
A mineradora Vale e o Minist�rio P�blico de Minas Gerais assinaram um novo acordo para ampliar a comunica��o sobre os riscos que circundam as barragens da empresa localizadas nos arredores do distrito de S�o Sebasti�o das �guas Claras, tamb�m conhecido como Macacos, em Nova Lima, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com o MP, o novo termo n�o substitui os assinados anteriormente, mas s� amplia as obriga��es da mineradora. O documento diz respeito as barragens B5, Taquaras, B3/B4, B6, B7 e Cap�o da Serra (Minas Mar Azul, Mutuca e Tamandu�), que, se romperem, podem potencialmente impactar a regi�o.
Uma das mudan�as promovidas pelo acordo diz respeito �s placas informativas que indicam as rotas de fuga. Hoje, esses equipamentos s� informam em portugu�s. A inten��o do MP � que a Vale tamb�m forne�a itens em ingl�s e espanhol.
O mesmo processo acontece com cartilhas informativas. Os cart�es dever�o ser entregues nos tr�s idiomas a propriet�rios de restaurantes, bares e hot�is de Macacos.
Essas medidas dever�o ser cumpridas num prazo de 120 dias (quatro meses).
Al�m disso, o acordo entre MP e Vale prev� um treinamento promovido pela empresa com empres�rios de Macacos. Essa din�mica deve ocorrer com frequ�ncia m�nima anual, com objetivo de que essas pessoas orientem os turistas em caso de trag�dia.
O acordo tamb�m determina que a Vale disponibilize em seu site estudos atualizados ligados ao licenciamento ambiental das barragens. O mesmo para os relat�rios do Plano de A��o de Emerg�ncia para Barragens de Minera��o (PAEBM).
Relembre o caso
Em 16 de fevereiro de 2019, soou a sirene da barragem B3/B4 da Vale e centenas pessoas no distrito de S�o Sebasti�o das �guas Claras (Macacos), em Nova Lima, tiveram de deixar �s pressas o lugar onde se encontravam. No total, 125 fam�lias foram retiradas de suas casas por causa da represa da Mina de Mar Azul.
Em mar�o daquele ano, a mineradora elevou para o n�vel 3, o �ltimo antes do rompimento, a situa��o do barramento. � �poca, a Vale apresentou � Defesa Civil estadual laudos t�cnicos emitidos por uma auditoria externa, que traziam dados cr�ticos sobre a estrutura.
A B3/B4 abriga cerca de 3 milh�es de metros c�bicos de rejeitos com estrutura a montante, o mesmo modelo de constru��o utilizado nas barragens 1, em Brumadinho, e de Fund�o, em Mariana.
Nesse s�bado (25), a Vale voltou a remover pessoas de suas casas em Macacos. Isso aconteceu por causa da amplia��o da �rea de risco da barragem.
Segundo a Vale, no entanto, a represa, al�m de monitorada durante todo o dia, n�o sofreu altera��es em sua estrutura.