
A interdi��o cautelar foi a �ltima etapa de um processo que se arrasta desde junho, quando a SRS/CFA recebeu den�ncias sobre supostas irregularidades no funcionamento da UTI, como a falta de profissionais de nefrologia e equipamentos de hemodi�lise. A SES/MG informou, por meio de nota, que a SRS/CFA j� havia realizado visita t�cnica nas depend�ncias do hospital, em 2 de junho e 29 de julho, informando � dire��o do hospital sobre as inconformidades encontradas e a necessidade de adequa��es, com a ado��o de padr�es m�nimos de seguran�a e qualidade nos servi�os prestados aos pacientes, estabelecidos em normas t�cnicas espec�ficas.
O prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vin�cius da Silva Bizarro (PSDB), contesta a interdi��o. Ele fez uma visita na tarde de domingo (2) ao HJMM, com transmiss�o ao vivo em sua rede social.
Ele mostrou v�rios ambientes do hospital e alegou que n�o havia nada que justifique a interdi��o. Acusou os funcion�rios da Superintend�ncia Regional de Sa�de de criar fact�ides e de perseguirem a dire��o do hospital desde 2017, com acusa��es falsas, “falando que aqui n�o temos profissionais de nefrologia, n�o temos equipamentos de hemodi�lise e n�o temos um monte de coisa”, disse o prefeito, que � m�dico e conhecido no meio pol�tico como Dr. Marcos Vin�cius. Ele tamb�m disse que “os profissionais que interditaram o hospital s�o os mesmos que os credenciaram 30 dias atr�s”, fato que ele considerou inexplic�vel.
Ontem, o prefeito esteve na Cidade Administrativa, na sede da SES/MG, junto com o procurador-geral do munic�pio, Denner Franco, tentando evitar a interdi��o, mas n�o teve �xito.
A SES/MG informou que as a��es dos servidores da Superintend�ncia Regional de Sa�de de Coronel Fabriciano, na fiscaliza��o dos servi�os do HJMM, s�o “orientadas pelas diretrizes da SES/MG, regramentos sanit�rios e pelos princ�pios e normativas da administra��o p�blica”. A SES/MG tamb�m informou que encaminhou orienta��o ao HJMM para fazer o cadastro do laudo de transfer�ncia de todos os pacientes em leitos de UTI (COVID-19 e Cl�nica) para outros hospitais refer�ncia da regi�o, at� a regulariza��o do servi�o, objetivando garantir a assist�ncia integral e universal desses pacientes.
O Hospital de Coronel Fabriciano tem 10 leitos UTI credenciados pelo SUS e 20 aguardando credenciamentos. Todos foram interditados. Atrav�s de nota, a secretaria de Governan�a da Sa�de de Coronel Fabriciano "lamenta a utiliza��o pol�tica neste momento sens�vel onde a prioridade do munic�pio � salvar vidas".
Transfer�ncia para Ipatinga
O prefeito de Ipatinga, Nardyello Rocha (Cidadania), disse que seu munic�pio ser� solid�rio ao vizinho Coronel Fabriciano, embora a situa��o o preocupe, porque a tend�ncia � sobrecarregar o sistema de sa�de municipal, que segundo ele, apresentava n�tidos sinais de al�vio.
“N�s temos acompanhado nos �ltimos dias o imbr�glio que virou essa discuss�o referente � interdi��o ou n�o da UTI COVID-19 do Hospital de Coronel Fabriciano. Est�vamos torcendo muito para que tudo isso fosse solucionado, pois o reflexo pode ser muito grande dentro do nosso Vale do A�o”, disse.
“N�s temos acompanhado nos �ltimos dias o imbr�glio que virou essa discuss�o referente � interdi��o ou n�o da UTI COVID-19 do Hospital de Coronel Fabriciano. Est�vamos torcendo muito para que tudo isso fosse solucionado, pois o reflexo pode ser muito grande dentro do nosso Vale do A�o”, disse.
Nardyello Rocha disse que se surpreendeu com o documento oficial da SES/MG, solicitando que os hospitais de refer�ncia de Ipatinga recebessem os pacientes transferidos do HJMM. “Ficamos assustados porque n�s estamos falando de uma cidade como Ipatinga que j� atende quase meio milh�o de habitantes, pertencentes � nossa microrregi�o. E agora temos a microrregi�o de Coronel Fabriciano que conta com mais de 200 mil pessoas”, disse.
O prefeito lembrou que Ipatinga conseguiu, depois de v�rias semanas trabalhando com 100% de leitos de UTI ocupados, baixar este �ndice para 90%, depois 80% e atualmente essa taxa est� em 76% de ocupa��o.
Nota da SES/MG
"Esclarecemos que a medida de interdi��o cautelar � aplicada em estabelecimento ou produto, quando for constatado ind�cio de infra��o sanit�ria em que haja risco para a sa�de da popula��o. A infra��o perdurar� at� que sejam sanadas as irregularidades, objeto da a��o fiscalizadora. Sendo assim, mediante a apresenta��o da comprova��o de aquisi��o/instala��o dos equipamentos de hemodi�lise, com qualifica��o de instala��o destes, garantindo que os mesmos est�o funcionando em conformidade com as especifica��es/par�metros do fabricante; a apresenta��o da an�lise de �gua purificada pelos equipamentos de osmose reversa ap�s sua instala��o; o estabelecimento de um programa de manuten��o preventiva dos equipamentos (n�o apenas corretiva); a comprova��o da assist�ncia de m�dico nefrologista � beira leito e a regulariza��o do estoque de medicamentos, materiais e insumos m�nimos necess�rios � atividade; a medida poder� ser revista."