F�rum Lafayette, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte (foto: Robert Leal/TJMG
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A retomada do julgamento dos acusados de matar o fisiculturista Allan Guimar�es Pontelo dentro de uma boate em Belo Horizonte foi adiada para a tarde desta ter�a-feira. A previs�o era de que a sess�o fosse retomada nesta manh�, mas o advogado de alguns dos r�us foi hospitalizado.
Segundo a assessoria de imprensa do F�rum Lafayette, a ju�za Fabiana Cardoso Gomes Ferreira, do 3º Tribunal do J�ri de Belo Horizonte, mudou o hor�rio do julgamento para as 14h. “O motivo foi a interna��o hospitalar do advogado de defesa �rcio Quaresma nesta manh�”, diz a assessoria. N�o h� informa��es sobre o motivo da interna��o e o estado de sa�de do defensor.
Em setembro de 2017, Allan Pontelo foi espancado e assassinado dentro da boate Hangar 677, no Bairro Olhos D’�gua, Regi�o do Barreiro. Os seguran�as Carlos Felipe Soares e William da Cruz Leal ficar�o diante de um j�ri popular. O julgamento de outro acusado, Paulo Henrique Pardim de Oliveira, est� marcado para 29 de setembro. Um quarto r�u recorreu.
De acordo com a den�ncia oferecida pelo Minist�rio P�blico (MP), na madrugada de 2 de setembro, William e Carlos abordaram Allan na casa noturna e o conduziram a uma �rea restrita para uma “revista”. Ao questionar o procedimento, o fisiculturista, ent�o com 25 anos, foi espancado violentamente, com socos e chutes, imobilizado e estrangulado at� a morte. O laudo de necr�psia apontou “asfixia mec�nica por constri��o extr�nseca do pesco�o” como causa da morte, al�m de diversas les�es no corpo.
Ainda de acordo com o MP, Paulo Henrique e um quarto acusado, Fabiano de Ara�jo Leite, participaram do crime quando, armados, acompanharam toda a cena. Ambos teriam assegurado a continuidade da agress�o e impediram que terceiros se aproximassem para socorrer a v�tima. Os dois teriam como incumb�ncia a tarefa de retirada do dinheiro dos caixas da boate.
De acordo com os laudos, Allan Pontelo foi espancado e estrangulado em 2017 por seguran�as da Boate Hangar (foto: Facebook/Reprodu��o - 4/9/17)
O MP sustenta que os denunciados costumavam realizar abordagens truculentas junto aos clientes do estabelecimento. O processo foi instru�do em tr�s audi�ncias, sendo ouvidas 11 testemunhas e o depoimento dos quatro acusados.
Quando o caso tinha completado um ano, em 2018, o pai da v�tima, Denio Pontelo, de 48, desabafou, cobrando puni��o e rapidez no processo. “A dor de enterrar um filho que estava no auge de sua vida � uma coisa indescrit�vel. Meu filho pagou para entrar naquela boate e morreu sem nenhum motivo. Ainda tentaram inventar uma hist�ria de que ele estava vendendo drogas, o que � mentira”, afirmou o t�cnico em eletr�nica. “Espero que as pessoas que fizeram essa brutalidade paguem o que t�m que pagar, com a pris�o, para sentir na pele o que foi a estupidez de tirar a vida de um menino de 25 anos”.
Na ocasi�o, a fot�grafa e empres�ria Marcella Paiva, ent�o namorada de Allan, n�o se conformava. “N�s dois fizemos muitos planos e abrimos juntos uma loja de suplementos, mas repentinamente tudo foi tirado de n�s. O m�nimo que pode ser feito � que os assassinos sejam punidos, porque aquilo foi um ato de covardia. Quero que a justi�a seja feita”, afirmou Marcella.
Defesa
Dos cinco denunciados pelo MP, tr�s eram funcion�rios da CY, empresa que prestava servi�o de seguran�a para a Hangar 677. A defesa sustenta a tese de que houve, no m�ximo, homic�dio culposo, sem a inten��o de matar.