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Estado de Minas MINA DE MAR AZUL

Barragem de Macacos: treinamento de retirada provoca apreens�o entre moradores

Vale esclarece que treinamentos t�m ocorrido periodicamente desde que barreira pr�xima � B3/B4 come�ou a ser constru�da, no segundo semestre de 2019


05/08/2020 18:13 - atualizado 05/08/2020 18:53

Barragem B3 e B4 da Mina Mar Azul, da Mineradora Vale, em Macacos (São Sebastião das Águas Claras), distrito de Nova Lima
Barragem B3 e B4 da Mina Mar Azul, da Mineradora Vale, em Macacos (S�o Sebasti�o das �guas Claras), distrito de Nova Lima (foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press - 04/04/2019)

Um novo cap�tulo protagonizado por mais uma den�ncia marca a rela��o dos  moradores do distrito de Macacos,  em Nova Lima (Grande BH), com a mineradora Vale. Agora, o problema gira em torno de um treinamento realizado pela empresa sem aviso pr�vio, o que causou apreens�o na comunidade.

 

 

 

Um v�deo, que circula nas redes sociais, flagrou o momento exato do fato, ocorrido na noite dessa ter�a-feira (4). “Aten��o, senhores colaboradores: se retirar da �rea ZAS (Zona de Autossalvamento, per�metro de 10 quil�metros ou 30 minutos do ponto de rompimento da barragem) imediatamente”, afirma o funcion�rio da Vale com um megafone na grava��o.

 

“As pessoas n�o haviam sido avisadas que haveria esse treinamento de evacua��o das obras. A mensagem � alarmante. Gera uma grande apreens�o nas pessoas, porque a gente precisa cumprir uma obriga��o que � da empresa”, afirma Fernanda Tuna, moradora de Macacos.

 

Segundo ela, essa � a segunda vez que a Vale realiza um simulado sem informar a popula��o.

 

“J� houve esses exerc�cios sem aviso. Nessa �poca, que aconteceu a maior confus�o, a Vale passou a liberar um cronograma desses exerc�cios de evacua��o. Mas, isso foi antes da pandemia. O �ltimo cronograma nem lembro quando foi compartilhado”, reclama Fernanda.

 

Os treinamentos acontecem porque oper�rios da Vale trabalham ao redor da Barragem B3/B4, na Mina de Mar Azul, na  constru��o de uma barreira de conten��o.  A represa est� no n�vel 3, o �ltimo da escala de risco de rompimento, desde mar�o do ano passado.

 

Procurada, a Vale informou que "realiza periodicamente exerc�cios simulados para os trabalhadores". De acordo com a empresa, essas din�micas acontecem "rotineiramente em Macacos h� v�rios meses, desde o in�cio da obra do muro de conten��o".

 

A empresa n�o informou o motivo pelo qual n�o houve comunica��o pr�via com a comunidade.

 

Acordo

A Vale e o Minist�rio P�blico de Minas Gerais  assinaram um novo acordo para ampliar a comunica��o  sobre os riscos que circundam as barragens da empresa localizadas nos arredores de Macacos.

 

O documento diz respeito �s barragens B5, Taquaras, B3/B4, B6, B7 e Cap�o da Serra (Minas Mar Azul, Mutuca e Tamandu�), que, se romperem, podem potencialmente impactar a regi�o.

 

Uma das mudan�as promovidas pelo acordo diz respeito �s placas informativas que indicam as rotas de fuga. Hoje, esses equipamentos s� informam em portugu�s. A inten��o do MP � que a Vale tamb�m forne�a itens em ingl�s e espanhol.

 

O mesmo processo acontece com cartilhas informativas. Os cart�es dever�o ser entregues nos tr�s idiomas a propriet�rios de restaurantes, bares e hot�is de Macacos.

 

Para Fernanda Tuna, no entanto, esse acordo � um "turismo de barragem". "Esse terrorismo � vivenciado pelos moradores. A gente convive com a lama invis�vel. At� hoje, a gente n�o sabe qual a mancha de inunda��o. � um espet�culo do desastre: s�o v�rios atores, como Vale e o poder p�blico, e a comunidade acaba n�o sendo ouvida como deveria", critica.


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