Minist�rio da Sa�de quer que profissionais de SP reforcem hospitais de MG

O Minist�rio da Sa�de tenta articular, junto � Secretaria de Estado de Sa�de de S�o Paulo, a cess�o de profissionais aos hospitais de Minas Gerais. A ideia, pensada em virtude da pandemia do novo coronav�rus, foi revelada pelo secret�rio de Aten��o Especializada em Sa�de da pasta federal, coronel Luiz Ot�vio Franco Duarte, nesta quarta-feira, em debate promovido pela C�mara Federal.

Participantes da audi�ncia, realizada pela Comiss�o Externa de Enfrentamento � COVID-19 para debater a situa��o da pandemia em Minas, cobraram o credenciamento de leitos no estado. Duarte, contudo, acredita que a habilita��o de vagas n�o � o principal problema. Segundo ele, o empecilho est� na aus�ncia de profissionais capazes de acolher os pacientes. Por isso, o minist�rio busca estabelecer parcerias.

“(A ideia) Tentar levar todo o recurso humano capacitado ocioso, transferindo a m�o de obra especializada, para Minas Gerais. A abertura dos leitos n�o � um obst�culo para o Minist�rio da Sa�de. O principal obst�culo na “ponta da linha” � o recurso humano capacitado”, explicou.

O Minist�rio da Sa�de quer replicar, em Minas Gerais, acordo que a Uni�o tenta firmar com o governo do Rio de Janeiro. O objetivo � enviar, de l�, recursos humanos, equipamentos e medica��es para abastecer casas de sa�de localizadas no Sul brasileiro.

O estado tem 3.595 leitos de UTI. A ocupa��o m�dia � de 68%.

Munic�pios pedem mais medicamentos

O presidente do Conselho Municipal de Secretarias Municipais de Sa�de de Minas Gerais (Cosems-MG), Fabr�cio Henrique dos Santos, reivindicou apoio do Minist�rio de Sa�de dos laborat�rios p�blicos no envio de medicamentos. Ele mencionou, sobretudo, os anest�sicos.

“Alguns hospitais que s�o refer�ncia no atendimento, que d�o tranquilidade, principalmente nos munic�pios que n�o t�m UTI, est�o sentindo muita falta, principalmente, dos anest�sicos. Estamos enfrentando sobrepre�o, ent�o � importante fazer uma provoca��o sobre o papel que os laborat�rios p�blicos podem ter, neste momento, na produ��o dos medicamentos. O mercado tem se movimentado de uma forma que prejudica muito o SUS”, salientou.

O representante do governo federal, por seu turno, disse que a Uni�o tem recolhido o excesso de insumos produzidos pela ind�stria de medicamentos e distribu�do aos estados. A Uni�o pretende, ainda, implantar sistema para controlar os pre�os e fazer importa��es.

“Toda medica��o voltada ao enfrentamento � pandemia teve o pre�o de mercado aumentado. Ent�o, se por acaso, h� a medica��o, mas o pre�o est� acima do mercado, n�o perca a oportunidade de salvar vidas. H� muitos hospitais particulares com n�veis de estoque chegando a zero”, afirmou Duarte.

Uni�o garante habilita��o sem empecilhos

Fabr�cio, que ocupa a secretaria de Sa�de de Pedro Leopoldo, na Regi�o Metropolitana de BH, pediu que os leitos cuja habilita��o ainda n�o foi feita pelo minist�rio sejam credenciados. Duarte, entretanto, garantiu que n�o h� empecilhos para habilitar as vagas que se enquadram nos crit�rios necess�rios.

“S� n�o vamos habilitar leitos de UTI que n�o t�m equipe ou que sejam de suporte ventilat�rio”, afirmou, pedindo ao secret�rio de Estado de Sa�de, Carlos Eduardo Amaral, converse com o minist�rio para oficializar o funcionamento dos leitos ainda n�o credenciados.

Ainda de acordo com o presidente do Cosems-MG, a tarefa das pequenas cidades tem sido barrar a dissemina��o da virose.

“Nosso trabalho tem sido todo focado no controle, para que a gente n�o extrapole a capacidade de leitos. Os munic�pios t�m investido bastante, muitos com recursos pr�prios, para abrir vagas de UTI e leitos cl�nicos, para n�o pressionar a capital e os grandes centros”.

Pazuello quer visitar Minas

Do Rio Grande do Sul, cumprindo agenda de visitas, o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, participou rapidamente da videoconfer�ncia. Ele citou o desejo de visitar Minas Gerais ainda durante a pandemia.