Bares e restaurantes funcionam normalmente na 'Niter�i' valadarense

A onda vermelha do Minas Consciente trouxe s�rias limita��es ao com�rcio considerado n�o essencial em Governador Valadares. Bares e restaurantes da cidade funcionam apenas com o servi�o de encomendas e entregas em domic�lio, fato que tem causado insatisfa��o aos comerciantes. No entanto, a situa��o de bares e restaurantes ao longo da BR-116, que corta a cidade de ponta a ponta, � totalmente diferente. Todos podem abrir normalmente, servir o almo�o � mesa para trabalhadores da rodovia e caminhoneiros.

 

Na regi�o mais movimentada da BR-116, conhecida como Niter�i, formada pelos bairros localizados do outro lado da ponte de S�o Raimundo, o vaiv�m no com�rcio � intenso.

Nessa regi�o, est�o v�rios bares e restaurantes, ag�ncias banc�rias, farm�cias, oficinas mec�nicas, lojas de autope�as, postos de gasolina, padarias e lanchonetes. Todos operando com os servi�os essenciais.

A Vila Isa, maior bairro da Niter�i, apresenta maior movimenta��o. L�, os trabalhadores e caminhoneiros sentam-se �s mesas nas cal�adas e almo�am tranquilamente.

 

Marcelo Schlaucher, presidente do Sindicato de Hot�is Restaurante Bares e Similares de Governador Valadares, n�o economiza nas cr�ticas ao programa Minas Consciente e diz que o setor de bares e restaurante est� sendo “o boi de piranha da vez”. Ele lamenta o fato de os bares e restaurantes localizados fora da BR-116 n�o poderem abrir e n�o v� o Minas Consciente atuando com o objetivo de resolver um problema, e sim adotando uma postura incoerente.

 

“O decreto estadual n�o tem nenhuma coer�ncia. Uns (bares e restaurantes) podem abrir e outros, a poucos metros da rodovia, n�o. Quem elaborou a lei deveria ter discutido com as entidades do setor para que pudesse tomar uma decis�o dentro da realidade de cada economia, sempre levando em conta a quest�o da sa�de”, disse.

 

Para Schlaucher, que administra uma pizzaria tradicional na �rea central de Governador Valadares, ao contr�rio do que os legisladores pensam, um restaurante tem muito mais condi��es de adotar medidas de higiene e distanciamento social que um supermercado, por exemplo. “O �nico controle que os supermercados fazem � dar uma dose de �lcool em gel na m�o do cliente e higienizar o carrinho de compras. E os produtos da prateleira quem higieniza?”, questiona.

 

Sobre a movimenta��o no com�rcio e servi�os �s margens da BR 116, o Grupo de Trabalho Extraordin�rio (GTE) do c�mpus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora, que atua junto � Secretaria Municipal de Sa�de, informou que a legisla��o permite o funcionamento, e que o descumprimento das medidas de prote��o � COVID-19 devem ser denunciadas � fiscaliza��o.