
� com base nesses n�meros que a Divis�o de Atendimento � Mulher, ao Idoso, � Pessoa com Defici�ncia e a V�timas de Intoler�ncia – que tem como chefe a delegada Isabela Fran�a de Oliveira – trabalha, no sentido de tentar coibir o avan�o desse tipo de crime.
Campanhas e um aplicativo, MG Mulher (que pode ser baixado pela p�gina do Governo de Minas) s�o as principais formas de combate.
A delegada Isabela diz que a ferramenta de den�ncia �, no momento, a melhor forma de se tomar conhecimento da viol�ncia praticada contra a mulher.
Ela reconhece que essa � uma quest�o complexa, pela cultura machista, que precisa ser desconstru�da: “O que procuramos fazer � divulgar, ao m�ximo, esse aplicativo e estimular a den�ncia.”
O estado de Minas Gerais, conta Isabela, mant�m um projeto, o “Programa Dialogar”, que visa reduzir essa viol�ncia: “S�o oficinas em que temos a comprova��o de que homens que participam, quando terminam o curso, reduzem seu lado violento contra a mulher. O objetivo, assim, � atingido, de tentar diminuir esse crime”.
A delegada diz que s�o muitos os tipos de viol�ncia contra a mulher, que v�o desde o feminic�dio, passando por agress�es, pela tortura e agress�o psicol�gica, e tamb�m contra a fam�lia.
Isabela diz que hoje o que se v� � uma conscientiza��o por parte da mulher criminalizada: “O aumento no n�mero de queixas � decorrente do fato de que a mulher perdeu o medo de denunciar. Ela est� procurando uma medida protetiva contra a viol�ncia que sofre. Esse aumento mostra a conscientiza��o da mulher”.
Ela lembra que at� pouco tempo atr�s, a mulher sofria a viol�ncia calada, principalmente em casa. "O femininic�dio n�o � a primeira viol�ncia. Agress�es, f�sicas e psicol�gicas j� aconteceram antes de se chegar a esse ponto", alerta.
Nova lei estadual
O mais importante, segundo a delegada Isabela, � que a mulher hoje consegue acessar a ajuda. E anuncia uma novidade. “Dentro em breve teremos a Delegacia Virtual de Defesa da Mulher, para receber registros de queixas.”
A delegada acredita que as mudan�as na legisla��o tamb�m s�o um caminho importante: “Em 23 de junho foi aprovada uma lei estadual que permite que s�ndico ou administradores possam, tamb�m, fazer den�ncias de viol�ncias contra a mulher. N�o precisa, portanto, que a v�tima seja a autora da queixa. A mulher ganha, assim, uma ajuda consider�vel”.