
Uma foto e uma grava��o retratando a cena circulou essa semana nas redes sociais e em grupos de whatsapp, o que motivou uma investiga��o dos policiais da Divis�o Especializada em Preven��o e Investiga��o de Crimes de Tr�nsito (DEPICT). Segundo comunicado da assessoria da Pol�cia Civil, “a suposta falsa comunica��o de crime ser� analisada no decorrer das investiga��es. Outras informa��es ser�o repassadas em momento oportuno”. No caso, a suspeita � de que a mulher estaria aplicando um golpe, para processar o motorista por um suposto atropelamento.
J� a fam�lia da mulher diz que ela passa por problemas pessoais e sofre de uma s�ndrome que a deixa inst�vel emocionalmente.
O fato em quest�o aconteceu no �ltimo dia 30, �s 13h34, no cruzamento da Rua Esp�rito Santo com Avenida Santos Dumont. A.V.D., de 49 anos, havia sa�do do servi�o, na Rua dos Carij�s, no Centro. Subiu a rua e virou � direita, na Rua Esp�rito Santo, no sentido Avenida dos Andradas.
Parou no primeiro sinal, na esquina com Amazonas. Quando o sinal abriu, arrancou. Cruzou a Rua dos Caet�s e diminuiu, pois se aproximava o sem�foro no cruzamento com Avenida Santos Dumont. Depois, com Caet�s. No entanto, o sinal estava verde e ele prosseguiu. T�o logo cruzou a avenida, um susto. Uma mulher saiu do passeio e atravessou na sua frente. Ele freou, antes de atingir a mulher. Mas no relato que fez � Pol�cia Militar, a mulher, identificada como S.P.J.S., de 22 anos, parou, ficou de costas para ele e o carro e pulou no cap� do ve�culo, uma amarok branca.
A.V.D. puxou o freio de m�o e desceu para tentar entender o que havia acontecido. Disse para a mulher se levantar, mas ela permanecia ca�da, dizendo que tinha sido atropelada, pedindo para que o homem chamasse o Samu. Ele pediu, ent�o, ajuda � Pol�cia Militar.
Testemunhas e investiga��o
Ao local, foram enviados dois policiais em motocicletas, sargento Gualberto e cabo Jacqueline. A.V.D. contou o caso e a mulher insistia que tinha sido atropelada. Ela acabou sendo encaminhada, pelo Samu, ao Hospital S�o Lucas, onde foi constatada uma lombalgia.
Revoltado, A.V.D. suspeitou que pudesse estar sendo v�tima de um golpe. Ele conseguiu apoio de tr�s pessoas, que se prontificaram a ser testemunhas: Franciele, Lorraine e Al�pio.
Os tr�s relataram aos policiais a mesma hist�ria de que a mulher n�o respeitou o sinal vermelho para pedestres e entrou deliberadamente na frente do carro, se atirando no cap� e gritando que tinha sido atropelada.
O que a pol�cia investiga � se este seria um novo golpe aplicado no tr�nsito de Belo Horizonte. N�o existem, at� o momento, outros registros. O motorista, a suposta v�tima e as testemunhas, ser�o ouvidas em cart�rio na DEPICT e, se for confirmada a tentativa de golpe, a mulher ser� indiciada.
S�ndrome de Borderline
A fam�lia de S.P.J.S. procurou a reportagem do Estado de Minas e contou que ela � portadora do Mal de Borderline, transtorno que faz as pessoas irem do c�u ao inferno em quest�o de horas, com instabilidade emocional, sensa��o de inutilidade, inseguran�a e impulsividade.
Segundo a av� de S., ela estava gr�vida, mas no terceiro m�s foi abandonada pelo pai da crian�a. Depois disso, come�aram os problemas. Ela foi diagnosticada com a doen�a.
Depois que a crian�a nasceu, S. teve uma forte depress�o p�s parto. Depois de diagnosticada, n�o quis mais cuidar da crian�a. H� cerca de um m�s, passou 20 dias internada, primeiro no Hospital JK e depois no Santa Maria.
Segudo a av�, ela n�o se d� bem nem com o pai e nem com a m�e, que s�o separados, e nenhum dos dois aceita que a filha viva com um deles. No final de semana, surgiu a hist�ria do acidente. Ela insistia que tinha sido atropelada.
Mas, segundo a av�, o que teria de ser feito era internar a neta. No entanto, ela n�o aceita ser internada.