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Estado de Minas Queimadas

Ind�genas se mobilizam para prote��o contra inc�ndios florestais em Minas

A��o ocorre na mesma semana em que o presidente Bolsonaro causou pol�mica ao falar de queimadas provocadas pelos indios na Amaz�nia, em discurso na Assembleia da ONU


23/09/2020 12:52 - atualizado 23/09/2020 13:33

 Brigadistas fazem aceiro para proteçao de nascente em área indígena(foto: Ibama/divulgação)
Brigadistas fazem aceiro para prote�ao de nascente em �rea ind�gena (foto: Ibama/divulga��o)
 

Os ind�genas da etnia Xacriab�, no munic�pio de S�o Jo�o das Miss�es, no Norte de Minas, est�o sendo orientados para a preven��o das queimadas. Nesta semana, seis ind�genas colocaram a m�o na massa, fazendo o aceiro para a prote��o de uma nascente. Eles integram a Brigada Federal Ind�gena Xacriab�, do Centro Nacional de Preven��o e Combate aos Inc�ndios Florestais (PREVFOGO/MG), vinculado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama).

 

A a��o preventiva na terra ind�gena Xacriab� ocorre na mesma semana em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em discurso na Assembleia das Na��es Unidas (ONU), na ter�a-feira (22), citou as queimadas provocadas pelos �ndios ao fazer refer�ncia aos inc�ndios na Floresta Amaz�nica.   

 

 

 

“Nossa floresta � �mida e n�o permite a propaga��o do fogo em seu interior. Os inc�ndios acontecem praticamente nos mesmos lugares, no entorno leste da floresta, onde o caboclo e o �ndio queimam seus ro�ados em busca de sua sobreviv�ncia, em �reas j� desmatadas. Os focos criminosos s�o combatidos com rigor e determina��o", disse Bolsonaro. 

 

A terra Xacriab� concentra a �rea ind�gena mais populosa do Sudeste brasileiro, com cerca de 10 mil �ndios, 76% da popula��o de S�o Jo�o das Miss�es (13,12 mil habitantes). Abrange 36 aldeias em uma �rea total de 96 mil hectares. De acordo com informa��es do Ibama, dentro das atividades da “Semana Florestal” (comemorativa do Dia da �rvore, 21 de setembro), foram realizadas atividades de prote��o da nascente do C�rrego Pinda�bas, localizada na aldeia hom�nima, na reserva ind�gena de S�o Jo�o das Miss�es. 

 

Conforme o instituto, com o apoio de lideran�as e dos moradores da reserva, os brigadistas fizeram a abertura e limpeza de tr�s quil�metros de aceiros no entorno da nascente do C�rrego Pinda�bas. Foi realizado tamb�m o cercamento da �rea de preserva��o da nascdente, por meio de projeto desenvolvido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), em parceria com outras institui��es.   

 

Os seis brigadistas ind�genas envolvidos no trabalho preventivo na nascente fazem parte do grupo Esquadr�o Tamamdu�, do PREVFOGO/MG na terra Xacriab�. Ao todo, a �rea conta com 29 brigadistas, dos quais 19 s�o �ndios, contratados pelo Ibama.   

 

O coordenador do PREVFOGO/MG, o analista ambiental Rafael Macedo Chaves, explica que os brigadistas tamb�m realizam um trabalho de mobiliza��o comunit�ria na reserva para se evitar os inc�ndios florestais e para prote��o das nascentes, “fontes de �gua consideradas sagradas pela popula��o ind�gena local”. 

 

Chaves reconhece que os �ndios t�m o h�bito de fazer a queima da vegeta��o para preparar os terrenos para o cultivo de lavouras de subsist�ncia de mandioca, milho e feij�o. Por outro lado, ele ressalta que o Ibama “respeita” essa cultura e tradi��o dos ind�genas e, por meio da equipe de brigadistas, procura orienta-los para que possam preparar seus terrenos com o uso do fogo, mas de forma controlada, evitando os inc�ndios florestais. "A quest�o da �gua �  tratada com todo o respeito as tradi��es ind�genas, mas de forma programada e controlada para se evitar inc�ndios florestais”, afirma o representante do Ibama.  

  

O atual per�odo � de prepara��o das ro�as, sendo que a �poca tamb�m � de forte calor e de vegeta��o seca. Com isso, os cuidados para se evitar o fogo “salte” para as �reas de mata nativa precisam ser refor�ados. 

 

Rafael Chaves disse que os brigadistas acompanham as queimadas (“coivaras”) das �reas de plantio dos ind�genas e auxiliam nos servi�os de limpeza e de implanta��o de aceiros para evitar os inc�ndios florestais.  

 

Ainda segundo ele, a equipe de brigadistas tem um “cronograma”, sendo avisada com anteced�ncia pelos moradores da reserva para orientar e acompanhar as queimadas controladas nos terrenos preparados para o plantio das lavouras de subsist�ncia.

 


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