
O rompimento da barragem de Fund�o, em Mariana, completa cinco anos no pr�ximo 5 de novembro, mas os atingidos de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Gesteira ainda devem aguardar at� fevereiro do ano que vem para entrar nos distritos reconstru�dos. A informa��o � do presidente da Funda��o Renova, Andr� de Freitas, que apresentou um balan�o do programa de repara��o, dividido em a��es de recupera��o das �guas, indeniza��es, reassentamentos e medidas compensat�rias para os munic�pios atingidos.
O rompimento despejou cerca de 40 milh�es de metros c�bicos de rejeitos no Rio Doce, com impactos ao longo de 700 quil�metros, a partir de Mariana at� a foz. “A qualidade voltou aos patamares de antes do rompimento”, afirmou Freitas. Segundo ele, os dados s�o aferidos em 92 pontos de monitoramento com o acompanhamento de 80 par�metros f�sicos, qu�micos e biol�gicos).
O desafio, no entanto, � o saneamento do rio, que ainda recebe 80% do esgoto de 25 munic�pios que fazem parte da bacia. Segundo ele, o rio recebe cerca de 140 milh�es de metros c�bicos de esgoto n�o tratado. O tratamento sanit�rio faz parte das a��es compensat�rias. A previs�o � o repasse de R$ 600 milh�es em a��es de saneamento em 39 munic�pios.
As indeniza��es pagas chegam a R$ 2,6 bilh�es, sendo 1,28 bilh�o para as v�timas em Minas Gerais e R$ 1,32 bilh�o para os atingidos no Esp�rito Santo. De acordo com Andr� de Freitas, h� um processo de simplifica��o para pagar a indeniza��o �s pessoas que t�m dificuldade de comprovar os danos causados pelo rompimento. Est�o, neste grupo, pescadores, por exemplo. As indeniza��es individuais, nesses casos, podem chegar a R$ 100 mil.
A funda��o informou que foram destinados R$ 1 bilh�o para realizar reassentamentos das 300 fam�lias atingidas de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo. Andr� informou que houve atraso no cronograma das obras de constru��o das casas em decorr�ncia da pandemia do novo coronav�rus, o que implicou a redu��o para um ter�o da for�a de trabalho. “Houve atraso sim. Devido � COVID-19, interrompemos as obras por v�rias semanas”, admitiu o presidente da Renova. A Funda��o Renova informou que o prazo est� sendo tratado no �mbito de uma A��o Civil P�blica, tendo sido o ju�zo devidamente informado sobre os impactos da Covid-19 no andamento das obras desses reassentamentos.
Freitas admitiu tamb�m que cinco anos � um per�odo longo para as fam�lias serem reassentadas, mas, segundo ele, o processo � demorado por ser a constru��o “praticamente de uma cidade”. “S� a escolha do terreno levou um ano para ser feita”, afirmou.