
Com os inc�ndios que est�o devastando o Parque Nacional da Serra do Cip� e suas proximidades, essa a��o vai ser intensificada. Mas os volunt�rios trabalham colhendo sementes e produzindo mudas desde 2014. Ana Paula Pereira � uma dessas volunt�rias e conta que a iniciativa come�ou com ela, a irm�, a cunhada e um casal de amigos. “S� n�s mesmo, pegando sementes de terreno em terreno. N�s conseguimos mais de 4 Km de reflorestamento”. A moradora explica que os resultados aparecerem em muito pouco tempo e as chuvas intensas ajudaram nesse processo.
A evolu��o era registrada pela volunt�ria por meio de fotos para acompanhar o crescimento da nova vegeta��o. “Agora devastou tudo. Foi a mesma coisa que pegar e jogar tudo no ralo”, desabafa. “Mas n�s n�o vamos parar. Como aconteceu isso (inc�ndios) e a gente t� pedindo muito socorro, t� aparecendo muita ajuda”.
Por�m, antes dessa devasta��o, Ana Paula relata que o trabalho de reflorestamento n�o era f�cil. “A gente encontrou muita dificuldade, era fazendeiro brigando, mas a gente nunca se importou”. Ela conta que os volunt�rios pediram autoriza��o da Justi�a para fazer um ponto de apoio na Lagoa Dourada, pois a regi�o estava sofrendo degrada��o, com �reas sendo devastadas para fazer pasto, turistas acampando e deixando a regi�o suja. E, com as queimadas, a situa��o ficou ainda pior. “N�s estamos sem �gua e as nascentes est�o amea�adas.”
V�deo gravado por brigadista mostra o tamanho do desastre na Serra do Cip�. Estimativa � que 9,1 mil hectares de vegeta��o j� foram consumidos desde domingo (27)
— Estado de Minas (@em_com) October 1, 2020
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Cr�dito: Guilherme Duarte. pic.twitter.com/dhfZutTlhq
A moradora fala com orgulho do projeto e diz que agora eles v�o precisar de muita ajuda para recuperar o que foi devastado pelo fogo. E que, apesar da trag�dia, essa � uma oportunidade para que as pessoas tomem consci�ncia do problema. “Aqui no parque n�s temos algumas das nascentes principais. Se a gente n�o come�ar a cuidar delas, vamos ficar sem �gua.”
A coleta das sementes j� come�ou na �rea em que o fogo foi controlado. “A gente tem que aproveitar que conseguiu apagar l�, pra ir recuperando as sementes”. Ana Paula explica que as sementes s�o coletadas e separadas para an�lise. Os volunt�rios fazem uma sele��o de quais podem ser recuperadas para germinar. Eles tamb�m contam com doa��es de mudas da Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Secretaria do Meio Ambiente e Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade (ICMbio) para, quando a regi�o puder ser novamente reflorestada, o processo seja mais acelerado.
Inc�ndios
A assessoria do ICMBio Cip�-Pedreira, informou, em nota, que os primeiros focos de inc�ndio foram detectados no domingo (27) por volta das 18h30, em uma �rea externa ao Parque Nacional da Serra do Cip�.
O fogo se alastrou com rapidez, fazendo com que brigadistas e moradores atuem juntos para combater um dos maiores inc�ndios da regi�o.
Os moradores da regi�o fizeram, tamb�m, uma campanha para arrecadar �gua mineral, isot�nico e outras bebidas hidratantes para os brigadistas que combatem os inc�ndios na da Serra do Cip�.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Corr�a