com a fam�lia por videoconfer�ncia. No dia em que saiu do hospital, foi recebida pela filha, o marido, o neto e a patroa. Foi uma verdadeira festa, com direito a cartazes e bolo. De volta pra casa, na Bairro Cabana, ela retoma aos poucos � vida normal. “Nasci de novo. Estou muito feliz. Achei que ia morrer”, disse. Com ajuda da filha, passa pelo per�odo de convalesc�ncia.

Beatriz Caetano Prates Melo, 23 anos, jornalista
“O coronav�rus � uma doen�a que faz com que voc� perceba muito os seus privil�gios”
Tr�s gera��es que venceram a COVID-19. A jornalista Beatriz Caetano Prates Melo, de 23 anos, sua m�e, Enirtes Caetano Prates Melo, de 54, e a av� Zilda Caetano Prates, de 85, tiveram a doen�a logo no come�o da pandemia. Foi no in�cio de abril que a fam�lia passou por um processo complicado – al�m da dificuldade f�sica, emocional. A primeira a expressar os sintomas foi a m�e de Bia, com o primeiro teste positivo para coronav�rus. Na casa das tr�s mulheres, a medida imediata foi tirar a av� de l�. Logo depois, Beatriz come�ou com os sintomas. Na segunda semana do primeiro diagn�stico da fam�lia, mesmo j� na casa de outra neta, a av� tamb�m testou positivo e foi internada, mas com os sinais mais brandos entre as tr�s.
Com isso, as responsabilidades triplicaram para a mais nova. “Fiquei com sensa��o de responsabilidade muito grande. Emocionalmente, � muito desgastante”, conta. A volta � rotina teve que ser no home office, e, mesmo assim, foi um al�vio. “Eu voltei a trabalhar e foi �timo pra mim, porque eu estava num cansa�o da doen�a, de s� falar sobre isso. E o medo de ter o quadro agravado, de morrer”, lembra Beatriz.
Apesar da sensa��o de seguran�a, a jovem teme pela av� pertencer ao grupo de risco. “�bvio, eu tenho muito medo de que a minha av� pegue coronav�rus de novo, principalmente ela, por ser idosa”, disse Beatriz. Ela resgata tamb�m a pitada de medo do preconceito das pessoas. “� complicado porque tivemos a doen�a no fim de mar�o e in�cio de abril. Era muito novo, ningu�m sabia exatamente o que tava acontecendo. Todo mundo recebeu a gente com muito afeto e muito carinho. Mas eu temia, sim, um pouquinho de que as pessoas fossem ficar ‘ai meu Deus, a Bia t� com coronav�rus’.”
O poder abra�ar a av� e compartilhar um sorriso com a m�e dois meses ap�s a separa��o da nova doen�a fez com que a jovem avaliasse seus valores. “Fica uma gratid�o pelos acessos que a gente tem, pela casa, pela estrutura, plano de sa�de, pelas coisas b�sicas. O coronav�rus � uma doen�a que faz com que voc� perceba muito os seus privil�gios”, destaca Beatriz, que pensa em contribuir com institui��es que ajudam a minimizar os impactos da crise. “Existe um coletivo que importa mais. A gente tem um governo que n�o se importa com o n�mero de pessoas infectadas e que n�o as ampara. A gente precisa arrumar uma maneira de amparar o pr�ximo.”

Marcelo Roberto Sabino, 26 anos
“A gente s� acredita quando acontece com a gente”
Sem saber onde, como ou quando foi infectado, Marcelo Roberto Sabino, de 26 anos, come�ou a passar mal no dia 7, testou positivo e passou por tr�s unidades hospitalares: UPA Oeste, J�lia Kubitschek e Eduardo de Menezes. Ap�s dias de luta e recupera��o, no dia 21 a boa not�cia: o diagn�stico de curado. “Foi foi uma alegria voltar pra casa por ter ficado tanto tempo longe dos meus pais”, conta o rapaz, que ainda n�o retomou a rotina, mas j� se sente “superbem”.
Marcelo disse que n�o vive o preconceito pela COVID-19. “Rolaram algumas piadinhas, n�o era de ofensa, mas umas piadinhas sem gra�a, tipo: 'Ah l�! pegou corona', 'est� contaminado', 'vai ficar isolado'... Mas tamb�m tive v�rios apoios incr�veis”, lembra. Ap�s superar a doen�a, a li��o que Marcelo aprendeu foi cuidar da sa�de. “A gente s� acredita quando acontece com a gente. Eu tinha at� brincado que n�o iria pegar, mas acabei pegando, e n�o foi nada f�cil pra mim.” O rapaz defende que as pessoas usem m�scara e fiquem em casa: “Voc�s e seus familiares, se cuidem”, pede.
Ana Paula Zarzur Costa, 47 anos, professora e coordenadora pedag�gica
“A vida � um sopro”
Ansiedade, expectativa, medo, inseguran�a. Esses sentimentos eram constantes para Ana Paula Zarzur Costa, de 47 anos, enquanto estava com a COVID-19. A professora e coordenadora pedag�gica recebeu o teste positivo como “uma grande surpresa”, pois ela se protegia tomando os devidos cuidados. Tratada em casa com ajuda de rem�dios, a volta � vida "quase normal" continua do mesmo jeito: com cuidado, precau��o, receio, muito isolamento. “Como ainda � tudo muito novo, n�o temos a garantia de que quem j� teve COVID ficar� imune”, disse.
As li��es que a COVID deixou para Ana Paula s�o respiro para quem est� passando pelo momento da doen�a. “Temos que redobrar os cuidados, valorizar o dia a dia. A vida � um sopro. O v�rus existe sim e est� mais perto do que imaginamos. Mas n�o � esse ‘monstro’ que a m�dia prega. Voc� pode pegar e sobreviver”, disse ela, reafirmando o respeito ao isolamento social. “Amigas sempre frisavam: ‘Voc� est� em casa, n�? N�o vai sair n�o, n�?', receosas de que eu resolvesse ir at� elas”, conta a professora, em tom de risada. “Jamais faria isso”, finaliza.

