
De acordo com a PC, a equipe da Delegacia Especializada em Investiga��o de Crime Contra a Fauna esteve no Bairro Heli�polis, Regi�o Norte de BH na manh� desta quinta-feira e apreendeu v�rios c�es em situa��o de maus-tratos. Um deles em estado muito grave.
Den�ncias levaram a pol�cia at� a casa onde a tutora dos animais morava com a fam�lia. De acordo com o delegado respons�vel pelo caso, Luiz Ot�vio, a equipe se deparou com v�rios animais no terreno: c�es, gatos e galinhas. Foi realizada ent�o a identifica��o e an�lise desses animais, e, com isso, foi verificado que quatro c�es estavam em situa��o de maus-tratos, magros, com sarna e bicheira. Segundo o delegado, um dos c�es, um animal da ra�a rottweiler, apresentava o pior quadro de sa�de.
“Est� um animal prostrado, n�o conseguia nem mesmo se alimentar, beber �gua, se levantar tal era a situa��o cr�tica que ele enfrentava naquele momento”, disse o delegado.
Ele conta que a mulher argumentou que a situa��o do animal, que segundo ela, estava sob sua tutela h� mais de 10 anos, ocorreu de forma repentina. “Ela alegou que de ontem para hoje ele se prostrou, que ele estava mais fraco”, afirmou Luiz Ot�vio.
Segundo ela, os outros tr�s c�es que tamb�m estavam debilitados eram animais de rua que ela recolheu dois meses atr�s. “Alegou at� que protegia os animais, que cuidava deles, que tratava de todos os animais muito bem”, explicou o delegado.
A princ�pio, as investiga��es n�o encontraram sinais de agress�o aos animais. A mulher foi presa e os c�es encaminhados para uma cl�nica veterin�ria.
Alguns gatos tamb�m foram encontrados, mas a pol�cia ainda analisa se eles tamb�m se enquadram em maus-tratos.
Sobre a lei
A Lei 1.095/2019, foi apelidada de Lei Sans�o em homenagem ao pitbull que teve as patas traseiras decepadas.
A nova legisla��o estabelece penas mais duras para quem praticar maus-tratos a animais. O texto altera a lei de crimes ambientais e prev� de dois a cinco anos de pris�o, multa e proibi��o de guarda para quem maltratar, ferir, abusar ou mutilar c�es e gatos.
O delegado Luiz Ot�vio frisou ainda que as puni��es mais severas impostas pela nova lei devem funcionar como um mecanismo para coibir esse tipo de situa��o. “A inten��o dela � exatamente evitar esses tipos de cen�rios, evitar que os animais passem por algum tipo de priva��o de alimento, de �gua, ou que sejam maltratados em termos de agress�es f�sicas”, avaliou.