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Estado de Minas CERVEJARIA

Backer pode terceirizar produ��o de cerveja mesmo interditada, diz MAPA

De acordo com o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa), f�brica da cervejaria, localizada no Bairro Olhos D'�gua, continua interditada


19/10/2020 20:56 - atualizado 20/10/2020 09:52

Fábrica da Backer, na Região Oeste de BH, está interditada desde janeiro(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
F�brica da Backer, na Regi�o Oeste de BH, est� interditada desde janeiro (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Ap�s a Backer relan�ar o r�tulo Capit�o Senra nesse s�bado (17), o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa) divulgou nota nesta segunda (19) na qual garante que a empresa pode contratar outras pessoas jur�dicas para produzir cervejas.

 

“A medida cautelar de fechamento adotada pelo Mapa n�o impede a contrata��o de uma empresa terceira, registrada no Minist�rio, para a produ��o de suas receitas e marcas” esclareceu a pasta.

 

Segundo o Mapa, no entanto, a f�brica da Backer, no Bairro Olhos D’�gua, Regi�o Oeste de Belo Horizonte, continua interditada.

 

“At� o momento, a empresa n�o atendeu as exig�ncias feitas pelo Mapa para garantir a seguran�a dos produtos”, informou o �rg�o do governo federal.

 

De acordo com o minist�rio, o funcionamento do Templo Cervejeiro, restaurante anexo � f�brica do Olhos D’�gua deve ser regulado pela Vigil�ncia Sanit�ria. Contudo, o estabelecimento s� pode comercializar bebidas registradas junto ao Mapa.

 

O relan�amento da Capit�o Senra aconteceu na sede da Backer no Oeste de BH. Houve uma festa s� para convidados, com a presen�a de um renomado chef de cozinha.

 

Ainda nesta segunda, o Minist�rio P�blico esclareceu que avalia poss�veis medidas contra a Backer pelo relan�amento da Capit�o Senra.  

 

"A reabertura do Templo Cervejeiro adv�m do respeito da Backer a todos os requisitos e condi��es legais de funcionamento. A empresa � a principal interessada no esclarecimento de toda e qualquer irregularidade relacionada com suas atividades e, nesse sentido, tem colaborado com o trabalho de autoridades e dos �rg�os de fiscaliza��o e controle, ao mesmo tempo que reafirmou a certifica��o da excel�ncia de seus processos produtivos", informou a cervejaria por meio de nota, sem responder outras perguntas do Estado de Minas.

 

Indigna��o 

 

 

Familiares e v�timas da intoxica��o por dietilenoglicol est�o revoltadas. "Ap�s a den�ncia da Justi�a, de que foi um crime cometido por eles, como pode acontecer um evento no pr�prio local onde aconteceram tais viola��es?", questiona Luciano Guilherme de Barros, de 57 anos, que ficou 180 dias no Hospital Mater Dei, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, sendo 65 dias no Centro de Terapia Intensiva (CTI).

 

 

"� uma afronta com as v�timas da cervejaria", acrescentou. 


Ele ainda sustenta que a empresa n�o arcou com as despesas das v�timas, alegando n�o ter recursos para tanto.

 

"Mas como pode isso, n�o ter dinheiro para as despesas das v�timas e, ao mesmo tempo, gastar dinheiro com a reabertura do p�lo cervejeiro? Eu imagino que isso n�o deve ser nada barato", disse.

 

Luciano contou que est� fazendo fisioterapia cinco vezes por semana e fonoaudiologia por tr�s vezes.

 

"Sendo que a fonoaudiologia � toda custeada por mim. Ali�s, al�m de eu ainda ter dificuldades de caminhar e os nervos da face n�o terem voltado totalmente, ap�s consulta com oftalmologista, precisei usar �culos por causa das les�es que tive nos olhos e, mesmo assim, n�o enxergo bem e o pior, perdi parte da audi��o nos dois ouvidos e estou tendo que usar aparelhos contra surdez, o que foi muito caro e nada disso foi pago pela Backer", afirmou. 

 

Advogado

 

Um dos advogados das v�timas, Guilherme Leroy disse que todos enxergam a novidade com preocupa��o.
 
"N�o pela possibilidade de reabrir e voltar a vender a cerveja,  porque isso � de responsabilidade das autoridades.  As v�timas confiam que as autoridades saber�o se h� qualidade ou n�o para que o produto seja consumido e a popula��o vai consumir se desejar ou n�o", disse. 

Entretanto, a preocupa��o � com o comportamento da empresa, que parece estar priorizando retomar as suas atividades.
 
"As ajudas obtidas pelas v�timas, at� o momento, s�o muito pequenas, tornando a situa��o delas cada vez mais preocupante. Isso porque a empresa parece se manter inerte, sem  tomar as devidas provid�ncias para tentar compensar ou responder a tudo que aconteceu e que j� est� comprovado", afirmou Guilherme Leroy.
 
Com informa��es de Larissa Ricci e Larissa K�mpel 


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