
O inc�ndio que toma conta do Parque Nacional da Serra do Cip�, que engloba cidades da Grande BH e da Regi�o Central de Minas Gerais, j� queimou por volta de 9,1 mil hectares de vegeta��o. Essa � a estimativa das autoridades, ainda que o n�mero exato ainda n�o possa ser definido.
Os 9,1 mil hectares queimados est�o divididos entre tr�s setores. No Confins, 4,6 mil ha foram consumidos. No Altamira, 1,7 mil ha. E no Travess�o, 2,8 mil ha.
Nesta quinta-feira (1º), 110 pessoas se empenharam na opera��o contra as queimadas no local. Os focos de calor, atualmente, est�o distribu�dos por tr�s �reas: Confins/C�nion Bandeirinhas, Caetana e Travess�o.
Os trabalhos come�aram por volta das 1h, com comunica��o com os volunt�rios que ajudam as autoridades na �rea do Travess�o.
V�deo gravado por brigadista mostra o tamanho do desastre na Serra do Cip�. Estimativa � que 9,1 mil hectares de vegeta��o j� foram consumidos desde domingo (27)
— Estado de Minas (@em_com) October 1, 2020
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Cr�dito: Guilherme Duarte. pic.twitter.com/dhfZutTlhq
No decorrer do dia, 51 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade (ICMBio), 18 bombeiros militares e 12 volunt�rios contaram com apoio de um avi�o Air Tractor e dois helic�pteros, um da PM e um dos bombeiros.
Al�m disso, caminh�es de �gua e de combust�vel tamb�m prestaram apoio aos combatentes. O comando da opera��o reuniu seis servidores do ICMBio e oito bombeiros militares.
O inc�ndio da Serra do Cip� foi iniciado nesse domingo (27). Apesar de o primeiro foco ter come�ado fora das depend�ncias do parque, as chamas alcan�aram a unidade de conserva��o por volta das 21h daquele dia na divisa com o distrito de Altamira.
Relatos
O desespero de presenciar um inc�ndio de grandes propor��es a poucos passos de seu com�rcio foi vivido por duas mulheres na �ltima ter�a-feira (29), nas imedia��es de Lagoa Santa, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte – inc�ndio que representa uma extens�o da linha de fogo que atinge a Serra do Cip�.
Dona de um restaurante �s margens do Km 54 da MG-10, T�nia L�cia Moreira Est�v�o conta que j� havia notado o fogo desde o domingo (27) e monitorava visualmente. “Quando foi anteontem (29), esse fogo se alastrou de uma forma bem r�pida. Mesmo assim, n�o pensei que ele viria atingir minha resid�ncia, meu restaurante, nossos com�rcios”, disse.

Por volta das 19h a comerciante notou um “clar�o”. “Quando eu desci rapidamente eu percebi que o fogo j� estava vindo com tudo”, conta a moradora. “Eu estava sozinha em casa, sabia que n�o teria condi��es alguma de conter esse fogo. Desesperada, eu peguei a chave do meu carro e falei: ‘eu tenho que sair daqui porque infelizmente vai acontecer coisas piores’”, pensou.
No caminho, ela encontrou com a equipe de reportagem do EM, que prestou apoio no momento. Logo em seguida, outras pessoas apareceram. “Os moradores que j� tinham visto a altura que o fogo estava vieram com baldes, bacias, tudo que podiam para me ajudar a apagar o inc�ndio que teve propor��es muito grandes”, relembra T�nia.
A floricultura da cunhada dela, Vera Lucia de Souza Estev�o, sofreu com metade do estabelecimento consumido pelo fogo. Mesmo assim, a propriet�ria n�o perde o sorriso no rosto. "Fazer o qu�, meu filho? J� queimou mesmo. A vida que segue", diz � reportagem.
Com informa��es de Leandro Couri e D�borah Lima