A derrubada afastou o risco de desabamento do im�vel sobre as resid�ncias vizinhas. Quinze fam�lias chegaram a ser removidas da regi�o, mas j� foram autorizadas a retornar �s suas casas, que n�o sofreram abalos estruturais.
A vizinhan�a, contudo, ainda n�o dorme tranquila. A comunidade local relata que os entulhos do edif�cio t�m atra�do criminosos, interessados em roubar sobretudo as pe�as de acabamento da constru��o.
"Temos visto por aqui muita gente suspeita, principalmente durante a noite. A bandidagem sabe que, agora, tem um terreno no bairo que est� cheio de material de constru��o e essas coisas s�o muito visadas. Estamos com medo. Ainda mais depois dos arrombamentos que ocorreram em v�rias casas do quarteir�o, enquanto ainda estavam interditadas", conta a vendedora Joelma Rezende.
O aut�nomo Geraldo Nazareno, de 40 anos, mora na mesma rua. Ele diz que, al�m dos bandidos, tamb�m teme que os entulhos gerados pela demoli��o atraiam pragas urbanas perigosas, como escorpi�es.
"O bairro � cheio de crian�as, a gente fica com medo. Esperamos que esse terreno seja limpo logo. S� assim vamos, realmente, descansar", afirma o morador.
Sem previs�o
Ainda de acordo com o munic�pio, os entulhos precisam permanecer no local at� a realiza��o da per�cia que investigar� as causas do tombamento. Esse procedimento tamb�m caber� � construtora, conforme decis�o judicial proferida pelo juiz Taunier Cristian Malheiros Lima, da Vara Empresarial, da Fazenda P�blica e Autarquias, de Registros P�blicos e de Acidentes do Trabalho da Comarca de Betim.
A reportagem questionou os advogados da Abrahim Hamza quanto � previs�o de realiza��o da per�cia e posterior limpeza do terreno do pr�dio demolido, mas n�o obteve retorno.
Ent�o situado � Avenida Ayrton Senna, Bairro Ponte Alta, o In Cairo estava fase final de constru��o, quando cedeu, ap�s um temporal. A estrutura tinha seis andares e 12 apartamentos - dois por andar - vendidos por at� R$ 280 mil.
At� o momento, a construtora se pronunciou apenas uma vez sobre o incidente. Em nota divulgada em 24 de novembro, a empresa pediu desculpas aos compradores dos apartamentos e aos vizinhos da edifica��o.