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Estado de Minas INC�NDIO EM BH

Permuta, Justi�a e reintegra��o: pr�dio que pegou fogo no Castelo tem hist�rico de desaven�as

Segundo advogada do propriet�rio do terreno, nova audi�ncia de concilia��o com fam�lias est� marcada para este m�s


04/11/2020 20:04 - atualizado 04/11/2020 21:14

A advogada Flávia Inês Gonçalves é defensora do proprietário do terreno no Bairro Castelo, Constantino Valadares Dutra(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A advogada Fl�via In�s Gon�alves � defensora do propriet�rio do terreno no Bairro Castelo, Constantino Valadares Dutra (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

 

O pr�dio que pegou fogo na manh� desta quarta-feira (4) no Bairro Castelo, Regi�o da Pampulha, em BH, foi palco de uma trag�dia anunciada. Fruto da permuta entre o propriet�rio do terreno e uma construtora, o edif�cio protagoniza uma disputa judicial desde 2017.

 

As informa��es s�o da advogada Fl�via In�s Gon�alves, defensora do propriet�rio do terreno, Constantino Valadares Dutra.

 

De acordo com a advogada, o dono do lote fez uma troca com a Construtora D�namo, localizada tamb�m no Castelo, h� cerca de 10 anos. Para poder erguer o pr�dio, a empresa deu ao propriet�rio do terreno quatro apartamentos.

 

"A Construtora D�namo paralisou as obras em 2012, ou 2011, n�o sei (exatamente). Sem qualquer manifesta��o. Ele (o propriet�rio do terreno) entrou na Justi�a e conseguiu a posse desse im�vel. Ele estava fazendo obras, muro e tal, quando o im�vel foi invadido em 2017", afirma Fl�via In�s Gon�alves.

 

Ver galeria . 21 Fotos Reportagem entrou no prédio após rescaldo do incêndioGladyston Rodrigues/EM/D.A. Press
Reportagem entrou no pr�dio ap�s rescaldo do inc�ndio (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press )
 

 

Segundo ela, o cliente Constantino Valadares Dutra teve, ent�o, que entrar na Justi�a novamente para tentar a reintegra��o de posse, em 2018.

 

Em maio daquele ano, reportagem do Estado de Minas alertou para os riscos de acidentes no im�vel. O material informava sobre o ac�mulo de entulho no local, al�m da perfura��o de uma mina d’�gua, que inunda a garagem do edif�cio e traz riscos aos pilares.

 

"Em maio de 2018, o Jornal Estado de Minas fez uma reportagem sobre os riscos dessa ocupa��o. N�s at� utilizamos essa reportagem no processo, mas n�o conseguimos (a reintegra��o de posse)", diz a advogada.

 

Fl�via diz que o processo foi parar na segunda inst�ncia. A profissional do direito afirma que pediu, ao Minist�rio P�blico e � Prefeitura de BH, uma solu��o para abrigar os moradores, mas n�o foi atendida.

 

Uma nova audi�ncia de concilia��o entre as partes est� marcada para este m�s, segundo advogada.

 

A ocorr�ncia 

 

Militares do Corpo de Bombeiros foram acionados para apagar um inc�ndio e socorrer moradores pouco antes das 10h30 desta quarta. Segundo eles, o fogo come�ou em um apartamento no primeiro andar do edif�cio.

 

De acordo com relatos, moradores dos andares superiores n�o conseguiam sair, e parte da fia��o energizada ficou exposta, o que dificultou a evacua��o do pr�dio.

 

A Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) foi chamada. Algumas pessoas tentaram descer por uma escada improvisada ao lado do edif�cio, mas foram socorridas pelos bombeiros.

 

No total, 18 pessoas precisaram ser levadas aos hospitais Odilon Behrens e Jo�o XXIII, ambos em Belo Horizonte: nove crian�as e nove adultos. A causa de todos os socorros foi a inala��o de fuma�a.

 

T�nia Aparecida, de 59 anos que se mudou recentemente com o marido para o s�timo andar da ocupa��o, contou � reportagem do EM que estava sozinha em casa no momento em que as chamas come�aram.  “Eu n�o vi, estava dormindo no s�timo andar e acordei com a fuma�a. Estava custando a respirar eu e o cachorrinho”, disse.

 

O pr�dio tem ao menos oito andares. Pelo menos 10 viaturas seguiram para o local.

  

Interdi��o

 

O Corpo de Bombeiros e a Subsecretaria de Prote��o e Defesa Civil de BH interditaram o pr�dio que pegou fogo nesta quarta. De acordo com a prefeitura, 88 pessoas de 30 fam�lias moravam no local.

 

Todas essas pessoas foram levadas para casa de parentes, segundo a Defesa Civil. Contudo, elas receberam ajuda humanit�ria da prefeitura: colch�es, cobertores e cestas b�sicas.

 

Al�m disso, 180 refei��es em marmitex foram doadas aos moradores durante o dia. 

 

A Defesa Civil informou que fez duas vistorias no pr�dio no m�s de outubro, nos dias 22 e 30. 

 

Nessas visitas, segundo o �rg�o, os agentes avisaram os moradores sobre as instala��es el�tricas irregulares, o grande volume de entulho e o risco de inc�ndio no local. Eles orientaram que uma limpeza fosse realizada no pr�dio. 

 


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