Ap�s os recordes de dias mais quentes do ano registrados entre o final de setembro e o in�cio de outubro na capital, h�, enfim, perspectivas concretas de viradas no tempo. As chuvas j� come�aram a atingir a capital nesta semana, mas, na pr�xima, a previs�o � de derrubada de at� 10°C nas temperaturas.
A tend�ncia � que, a partir do dia 11, a temporada �mida da primavera brasileira tenha in�cio de vez. Por consequ�ncia, a maior nebulosidade e umidade provocam queda nas temperaturas e melhora na qualidade do ar.
"Agora, estamos no per�odo seco, mas na virada para a entrada das chuvas", explica Claudemir de Azevedo, meteorologista do 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia. "As condi��es para a precipita��o j� ser�o favor�veis a partir da pr�xima semana, a� j� muda o ciclo e esse calor todo acaba".
A nebulosidade e as pancadas de chuvas isoladas que atingiram BH no in�cio desta semana foram causadas por uma instabilidade. "Uma zona de instabilidade em SP est� provocando mudan�as no tempo aqui em Minas, mas a virada chega mesmo na semana que vem", detalha o meteorologista.
Nesta quinta-feira (8), a m�xima prevista para a capital � de 35°C. Para o final da semana, a tend�ncia � de estabilidade ou ligeira eleva��o nas temperaturas. Para a pr�xima ter�a (13), entretanto, a m�xima deve chegar aos 27°C - mais de 10°C a menos que o registrado ontem (7).
Fim da onda de calor
O calor excessivo nos �ltimos dias n�o foi exclusividade de Belo Horizonte. A onda atingiu grande parte do Brasil Central, fazendo com que recordes de altas temperaturas fossem atingidas em estados como SP, MT, MS e GO. Em Nova Maring� e em �gua Clara (MT), os term�metros chegaram a marcar 44,6°C, a mais alta dos �ltimos 15 anos no Brasil.
A meteorologista Jos�lia Pegorim, do Climatempo, explica que a virada nas temperaturas a partir do dia 11 tamb�m ser� sentida em praticamente todas as regi�es do Brasil.
"Uma frente fria avan�a e quebra esse bloqueio que est� impedindo que o ar polar e as chuvas de acontecerem no Brasil", esclarece. "Ela chegar� pela costa do Sudeste, estimulando �reas de instabilidade no continente e chegando at� o Centro-Oeste".
Pegorim explica, entretanto, que esse avan�o n�o significa, necessariamente, tempo frio. "N�o � que n�o far� calor, mas n�o ser� generalizado como foi essa onda", explica.
Ainda segundo a meteorologista, n�o h� perspectivas de novas ondas de calor como essa para este ano no Brasil. "Em novembro, as �reas de chuva v�o aumentar ainda mais. A nebulosidade e a chuva v�o impedir que o ar aque�a de forma extrema", conclui.
*Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Jociane Morais
*Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Jociane Morais