
A mais recente pesquisa do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (17), revela que 12,4 milh�es de pessoas desempregadas na quarta semana de junho, se comparada com a semana anterior.
Esse n�mero de desempregados significaque a taxa de desocupa��o subiu para 13,1% nesse per�odo pesquisado.
Essa � a maior taxa desde o in�cio de maio, quando come�ou a PNAD COVID19, e resulta da queda de 84 milh�es para 82,5 milh�es (-1,5 milh�o) de pessoas ocupadas na semana.
“Em rela��o a primeira semana de maio, o movimento tamb�m � de queda na popula��o ocupada, aumento da desocupada e consequentemente aumento da taxa de desocupa��o. A popula��o desocupada e em busca de ocupa��o aumentou 26%, em rela��o a primeira semana de maio”, disse a coordenadora da pesquisa, Maria L�cia Vieira.
Retorno ao trabalho
A pesquisa mostra tamb�m que continua caindo o n�mero de pessoas ocupadas que estavam temporariamente afastadas do trabalho presencial devido ao distanciamento social na quarta semana de junho, passando de 11,1 milh�es para 10,3 milh�es, na compara��o com semana anterior. No in�cio de maio, eram 16,6 milh�es.
“Isso � resultado de pessoas que podem estar retornando ao trabalho, mas tamb�m devido a um poss�vel desligamento dessas pessoas do trabalho que elas tinham”, analisa Maria L�cia.
Entre os ocupados, 8,6 milh�es trabalharam de forma remota, o que representa 12,4% de trabalhadores n�o afastados do trabalho em virtude da pandemia. Esse grupo segue est�vel desde a primeira semana de maio (8,5 milh�es).
A coordenadora da pesquisa observa ainda queda no total de pessoas que estavam fora da for�a de trabalho, mas gostariam de trabalhar e n�o procuraram trabalho devido � pandemia ou por falta de trabalho na localidade em que vivem (17,8 milh�es). “A pandemia vem, cada vez mais, deixando de ser o principal motivo que as pessoas alegam para n�o ter procurado trabalho”, disse ela.
J� a taxa de trabalhadores na informalidade ficou em 34,5% na quarta semana de junho, atingindo 28,5 milh�es de pessoas. No in�cio de maio, eram 29,9 milh�es.
Entre os informais est�o os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores dom�sticos sem carteira; empregadores que n�o contribuem para o INSS; trabalhadores por conta pr�pria que n�o contribuem para o INSS; e trabalhadores n�o remunerados em ajuda a morador do domic�lio ou parente.
Na quarta semana de junho, o IBGE estima que 170,1 milh�es pessoas estavam em idade para trabalhar, mas somente 82,5 milh�es estavam ocupadas, n�mero menor que a semana anterior (83,9 milh�es) e que primeira semana de maio (83,9 milh�es). Ou seja, menos da metade (48,5%) estava trabalhando na quarta semana de junho.
15,4 milh�es se queixam de algum sintoma de gripe h� quatro semanas
J� rela��o aos dados de sa�de, Maria L�cia destaca que h� quatro semanas consecutivas o n�mero de pessoas que se queixaram de algum dos sintomas de s�ndrome gripal segue estatisticamente est�vel, em torno de 15,4 milh�es. Na primeira semana de maio, contudo, 26,8 milh�es de pessoas estavam sintom�ticas.
A maioria dos sintomas tamb�m ficou est�vel na quarta semana de junho, frente a anterior, com exce��o de dor nos olhos, cujas queixas ca�ram de 1,9 milh�o para 1,6 milh�o. Dor de cabe�a foi a mais relatada (7,2 milh�es), seguida por nariz entupido ou escorrendo (5,7 milh�es), tosse (4,8 milh�es), dor muscular (4 milh�es), dor de garganta (3,6 milh�es), fadiga (2,2 milh�es), perda de cheiro ou de sabor (2 milh�es) e dificuldade de respirar (1,9 milh�o).
Entre as pessoas que tiveram algum desses sintomas, 3,1 milh�es buscou atendimento m�dico, sendo que 46,5% disseram ter ido a postos de sa�de p�blicos, 21,7% a prontos-socorros e outros 20,6% a hospitais do SUS. J� na rede privada, 10,4% procuraram ambulat�rio ou consult�rio privado ou ligado �s for�as armadas, 3,2% foram para prontos-socorros privados e 11,5% para hospitais privados.
Ao todo, 982 mil buscaram atendimento em hospital, p�blico, particular ou ligado �s for�as armadas, e 119 mil ficaram internados.
Entre as pessoas que tiveram algum sintoma, 79,9% n�o procuraram nenhum atendimento ou estabelecimento de sa�de na quarta semana de junho. J� 58,1% tomaram rem�dio por conta pr�pria. Outros 13,1% tomaram medicamento com orienta��o m�dica. Al�m disso, 4,3% ligaram para algum profissional de sa�de e 2,1% receberam visita de algum profissional de sa�de do SUS. ( Com informa��es do IBGE)
