
O Tribunal de Justi�a de Minas Gerais suspendeu, na noite desta segunda-feira (24), o j�ri popular dos quatro acusados de matar o fisiculturista Allan Guimar�es Pontelo na boate Hangar 677, no Bairro Olhos d´ï¿½gua, em BH, em setembro de 2017.
O Judici�rio deu in�cio � sess�o na manh� desta segunda e vai retom�-la nesta ter�a (25). A previs�o � que haja depoimento dos r�us e debate sobre o teor das falas. Os trabalhos acontecem no F�rum Lafayette, localizado na Avenida Augusto de Lima, Bairro Barro Preto, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte.
Os seguran�as Carlos Felipe Soares e William da Cruz Leal est�o sendo julgados por um j�ri popular. O julgamento de Paulo Henrique Pardim de Oliveira est� marcado para 29 de setembro. Um quarto r�u recorreu da senten�a.
O processo foi instru�do em tr�s audi�ncias, com a oitiva de 11 testemunhas e o depoimento dos quatro acusados.
O caso
Allan foi assassinado em 2 de setembro de 2018, na boate Hangar 677, localizada em Nova Lima, na Grande BH. Segundo a den�ncia apresentada pelo MP � Justi�a, os denunciados, agindo com dolo (intencionalmente), tiraram a vida da v�tima mediante asfixia.
O jovem havia seguido at� o banheiro da boate e l� foi abordado pelos seguran�as Carlos Felipe Soares e William da Cruz Leal, ambos foragidos, que o levaram contra sua vontade para uma �rea restrita. L�, ele passou por uma revista.
Como Allan resistiu � abordagem, a dupla passou a espancar a v�tima violentamente, com empurr�es, socos e chutes, imobilizando-a e a estrangulando-a at� a morte, de acordo com o MP.
O laudo de necr�psia aponta como causa da morte “asfixia mec�nica por constri��o extr�nseca do pesco�o”.
No relato do juiz que aceita a den�ncia contra os acusados, consta que a dupla de seguran�as agiu com o apoio de Paulo Henrique Pardim de Oliveira e Fabiano de Ara�jo Leite, que asseguraram a continuidade da agress�o e impediram que terceiros se aproximassem para socorrer a v�tima. Os dois estariam a servi�o de retirar dinheiro dos caixas da boate.
Al�m dos quatro, tamb�m foi denunciado Delmir Ara�jo Dutra, que seria coordenador da seguran�a, mas os relatos da pol�cia anexados ao processo d�o conta de que ele chegou no local das agress�es junto com os socorristas.
Independentemente das condutas de cada um, o pai do fisiculturista, Denio Pontelo, quer que os envolvidos sejam punidos o mais r�pido poss�vel.
“A dor de enterrar um filho que estava no auge de sua vida � uma coisa indescrit�vel. Meu filho pagou para entrar naquela boate e morreu sem nenhum motivo. Ainda tentaram inventar uma hist�ria de que ele estava vendendo drogas, o que � mentira”, afirmou em entrevista ao Estado de Minas, quando a morte do rapaz completou um ano.
“Espero que as pessoas que fizeram essa brutalidade paguem o que t�m que pagar, com a pris�o, para sentirem na pele o que foi a estupidez de terem tirado a vida de um menino de 25 anos”, prosseguiu na ocasi�o.