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Estado de Minas LUTA

Movimento 'Quem ama n�o mata' completa 40 anos e protesta contra feminic�dio; veja v�deo

Marcadas na hist�ria do feminismo mineiro, ativistas lutam pela igualdade de direitos e leis mais r�gidas para punir autores de viol�ncia contra a mulher


18/08/2020 18:31 - atualizado 18/08/2020 19:36

No vídeo, além das imagens gravadas pelas integrantes do movimento, dados ilustram uma violência cruel(foto: Redes Sociais/Reprodução)
No v�deo, al�m das imagens gravadas pelas integrantes do movimento, dados ilustram uma viol�ncia cruel (foto: Redes Sociais/Reprodu��o)
Marcado na hist�ria mineira, o movimento feminista “Quem Ama N�o Mata (QANM)" lan�ou nesta ter�a-feira (18) um v�deo relembrando o ato da escadaria da Igreja S�o Jos�, no Centro de Belo Horizonte, ocorrido h� 40 anos. L�deres do movimento se juntaram para protestar contra a viol�ncia dom�stica e o feminic�dio, chamando a aten��o para um novo tipo de crime, que, em 1980, ainda n�o era falado.

De uma forma atemporal, essas mesmas mulheres fazem um registro po�tico em v�deo, dirigido por Papoula Bicalho, que, em fragmentos, mostram a beleza do corpo feminino de todas as idades e alertam para a import�ncia da discuss�o de pautas feministas. 

 
“Antes da pandemia, pensamos diversas vezes como far�amos nossa comemora��o. Ir�amos fazer semin�rios para discutir pautas feministas como o feminic�dio. Foi nosso ato que colocou a viol�ncia contra a mulher na agenda nacional. N�o existiam n�meros, dados e n�o existia uma delegacia para a mulher. N�o � vaidade, � uma data que marcou, que foi hist�rica e precisa ser comemorada”, afirma Mirian Chrystus, coordenadora do QANM.

“Por isso fizemos o v�deo, que � po�tico e segue a temporalidade do Instagram. A tens�o � fluida. S�o corpos de diferentes idades e todos belos. A inten��o � mostrar que � essa beleza que � retirada, esfaqueada e agredida”, explica. 
No v�deo, al�m das imagens gravadas pelas integrantes do movimento,  dados ilustram uma viol�ncia cruel: mais de 66 mil estupros em 2019, a metade de meninas at� 13 anos. “A vida � bem diferente dos an�ncios de margarina. � no espa�o dom�stico que as mulheres s�o mais abusadas, espancadas, estupradas e finalmente mortas”, lamenta a coordenadora. 
 

Viol�ncia


De acordo com o Mapa da Viol�ncia Contra a Mulher de 2019, cerca de 50% dos estupros s�o cometidos por companheiros (namorados, maridos etc.) e familiares. Conhecidos da fam�lia representam mais de 15% dos algozes de mulheres. Os vizinhos representam 3,7% dos agressores. Os estupradores s�o desconhecidos pela v�tima em 31% dos epis�dios de viol�ncia sexual.

Entre janeiro e novembro de 2018 (dados mais recentes), a imprensa brasileira noticiou 14.796 casos de viol�ncia dom�stica em todas os estados. Os maiores agressores das mulheres ainda s�o os companheiros (namorados, ex, esposos) correspondendo a 58% dos casos de agress�o. Os outros 42% ficam na conta dos pais, av�s, tios e padrastos. A maioria das v�timas (83,7%) tem entre 18 e 59 anos de idade, sendo que a faixa que mais concentra a idade das v�timas � entre 24 e 36 anos. 

2020

Trancadas em casa com seus agressores por causa da pandemia do novo coronav�rus, mulheres e crian�as est�o ainda mais expostas � viol�ncia. Nos �ltimos dias, o caso da menina de 10 anos estuprada e engravidada pelo tio tomou as manchetes do pa�s.

“Uma casa n�o � mais um lar. Tornou-se local preferencial para mais viol�ncias. � repugnante. Eu n�o sou uma pessoa triste ou depressiva, mas quando vejo uma not�cia dessas sinto que o pa�s acabou. N�o adianta a cultura da felicidade e samba no p� quando essas coisas est�o acontecendo”, diz M�rian.

Ao falar sobre a evolu��o do feminismo, a ativista e jornalista ressalta a mudan�a do movimento atrav�s dos anos. "Hoje, o movimento se fundiu em diversas pautas. � importante at� mesmo ressaltar o protagonismo da mulher negra. Mesmo todas vertentes tem um ideal parecido", explica.
 
*Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz



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