
Segundo o delegado Lucas Coutinho, os casos de pessoas desaparecidas n�o localizadas s�o encaminhados ao Instituto de Criminal�stica. Familiares doam sangue e materiais de uso pessoal do desaparecido que possibilitem a extra��o do DNA.
Com isso, � feita a inclus�o do perfil gen�tico de todas as ossadas e fragmentos corp�reos nesse banco. A partir da inser��o, h� um cruzamento autom�tico com o perfil de familiares de pessoas desaparecidas.
“Com essa identifica��o, h� a possibilidade de retomar as apura��es do eventual crime em que o desaparecido foi v�tima”, informa o delegado Coutinho.
Ele destaca ainda a import�ncia de parentes (pais, irm�os e filhos) de pessoas desaparecidas serem encaminhados ao Instituto de Criminal�stica para a coleta e o armazenamento do perfil gen�tico para futuros confrontos.
“Com isso, h� a possibilidade de darmos respostas aos familiares de pessoas desaparecidas, que poder�o viver o luto, obter a certid�o de �bito e adotar as medidas pertinentes na �rea c�vel, como invent�rio, pens�o, etc. Na �rea criminal, poder� ser investigado com efici�ncia eventual crime cometido, j� que agora se tem a identidade da v�tima, dado fundamental para a investiga��o”, afirma Coutinho.
A ossada de Sebasti�o
Na identifica��o da ossada encontrada em Santa Luzia, em 2008, inicialmente foi realizada a compara��o do perfil gen�tico obtido da ossada com perfis gen�ticos de pessoas com suposto v�nculo a ela. Foi apurado um laudo negativo.
O segundo passo foi inserir as informa��es referentes � ossada nos bancos de dados de perfis gen�ticos, estadual e nacional, com o objetivo de estabelecer eventual v�nculo com perfis de familiares que procuram por parentes desaparecidos.
A partir disso, foi poss�vel identificar Sebasti�o, cujo perfil gen�tico mostrou-se compat�vel com os dos irm�os dele, que se encontravam inseridos nesse banco.
A fam�lia de Sebasti�o foi chamada � Divis�o de Refer�ncia da Pessoa Desaparecida (DRPD) para ser informada oficialmente sobre a identifica��o. Foi o fim de uma longa procura.
“Foi um al�vio, apesar de sabermos que ele morreu e tomar ci�ncia do que aconteceu com o meu irm�o. Sou muito grata � Pol�cia Civil pelo desempenho neste caso”, disso Maria da Concei��o Martins da Costa, de 60 anos, irm� de Sebasti�o.