
Riva Rodrigues de Paula, de 42 anos, chegou em Alfenas h� dois meses e, segundo ele, � o primeiro vig�rio paroquial negro da Par�quia S�o Jos� e Nossa Senhora das Dores. “Via telefone eles falaram muitas coisas. Era pra ser avisado quando o padre preto ia celebrar a missa, porque eles n�o gostam de negro”.
A �ltima ofensa aconteceu na semana passada, quando foi celebrada a semana da Consci�ncia Negra. “O casal chegando para celebra��o perguntou se era o padre preto fedido que ia celebrar a missa de novo”, afirma.
O vig�rio paroquial ainda n�o registrou o boletim de ocorr�ncia. “Eu acredito na for�a do amor e optei pela conscientiza��o. A primeiro momento, as palavras tem um impacto muito grande sobre n�s. Mas rezando, eu optei pelo desabafo, pela den�ncia e levar o nosso povo a conscientizar, que nenhum tipo de preconceito � bem-vindo na nossa sociedade”, ressalta.
De acordo com o padre, essa n�o � a primeira vez que � ofendido pela cor. Em 2013, ele tamb�m passou por situa��es parecidas em Po�os de Caldas. “Aqueles que prezam pelo respeito � vida, tem que denunciar e falar desse mal, que ainda est� vivo na nossa sociedade”, finaliza.