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Estado de Minas J�RI POPULAR

Seguran�a envolvido na morte de fisiculturista em boate de BH vai a j�ri nesta quinta-feira

Em 2017, fisiculturista Allan Pontelo foi espancado, imobilizado e estrangulado at� a morte por seguran�as e c�mplices da boate Hangar 677


26/11/2020 08:50 - atualizado 26/11/2020 10:13

Allan faleceu aos 25 anos(foto: Reprodução/Redes Sociais)
Allan faleceu aos 25 anos (foto: Reprodu��o/Redes Sociais)
Paulo Henrique Pardim de Oliveira, o "PH", um dos seguran�as envolvidos na morte do fisiculturista Allan Guimar�es Pontelo vai a j�ri popular na manh� desta quinta-feira (26) no F�rum Lafayette, na regi�o Centro-Sul da capital. O julgamento estava marcado para come�ar �s 8h40, no 3º Tribunal do J�ri.

Entretanto, at� 9h30 o julgamento ainda n�o havia come�ado. De acordo com a assessoria do F�rum Lafayette, at� ent�o algumas testemunhas ainda n�o haviam chegado. Quando todas estiverem presentes, seria realizado o sorteio dos jurados e o julgamento seria iniciado.

Em setembro de 2017, Pontelo foi espancado e assassinado dentro da boate Hangar 677, no Bairro Olhos D’�gua, Regi�o do Barreiro. Os seguran�as Carlos Felipe Soares e William da Cruz Leal foram condenados em agosto deste ano em j�ri popular a 16 anos de pris�o pelo crime.

J� Paulo Henrique Pardim de Oliveira, o "PH", est� sendo acusado de ter acompanhado toda a cena do crime. Ele estaria armado e cumpria a fun��o de garantir a continuidade da agress�o e impedir que outras pessoas viessem a socorrer a v�tima. A fun��o dele na boate era de retirar o dinheiro dos caixas da boate.

Inicialmente, ele seria julgado junto dos outros dois seguran�as, mas o processo foi desmembrado pelo advogado dele ter apresentado problemas de sa�de. H�, ainda, outros dois r�us, Fabiano de Ara�jo Leite e Delmir Ara�jo Dutra, que entraram com recursos e ainda n�o t�m data para julgamento.
 
Familiares fizeram um outdoor clamando por justiça(foto: Arquivo Pessoal)
Familiares fizeram um outdoor clamando por justi�a (foto: Arquivo Pessoal)
 

Fam�lia pede justi�a


A fam�lia do fisiculturista acompanha o j�ri diretamente do F�rum Lafayette, do lado de fora. D�nio Pontelo, de 48 anos, pai de Allan, clama por justi�a.

"Estou com o cora��o todo destru�do. Trazer meu filho de volta n�o vai trazer, mas que traga justi�a para n�o acontecer mais", diz. "O que procuramos � um pouco de humanidade, para que esses caras n�o fiquem nesse autoritarismo, fazendo o que querem, nessa festa de poder".

A fam�lia ainda teme que o caso caia no esquecimento. Por isso, chegaram a colocar dois outdoors em Contagem, um na Cidade Industrial e outro no Centro, denunciando o abuso de autoridade e pedindo por justi�a. Al�m disso, colocaram, tamb�m, uma faixa no F�rum Lafayette com dizeres semelhantes.

"Toda audi�ncia temos colocado outdoor, n�o podemos deixar impune. Se n�o fizermos por onde, o maior prejudicado � o filho da gente", completa. No perfil do WhatsApp, D�nio estampa uma foto ao lado do filho.

A defesa de Allan acusa Paulo Henrique Pardim de Oliveira de ter sido c�mplice do crime e ainda ter se passado por policial civil, quando, na verdade, quem detinha o cargo era o irm�o dele.

Hist�rico judicial de PH


Em interrogat�rio judicial, Paulo Henrique alegou n�o ter participado dos fatos narrados na den�ncia. Confirmou estar na boate no dia do crime, mas que n�o viu a v�tima no dia e sequer chegou perto dela. Relatou, ainda, que n�o pagava para entrar na boate e que a frequentava por ser "quebra-galho, caso precisassem de mim eu estava l� para defender o meu".

Ainda afirmou que estava na boate no dia do crime para se encontrar com uma funcion�ria do estabelecimento, mas negou se apresentar como policial civil ou que estava portando armas. Inicialmente, disse que n�o presenciou a abordagem da v�tima e que s� ficou sabendo do caso quando ouviu no r�dio de um seguran�a que estava perto dele.

Em outra oitiva � justi�a, entretanto, entrou em contradi��o. PH afirmou que estava, sim, presente no dia do crime e apontou William Leal e Carlos Soares, o "Paulista" e o "Careca", respectivamente, como autores do crime. Os dois foram condenados em agosto deste ano.

PH afirmou que saiu do local para chamar o gerente do estabelecimento, mas quando voltou a v�tima j� estava desacordada e a pol�cia e o pronto atendimento acionados. 


*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira


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