C�o que teve patas mutiladas vai ganhar cadeira de rodas em Belo Horizonte

O cachorro Sans�o, de dois anos, da ra�a pitbull, que teve as duas patas traseiras arrancadas com um fac�o em Vespasiano, cidade da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, vai ganhar uma cadeira de rodas de uma doadora volunt�ria, na tarde desta quinta-feira (9), na capital mineira.

 

 

Segundo um dos donos do animal, o c�o foi mutilado na �ltima segunda-feira (6) por duas pessoas que s�o vizinhas � empresa onde o cachorro fazia a vigia, na MG-424. 

Sans�o est� internado na cl�nica-escola da Faculdade Arnaldo, no Bairro Olhos D’�gua, na Regi�o Oeste de BH, e, segundo a m�dica veterin�ria respons�vel pelo atendimento do animal, Ticiana Lima Dornas, ele est� se recuperando bem, se alimenta e faz as necessidades fisiol�gicas normalmente.

“Ele � forte e est� tomando suplemento para anemia. Foi uma monstruosidade o que fizeram com ele. Se tivesse sido outro animal, talvez n�o sobrevivesse”, declarou Ticiana ao portal G1.

A veterin�ria disse que, como Sans�o est� an�mico, precisou ser submetido a uma transfus�o de sangue de emerg�ncia, o que ajudou na estabiliza��o do quadro do animal. “As patas ainda est�o muitos inchadas. Ele est� sendo medicado com antibi�tico e, principalmente, analg�sico para aliviar a dor”, ressaltou.

Ainda de acordo com a m�dica, o c�o vai permanecer internado por pelo menos uma semana, porque os pontos da cirurgia precisam ser monitorados, al�m dos hematomas que est�o muito grandes. Ticiana declarou que v�rias pessoas se prontificaram a doar pr�teses para Sans�o ap�s terem conhecimento do caso.

De acordo com Gleidson Justino da Silva, de 40 anos, um dos donos do animal, Sans�o pulou o muro da firma e entrou em confronto com o c�o dos suspeitos de terem o mutilado. Para se vingarem, eles cortaram as patas traseiras de Sans�o com um fac�o. 

Ainda segundo Gleidson, para praticar o ato de covardia, os suspeitos amorda�aram o cachorro com arame farpado.

 

Ap�s encontrar o animal de estima��o ferido e prestar os primeiros socorros, Nathan Braga, outro tutor de Sans�o, fez uma publica��o em uma rede social informando que o c�o n�o apresentava riscos. Segundo ele, as pessoas da regi�o que o conhecem sabem que ele � um cachorro d�cil. 

 

  

 

“Eu estou tentando recorrer a todos que eu posso para que haja justi�a para meu cachorro que, infelizmente, ter� que viver agora sem as duas patas traseiras ou, no pior dos casos, ser eutanasiado, pois n�o sabemos se vamos conseguir manter todas as despesas veterin�rias por causa desta crueldade”, lamentou o dono. 

 

De acordo com a Pol�cia Militar, o principal suspeito de ter cometido a brutalidade contra o animal � J�lio C�sar, que teria confessado o crime. Segundo o boletim de ocorr�ncia, ele teria afirmado que estava “cansado das invas�es do cachorro” e que j� havia alertado Nathan. Em sua vers�o, ele disse que estava dentro de casa quando o cachorro pulou o muro. Ele ent�o pegou o fac�o e atingiu Sans�o. J�lio C�sar sustentou que mora com a m�e deficiente e estava com medo de o animal entrar e fazer mal a ela.

A PM lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorr�ncia (TCO) e o procedimento foi encaminhado ao Juizado Especial de Pedro Leopoldo.

Nathan denunciou que n�o seria a primeira vez que essas duas pessoas teriam cometido crueldade com animais. “H� pouco mais de um ano, o pai do Sans�o, o Zeus, teve a coluna partida ao meio, tamb�m na base do fac�o”, conta. 

De acordo com o tutor, foi realizado boletim de ocorr�ncia nas duas oportunidades e, em ambas as situa��es, os animais n�o apresentavam riscos a nenhuma pessoa nos locais em que se encontravam. 

O caso ganhou notoriedade nesta ter�a-feira (7), quando a ativista Duda Salabert publicou em suas redes sociais sua indigna��o com a liberdade dos autores. “Pelo que li, um dos psicopatas prestou depoimento na delegacia de Confins e EST� LIVRE! EST� LIVRE! Nojo! N�o h� justi�a nesse pa�s???”, disse.

 

 

Al�m de Duda Salabert, a apresentadora Lu�sa Mell e o deputado estadual de S�o Paulo, delegado Bruno Lima, que lutam pelas causas animais, compartilharam a situa��o de Sans�o e se colocaram � disposi��o da fam�lia.