Adriana Cordeiro dos Santos Lima, 48 anos, professora
“As incertezas s�o constantes, a inseguran�a existe”
Recuperada, mas ainda sem o olfato funcionando completamente, Adriana Cordeiro dos Santos Lima, de 48 anos, comemora e faz apelo por prud�ncia. “Mesmo com todos os cuidados em casa e saindo s� em caso de necessidade, adquiri esse v�rus invis�vel. Ent�o, fique em casa, pois o que passei n�o desejo a ningu�m.” Com apego � f� e ora��o na esperan�a de n�o agravar o quadro, a professora sofreu com indisposi��o, tosse, dores no corpo, ard�ncia nos olhos, falta de olfato e paladar. “Sabendo que muitos acabam sendo hospitalizados, fiquei extremamente ansiosa e preocupada”, lembra.
O seu “novo normal” foi apenas depois de 19 dias, com a retomada das atividades em casa. Hoje, Adriana ainda n�o se sente protegida e acredita que ao tocar em uma superf�cie pode transmitir o v�rus a outra pessoa que ainda n�o foi infectada. “N�o sei se estou imune; caso esteja, n�o sabemos por quanto tempo. As incertezas s�o constantes, a inseguran�a existe.”
L�gia de Ara�jo Martins, Enfermeira
“A pessoa sabe que voc� pegou a doen�a e procura ficar longe de voc�”
Uma enfermeira contaminada pelo coronav�rus e pelo medo. “Creio que posso pegar a doen�a outra vez at� conseguirem uma vacina”, conta L�gia de Ara�jo Martins, que, mesmo ap�s curada, n�o se sente protegida da COVID-19. Ap�s dias de isolamento, ela conta da afli��o com o diagn�stico. “Foi um choque, eu n�o esperava. Apesar de ter pego a doen�a em um est�gio mais brando, foi de muita ang�stia.”
Atualmente “�tima” de sa�de, L�gia disse que a maior li��o durante este per�odo foi aprender sobre empatia, afeto que n�o � retribu�do pelas pessoas de seu conv�vio. “A pessoa sabe que voc� pegou a doen�a e procura ficar longe de voc�, n�o senta do seu lado. A sensa��o que passa � que temos uma doen�a que s� de olhar pega”, lamenta a enfermeira, que disse sentir o preconceito todos os dias.
Danilo Emerich Garcia, 34 anos, servidor p�blico
“Tenho amiga que falou que n�o vai me ver”
Danilo come�ou a desenvolver os sintomas um dia depois da namorada. Dois dias depois dos primeiros sintomas, ele procurou o hospital e, no dia subsequente, perdeu o olfato. “A�, tive certeza. � a COVID.” O resultado da namorada saiu primeiro. No entanto, com ele os sintomas se agravaram. Na segunda semana, ficou isolado no quarto, mas com sintomas mais severos. “Senti mais falta de ar e procurei o hospital, cansa�o forte, falta de ar forte, dor no peito e o m�dico fez tomografia e disse que eu tinha altera��o no pulm�o e resolveu me internar”, disse.
Para estabilizar a respira��o, o jovem ficou no oxig�nio por um dia. “Quando o m�dico disse ‘vou te internar, seu pulm�o est� com altera��o’, eu senti medo. Agora � s� ladeira abaixo. Doen�a, cada pessoa reage de uma forma, cada dia � diferente”, afirmou. Danilo se tratou em um hospital da rede particular, est� feliz em retomar a vida e tomando todos os cuidados, com o uso de m�scaras e o distanciamento. “O p�s-COVID j� est� bem tranquilo. Tenho amiga que falou que n�o vai me ver, que tem um pouco de preconceito”, diz ele, que j� retomou o trabalho em home office.
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia
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