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Estado de Minas AMOR AOS ANIMAIS

Canos de PVC e rodinhas: a pr�tese que est� ajudando o c�ozinho Bob a andar

Solidariedade e criatividade de dois policiais mineiros devolveram a alegria ao animal, que estava abandonado em um matagal em Passos, todo machucado


01/09/2020 20:40 - atualizado 01/09/2020 21:06
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Prótese improvisada com canos PVC tem ajudado Bob a se locomover
Pr�tese improvisada com canos PVC tem ajudado Bob a se locomover (foto: Arquivo Pessoal)
Um gemido de um c�o choroso, no meio do mato. Foi o suficiente para que o cabo Rog�rio Rodrigues Alves, lotado na Companhia da Pol�cia Militar de Passos – um amante dos animais e da natureza –, saltasse de sua motocicleta e fosse at� o local de onde vinha o ru�do. Encontrou um c�o bastante machucado. Foi o bastante para que ele voltasse em casa, apanhasse seu carro e fosse buscar o animal para socorr�-lo. Hoje, o cachorro ganhou patas sobressalentes e est� na casa do policial, cercado de aten��o.

Essa hist�ria come�ou h� quase dois meses. Rog�rio tem o h�bito de ir ao entroncamento da Rodovia Humberto de Almeida, que liga Passos a Jo�o Batista do Gl�ria, com uma estrada vicinal. Um local que costuma ser usado para o abandono de animais, e ele leva comida at� l�.

“Considero isso uma covardia. O lugar � conhecido como 'Mangueiras'. Um dia desses fui l�, para levar comida, mas n�o achei nenhum c�o. Parei para tomar �gua, foi quando escutei um gemido. Resolvi seguir o barulho e, junto de uma folhagem seca, l� estava ele, que hoje chamo de Bob" conta o policial.

"Aproximei-me e vi que ele estava muito machucado, na bacia e nas pernas. N�o as mexia. S� as dianteiras”, completou Rog�rio, que imediatamente montou na sua motocicleta, foi at� sua casa, em Passos, pegou o carro e retornou ao local. “Eu tinha de socorr�-lo. Minha impress�o � que tinha sido atropelado na estrada e rastejou at� esse lugar, debaixo de uma mangueira.”

O cãozinho foi encontrado pelo cabo Rogério em um matagal usado para abandono de animais
O c�ozinho foi encontrado pelo cabo Rog�rio em um matagal usado para abandono de animais (foto: Arquivo Pessoal)
Com cuidado, Rog�rio enrolou o pequeno c�o numa coberta e o levou para Passos, indo direto a um veterin�rio: “Eu queria salv�-lo. O veterin�rio disse que as contus�es eram s�rias, na bacia e nas pernas, e que n�o poderia fazer nada, pois o c�ozinho n�o suportaria uma cirurgia, mas que ele tinha grandes chances de sobreviver”.

O policial decidiu lev�-lo para casa. Ia cuidar dele, para surpresa da mulher, Tarciene, e do filho, Matheus, de 11. “Minha mulher ficou assustada e perguntou o que eu pensava em fazer. Mas, com o tempo, se acostumou e hoje vai olhar o Bobo o tempo todo", afirma.

Bob come�ou a reagir, segundo Rog�rio. Escorava nas patas dianteiras e arrastava as traseiras, mas isso provocava ferimentos. “Resolvi fazer curativos e passei a pensar no que poderia fazer. Lembrei-me do meu irm�o, Ricardo, de 41 anos, que tamb�m � policial militar, em Carmo do Rio Claro. Contei pra ele sobre o Bob. O levei at� a casa dele”, recorda-se.  

A inven��o que ajudou Bob


Ricardo teve a ideia de comprar uma carrocinha para ajudar na locomo��o do animal. Eles procuraram nas duas cidades e em outras da regi�o, mas n�o encontraram.

“Olhamos na internet, mas era muito caro. A�, o Ricardo teve a ideia, de ele mesmo, construir o carrinho. Pegou canos de PVC. Montou tudo sem cola, s� de encaixar, e colocou duas rodinhas. Adaptamos e, hoje, o Bob pode se locomover”, conta Rog�rio, orgulhoso.

Ele diz que n�o vai se desfazer nunca de Bob. Que agora � animal de estima��o da fam�lia: “Ele est� melhorando a cada dia. Eu fa�o a fisioterapia receitada pelo m�dico. Acredito que um dia ele possa se locomover sem as rodinhas. Ainda n�o sa�mos de casa, pois ainda est� em convalesc�ncia, mas penso em fazer passeios com ele, mesmo estando no carrinho”.  

Rog�rio sempre teve o h�bito de ajudar animais abandonados, pois isso, vai sempre ao 'Mangueiras'. “Os animais, que resgato l�, trago para a cidade, em Passos, e sempre tem algu�m que quer ajudar e adota o c�o. Vou continuar fazendo isso, pois gosto de ajud�-los”, ressalta.


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