
Em sua fala, Zema mencionou como a crise provocou fortes abalos em quase todos os setores da economia mineira, destacando o turismo e os eventos. "Outros ramos foram muito afetados tamb�m, mas n�o com perdas t�o grandes como esses, que tiveram quedas de 80% a 90%", afirma.
Em seguida, emendou ressaltando a import�ncia das linhas de cr�dito para a sobreviv�ncia das empresas neste momento. "O desafio no momento � prover oxig�nio para as empresas. N�o adianta ter um banquete l� na frente se n�o tem oxig�nio agora. E esse oxig�nio � a linha de cr�dito", diz.
Garantiu estar acompanhando a situa��o das empresas de perto. "Estou acompanhando com entidades como CDL, Fecom�rcio e Fiemg e n�o tem sido f�cil para os empres�rios obterem a linha de cr�dito", defende. Por consequ�ncia, os bancos foram alvo de duras cr�ticas do governador. "Estamos insistindo com o Banco do Brasil e a Caixa Econ�mica Federal para facilitar isso. Tenho conversado com o ministro Paulo Guedes e solicitado a ele que reveja", conta.
A "burocracia e a morosidade" dos bancos, em sua vis�o, pode piorar a "mortalidade das empresas". "Essa burocracia e morosidade na obten��o de cr�dito pode fazer com que a mortalidade de empresas seja muito superior ao que estamos esperando. Sobrevive n�o quem � bom, mas quem tinha reserva e era cauteloso. S�o coisas diferentes", argumenta.
O governador tamb�m aproveitou a ocasi�o para enaltecer o trabalho do pr�prio estado, por meio do Banco do Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (BDMG). "Aquilo que depende de Minas, do BDMG, estamos disponibilizando. O BDMG tem liberado mais de R$ 2 bilh�es em opera��es e, como Estado, beneficiando a situa��o, ao postergar pagamentos", conclui.
Situa��o do agroneg�cio
A Secret�ria de Estado de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento de Minas, Ana Maria Soares Valentini, tamb�m esteve presente no evento e aproveitou para da um panorama da situa��o do agroneg�cio em Minas. "Estamos firmes para enfrentar a pandemia", diz.
Ela destacou que alguns setores do agroneg�cio passaram por dificuldades, como o de floricultura, mas que, no geral, o balan�o � positivo. "Estamos passando bem. Crescemos bastante nesse semestre, tivemos recorde na produ��o de gr�os e a perspectiva de colher a nossa maior safra de caf�", conta. A agropecu�ria correspondeu a 1/3 do PIB de Minas neste semestre, segundo a secret�ria.
Valentini comemorou o crescimento das exporta��es, que teve resultados superiores a 2019. Relembrou, tamb�m, o sucesso dos frigor�ficos frente � crise. "Elaboramos protocolos de seguran�a desde os primeiros momentos para o setor de prote�na animal, granjas e frigor�ficos. Isso foi fundamental para que mantiv�ssemos sem nenhum problema", afirma.
* Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira