As mulheres avan�aram na conquista de espa�os institucionais nas elei��es municipais de 2020. No entanto, elas enfrentaram dificuldades muito maiores do que os homens durante a campanha. Um dos problemas foi o fato de os partidos n�o terem destinado os 30% do fundo eleitoral para a candidatura delas. O n�o recebimento do recurso � mais uma forma de viol�ncia contra elas, mas foram identificadas outras viola��es.
De acordo com professora do Departamento de Ci�ncia Pol�tica da UFMG Marlise Matos, uma das articuladoras da PartidA Minas, essa foi uma das mais violentas elei��es contra as mulheres. “Foi a elei��o mais violenta para as mulheres que a gente tem not�cia”, diz.
O N�cleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (Nepem) realiza mapeamento da viol�ncia pol�tica contra as mulheres, com aplica��o de question�rios e distribui��o de uma cartilha. As mulheres que foram candidatas podem responder um question�rio online caso tenha sofrido algum tipo de viol�ncia.
"Os relatos s�o assustadores. Recebemos informa��es de mulheres que apanharam, viol�ncia f�sica, passando por humilha��o p�blica e a viol�ncia na internet, os ataques racistas. Tivemos tantos relatos que decidimos lan�ar esse question�rio."
No entanto, ela ressalta que muitas vezes as pr�prias candidatas n�o se d�o conta da viol�ncia. “A viol�ncia na elei��o precisa aparecer. Como toda viol�ncia contra a mulher, est� muito subentendida, as mulheres n�o conseguem nem nomear como viol�ncia.”
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