
“T�nhamos tr�s possibilidades: encontrar um doador falecido do tamanho dela, o que � muito raro, reduzir o f�gado de um doador adulto falecido, em boas condi��es cl�nicas, ou realizar o transplante intervivos”, explicou o Coordenador do Grupo de Transplante Hep�tico do HC-UFMG, o cirurgi�o Leandro Navarro Amado.
Como o n�mero de doa��es de �rg�os caiu muito durante a pandemia e Valentina n�o podia esperar, o transplante intervivos foi o mais indicado. Neste tipo de transplante de alta complexidade, uma pessoa saud�vel e com o tipo sangu�neo compat�vel com o do receptor, � a doadora. Ela tem uma parte do f�gado retirada, por meio de cirurgia, e colocada no lugar do f�gado da crian�a doente. N�o � necess�rio aguardar em fila de espera pela doa��o do �rg�o.
Na data do procedimento, uma pequena parte do f�gado do pai de Valentina, foi ent�o removida e, quase que simultaneamente, implantada no beb�. Pai e filha ficaram juntos o tempo todo no bloco cir�rgico.
“Foram aproximadamente oito horas de cirurgia. O curto espa�o de tempo em que o �rg�o fica fora da circula��o (cerca de 50 minutos) � o maior diferencial do transplante hep�tico intervivos, pois o funcionamento do f�gado � imediato, sendo o resultado muito melhor”, destacou.
Ap�s a alta, Valentina e Alexandre passam bem. Assim como acontece no transplante hep�tico intervivos adulto, o f�gado vai se regenerar tanto no doador quanto no receptor, que neste caso � uma crian�a.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira