(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

R�us negam crime e dono de boate afirma que fisiculturista traficava drogas quando morreu

O propriet�rio da Hangar 677 e tr�s r�us foram ouvidos nesta segunda-feira (29), no F�rum Lafayette. Acusados confirmaram que estavam na casa noturna, mas negaram participa��o na abordagem contra Alan Pontelo


29/04/2019 21:33

O fisiculturista Alan Pontelo tinha 25 anos quando morreu na boate Hangar 677. Segundo denúncia do MP, ele foi espancado na casa noturna(foto: Reprodução/Facebook)
O fisiculturista Alan Pontelo tinha 25 anos quando morreu na boate Hangar 677. Segundo den�ncia do MP, ele foi espancado na casa noturna (foto: Reprodu��o/Facebook)

 
Tr�s dos cinco acusados de matar o fisiculturista Allan Guimar�es Pontelo foram ouvidos nesta segunda-feira (29) pela Justi�a. No F�rum Lafayette, no Bairro Barro Preto (Regi�o Centro-Sul Belo Horizonte), eles negaram a pr�tica de qualquer crime na noite de 2 de setembro de 2017. A �ltima testemunha de defesa, o dono da boate, Hangar 677 (Bairro Olhos D'�gua, na Regi�o do Barreiro), onde ocorreu o fato, tamb�m foi ouvida. 

Em seu depoimento, o dono da boate afirmou que a v�tima traficava drogas dentro do estabelecimento. Segundo a testemunha, Alan foi flagrado no banheiro com grande quantidade de entorpecente. 

Segundo o empres�rio, ao ser informado de que a equipe de seguran�a chamaria a pol�cia, o fisiculturista iniciou uma briga na boate. O propriet�rio explicou, ainda, a forma como a equipe de seguran�a trabalha e os procedimentos adotados em caso de brigas, desentendimentos e situa��es similares. 

Paulo Henrique Pardim de Oliveira foi o primeiro r�u a ser ouvido. Foragido at� 1º de abril deste ano, ele confessou que estava na boate no dia em raz�o. Por�m, apesar de confirmar que j� prestou servi�os de seguran�a  � boate, afirmou que estava l� no dia por um relacionamento com uma frequentadora do espa�o. Ele negou ter participado das agress�es contra Alan Pontelo. 

O segundo r�u a ser ouvido foi o coordenador de seguran�a da boate na data da ocorr�ncia: Delmir Ara�jo Dutra. Ele afirmou n�o ter participado da abordagem e que, ao tomar conhecimento da situa��o, procurou o propriet�rio depois de ser avisado do ocorrido por Paulo Henrique Pardim. 

Ainda segundo Delmir Ara�jo, a boate tem um espa�o destinado a esse tipo de situa��o. Entretanto, Allan n�o foi levado para este local por ter resistido � abordagem da equipe de seguran�a.

O policial militar Fabiano de Ara�jo Leite tamb�m falou � Justi�a nesta segunda. Ele disse que n�o estava na boate a trabalho e que estava na fila de um banheiro do local no momento do fato. 

Fabiano negou que estivesse armado e que tivesse sacado a arma para impedir que o p�blico da boate se aproximasse da confus�o. O PM afirmou que acredita ter sido acusado de ter participado do crime porque algumas pessoas presenciaram o momento em que ele conversou com Paulo Henrique Pardim.

Os trabalhos foram presididos pelo juiz sumariante do 1º Tribunal do J�ri, Marcelo Rodrigues Fioravante. Dois r�us continuam foragidos: Carlos Felipe Soares e William da Cruz Leal. Segundo den�ncia apresentada pelo Minist�rio P�blico, esses dois �ltimos foram os respons�veis por levar o fisiculturista � �rea restrita da Hangar 677.

Ap�s a defesa e acusa��o entregarem as alega��es finais, o processo estar� pronto para a senten�a, que vai definir se eles ser�o julgados por j�ri popular.

O caso

Denio Pontelo, pai de Allan, espalhou cartazes cobrando a punição dos envolvidos ao menos três vezes desde setembro de 2017(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Denio Pontelo, pai de Allan, espalhou cartazes cobrando a puni��o dos envolvidos ao menos tr�s vezes desde setembro de 2017 (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)
 


Allan foi assassinado em 2 de setembro do ano passado. Segundo a den�ncia apresentada pelo MP � Justi�a, os denunciados, agindo com dolo (intencionalmente), tiraram a vida da v�tima mediante asfixia. 

O jovem havia seguido at� o banheiro da boate e l� foi abordado pelos seguran�as Carlos Felipe Soares e William da Cruz Leal, ambos foragidos, que o levaram contra sua vontade para uma �rea restrita. L�, ele passou por uma revista. 

Como Allan resistiu � abordagem, a dupla passou a espancar a v�tima violentamente, com empurr�es, socos e chutes, imobilizando-a e a estrangulando at� a morte, de acordo com o MP. O laudo de necr�psia aponta como causa da morte “asfixia mec�nica por constri��o extr�nseca do pesco�o”. No relato do juiz que aceita a den�ncia contra os acusados, consta que a dupla de seguran�as agiu com o apoio de Paulo Henrique Pardim de Oliveira e Fabiano de Ara�jo Leite, que asseguraram a continuidade da agress�o e impediram que terceiros se aproximassem para socorrer a v�tima. Os dois estariam a servi�o de retirar dinheiro dos caixas da boate.

Al�m dos quatro, tamb�m foi denunciado Delmir Ara�jo Dutra, que seria coordenador da seguran�a, mas os relatos da pol�cia que foram anexados ao processo d�o conta de que ele chegou no local das agress�es junto com os socorristas. Por isso, sua conduta precisa ser melhor explicitada na instru��o do processo.  

Independentemente das condutas de cada um, o pai do fisiculturista, Denio Pontelo quer que os envolvidos sejam punidos o mais r�pido poss�vel. “A dor de enterrar um filho que estava no auge de sua vida � uma coisa indescrit�vel. Meu filho pagou para entrar naquela boate e morreu sem nenhum motivo. Ainda tentaram inventar uma hist�ria de que ele estava vendendo drogas, o que � mentira”, afirmou em entrevista ao Estado de Minas quando a morte do rapaz completou um ano. 

“Espero que as pessoas que fizeram essa brutalidade paguem o que t�m que pagar, com a pris�o, para sentirem na pele o que foi a estupidez de terem tirado a vida de um menino de 25 anos”, prosseguiu na ocasi�o.
 
Com informa��es do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) e de Guilherme Paranaiba 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)