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Estado de Minas COVID-19

Ades�o a isolamento em BH cai a 36,3% e for�a oscila��o de casos

Relaxamento da popula��o com a quarentena resultou em queda de 9 pontos percentuais frente a maio, o que reflete em perigosa tend�ncia de aumento do n�mero de infectados. Ocupa��o de leitos sobe na capital.


30/10/2020 06:00 - atualizado 30/10/2020 07:29

Orla da lagoa da Pampulha: infectologistas alertam que o país está num platô de contaminação pelo vírus e não deixou ainda a 1ª onda da doença (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 30/8/20)
Orla da lagoa da Pampulha: infectologistas alertam que o pa�s est� num plat� de contamina��o pelo v�rus e n�o deixou ainda a 1� onda da doen�a (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 30/8/20)


Enquanto diversos pa�ses da Europa retomam medidas duras de isolamento social, inclusive o lockdown, para barrar uma segunda fase da COVID-19, cidades mineiras ampliam a flexibiliza��o da quarentena mesmo diante do alerta de especialistas de que o Brasil ainda n�o superou nem sequer a primeira onda. Com a reabertura dos cinemas, Belo Horizonte d� mais um passo na libera��o das atividades econ�micas.

A decis�o da Prefeitura de BH (PBH) se baseia no fato de a capital ter registrado n�meros de casos de contamina��o e de mortes provocadas pela COVID-19 proporcionalmente inferiores aos de outras capitais brasileiras. Tamb�m os indicadores de ocupa��o de 30% dos leitos de unidades de terapia intensiva COVID-19; de 25,5% de uso dos equipamentos em enfermaria, e a taxa de transmiss�o de 0,89 – de acordo com o boletim epidemiol�gico de ter�a-feira, o �ltimo divulgado pela Secretaria Municipal de Sa�de – mostram o melhor desempenho de BH. Os dados de ontem mostram aumento da ocupa��o dos leitos de enfermaria e UTIs.

No entanto, o infectologista Una� Tupinamb�s, do Hospital das Cl�nicas da Universidade Federal de Minas Gerais e professor da Faculdade de Medicina da UFMG, alerta que a capital ainda n�o controlou a doen�a e n�o conseguiu zerar o n�mero de casos. “Por essa flexibiliza��o, n�o conseguimos chegar na plan�cie, ou seja, o n�mero zero de transmiss�o. A gente mant�m o n�mero de casos um pouco alto ainda. N�o sa�mos da primeira onda e acredito que nem vamos sair, porque n�o vamos conseguir controlar a primeira onda”, afirma em rela��o � capital e ao Brasil.

''As flutuações indicam muito da flexibilização, do relaxamento das pessoas, principalmente nos feriados. Não se pode achar que a pandemia acabou'' - Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 4/8/20)
''As flutua��es indicam muito da flexibiliza��o, do relaxamento das pessoas, principalmente nos feriados. N�o se pode achar que a pandemia acabou'' - Estev�o Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 4/8/20)


A advert�ncia � feita num momento em que a flexibiliza��o e os indicadores mais baixos da COVID-19 t�m levado os belo-horizontinos a retornar �s ruas. Isso ocorre quando, segundo os especialistas, a capital corre os perigos das flutua��es de casos de infec��o com tend�ncia de aumento. Dados do painel do coronav�rus, balan�o elaborado pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG), mostraram, na chamada semana epidemiol�gica de 26 de abril a 2 de maio �ltimo, que o isolamento social em BH estava em 45,36%, enquanto a m�dia brasileira era de 44,33%. Na semana de 18 deste m�s ao �ltimo s�bado, o percentual de ades�o � medida na capital caiu nove pontos percentuais, descendo a 36,30%, taxa semelhante � m�dia brasileira, de 36,38%.

Situa��o de perigo no estado

O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estev�o Urbano, tamb�m chama a aten��o para as flutua��es com tend�ncia de aumento no n�mero de diagn�sticos em todo o estado. “Estamos detectando em algumas cidades o aumento no n�mero de casos, mas n�o chamar�amos de segunda onda”, afirma. Essa varia��o nos n�meros, na avalia��o do especialista, tem rela��o direta com os deslocamentos feitos pelas pessoas nos feriados. “As flutua��es indicam muito da flexibiliza��o, do relaxamento das pessoas, principalmente nos feriados. N�o se pode achar que a pandemia acabou. Ainda estamos com flutua��es da primeira onda”, diz.

