
No per�odo acumulado de abril a junho, a redu��o foi de 64,98% na m�dia mensal de transporte em BH, 10,485 milh�es de passageiros, enquanto no mesmo per�odo do ano passado foram atendidos 29,942 milh�es de usu�rios por m�s, em m�dia. A quantidade de pessoas atendidas, que era de 1,2 milh�o por dia antes da pandemia caiu, agora, para 476,89 mil passageiros por dia.
Ainda segundo a entidade, o baque no transporte coletivo urbano se repete em outras cidades. Em Varginha (135, 4 mil habitantes), no Sul de Minas Gerais, por exemplo, houve queda de 70% na demanda de passageiros. De 30 mil pessoas transportadas por dia, o sistema passou a atender 9 mil pessoas, operando com 50% da frota.
No transporte coletivo urbano de BH, segundo o Setra BH, a frota de 1.853 ve�culos ocupa cerca de 15 mil trabalhadores, dos quais em torno de 7,5 mil s�o motoristas. Atuam na capital quatro cons�rcios de empresas, com 35 organiza��es, que respondem por 297 linhas de �nibus.
INTERMUNICIPAL
A pandemia do coronav�rus trouxe uma s�rie de consequ�ncias negativas para o transporte intermunicipal de passageiros. �nibus passaram a rodar com menor quantidade de passageiros n�o somente por causa do isolamento social, mas tamb�m porque, mesmo com os protocolos de seguran�a e medidas de higieniza��o, muita gente ficou com medo de contrair o v�rus ao permanecer muito tempo dentro dos ve�culos junto de outras pessoas.
Al�m disso, as empresas das linhas regulamentadas tiveram que mudar muita coisa, como a limita��o de ocupa��o das poltronas � metade e higieniza��o dos ve�culos antes e depois de cada viagem. Mas continuou sofrendo com um velho concorrente, que � um problema para as empresas e que colocam em risco a seguran�a dos passageiros: o transporte clandestino.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Minas Gerais (Sindipas), atualmente, existem cerca de 800 �nibus das empresas regulamentadas em circula��o no estado. A assessora jur�dica da entidade, Zaira Carvalho observa que as empresas regularizadas cumprem todos os protocolos sanit�rios definidos pelos �rg�os competentes, como a higieniza��o de ar-condicionado, “limpeza minuciosa” dos ve�culos, feita diariamente e manuten��o das janelas destravadas e abertas, quando poss�vel. N�o h� garantia de que isso esteja sendo feito no transporte que n�o se submete � regulamenta��o.
RAIO X DO TRANSPORTE
Os impactos e riscos que a pandemia trouxe ao setor de transportes s�o tema de reportagens que o Estado de Minas publica desde a segunda-feira. A s�rie revelou em sua estreia o cotidiano de caminhoneiros que, para manter a roda da economia girando, frequentam �reas em que s�o mais altos os �ndices de cont�gio pelo novo coronav�rus. O crescimento dos roubos de cargas que coincide com a dissemina��o da COVID-19 foi o segundo tema das reportagens, que na sequ�ncia abordaram a apreens�o dos condutores de ambul�ncias e a condi��o prec�ria dos mototaxistas, trabalhadores informais. Ontem, foram enfocados os efeitos no metr� e nos trens, mostrando o medo e os cuidados nas esta��es.