Para considerar que a primeira onda foi superada � necess�rio que o n�mero de cont�gios se mantenha pr�ximo do zero por per�odos longos. Na Europa, a dist�ncia temporal de uma onda para outra foi de quatro meses, por exemplo. A onda se caracteriza por um n�mero de casos esperados em determinado per�odo.

Essas fases sofrem flutua��es. Em um dia, os n�meros podem estar maiores e, no outro, menores. “Depois que a onda passa, os casos diminuem muito e a curva volta ao padr�o anterior. Estamos dentro de uma flutua��o dentro da primeira onda, com tend�ncia de aumento em algumas cidades”, completa Estev�o Urbano.

Una� Tupinamb�s refor�a que Minas tem cen�rios diferentes nas regi�es. Na m�dia, o estado apresentou grande n�mero de registros de infec��o, seguido de queda, mas, no entanto, continua em patamar elevado. “Sa�mos da plan�cie, subimos a montanha, fomos para o pico, mas n�o voltamos para a plan�cie. Estamos no planalto. O n�mero de casos ainda � muito significativo.”

O infectologista lembra que os n�meros de capital s�o melhores, mas n�o se pode relaxar. “O Rt (taxa de transmiss�o) � 0,89, mas isso n�o significa que controlamos a pandemia. O v�rus continua circulando. Mais de 80% da popula��o ainda � suscet�vel � COVID. Se relaxarmos muito, tivermos atitudes de risco, a gente pode aumentar o n�mero de casos”, afirma.

Substancial


Apesar de os indicadores da COVID-19 em BH estarem todos na chamada zona de controle, a taxa de ocupa��o dos leitos de enfermaria da rede p�blica sofreu aumento consider�vel de ter�a-feira para ontem, ao sair  de 39,9% para 49,8%. Os dados s�o do boletim epidemiol�gico e assistencial da PBH. Ainda que o crescimento tenha sido substancial na rede do Sistema �nico de Sa�de (SUS), a prefeitura tamb�m leva em considera��o a rede suplementar (hospitais privados) para tomar decis�es. Assim, a taxa geral de ocupa��o das enfermarias est� em 28,2%.

Portanto, o indicador permanece na faixa controlada, a verde, abaixo dos 50%. Por�m, houve crescimento tamb�m nesse par�metro, j� que no balan�o anterior a ocupa��o era de 25,5%. Em rela��o aos leitos de UTI, a PBH computou leve aumento: de 30% para 30,2%. 

Por isso, o indicador tamb�m permanece na zona controlada. Nos leitos de terapia intensiva da rede p�blica, a cidade registra ocupa��o de 48,3%.

Outro indicador fundamental para a tomada de decis�es do Executivo municipal � o n�mero m�dio de transmiss�o por infectado. 

O chamado fator Rt permaneceu em 0,89 pelo terceiro boletim consecutivo. A situa��o s� segue para a zona de alerta a partir de pontua��o 1.

Epicentro da doen�a em Minas, a capital registrou ontem 1.474 mortes por COVID-19. O boletim epidemiol�gico e assistencial da prefeitura informa que nove �bitos pela doen�a ocorreram desde o �ltimo relat�rio, divulgado na ter�a-feira. A cidade tem 48.123 diagn�sticos – diferen�a de 368 registros para o levantamento anterior.

Minas Gerais est� perto de registrar 9 mil mortes provocadas pela COVID-19. De acordo com o boletim epidemiol�gico divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Sa�de, foram notificados 44 �bitos em 24 horas, totalizando 8.916. O estado confirmou 1.915 novos diagn�sticos em um �nico dia, alcan�ando a marca de 355.226 pessoas infectadas pelo v�rus.

Mais de 4,95 mi de infectados


O Brasil registrou ontem 513 mortes provocadas pela COVID-19 em 24 horas, segundo dados de balan�o do Minist�rio da Sa�de. Com esse avan�o, alcan�a 158.969 o n�mero total de �bitos que a doen�a respirat�ria j� causou no pa�s. De quarta-feira para hoje, o Brasil notificou 26.106 novos diagn�sticos, elevando o universo de pessoas infectados pelo v�rus a 5.494.376. Desse total, 4.954.159 (90,2%) correspondem aos recuperados, segundo o minist�rio, e 381.248 (6,9%) �queles ainda em acompanhamento. Existem 2.333 mortes sob investiga��o.

O que � o coronav�rus


Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 � transmitida? 

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?


Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 


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