(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas JUSTI�A

Ap�s negar carro adaptado, seguradora deve indenizar cliente em R$5 mil

Consumidor precisava de carro reserva de acordo com sua necessidade f�sica


06/12/2020 19:58 - atualizado 06/12/2020 20:10

O segurado não possui os membros superiores, mas a deficiência não o impede de conduzir seu veículo, que possui adaptações (foto: Foto ilustrativa/TJMG)
O segurado n�o possui os membros superiores, mas a defici�ncia n�o o impede de conduzir seu ve�culo, que possui adapta��es (foto: Foto ilustrativa/TJMG)
Uma seguradora de carros ter� de indenizar um cliente, portador de defici�ncia f�sica, por n�o disponibilizar um carro extra que fosse compat�vel com sua necessidade, conforme servi�o contratado. A 11ª C�mara C�vel do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) determinou o pagamento de R$ 5 mil, por danos morais, reformando senten�a da Comarca de Betim.

De acordo com o texto divulgado pelo TJMG, o consumidor conta que n�o possui os membros superiores, mas que a defici�ncia n�o o impede de conduzir o seu ve�culo, que possui adapta��es. Afirmou que sofreu acidente e acionou a empresa para concertar seu carro, o qual demorou 62 dias para ficar pronto.

 No entanto, no per�odo em que o ve�culo estava sendo consertado, solicitou o carro reserva, mas este foi negado pela empresa, por se tratar de carro autom�tico. Por�m, diante da sua condi��o de deficiente f�sico, o cliente possui carro autom�tico para sua locomo��o, que � segurado pela companhia, e ainda, possui cobertura de vinte dias de carro extra ou 25% de desconto na franquia, em caso de sinistro.

"O cliente sustentou que sua grave defici�ncia f�sica n�o pode ser ignorada. Por n�o possuir qualquer dos antebra�os e m�os, ele n�o consegue acionar servi�os de transporte p�blico ou particular, como T�xi e Uber. Ele alega que tal situa��o agravou ainda mais o seu sofrimento, sentindo desamparo, humilha��o e vergonha", informou o TJMG.

A empresa contestou, dizendo que o contrato prev� a cobertura de um carro extra, mas o ve�culo seria nacional, modelo b�sico e sem qualquer adapta��o, n�o havendo o que se falar em ato il�cito, pois estava prescrito nas cl�usulas, no ato da contrata��o.

 Em primeira inst�ncia, o juiz julgou improcedente o pedido de indeniza��o.  Ele entendeu que n�o houve ofensa pelo fato de a empresa ter negado o carro extra autom�tico, j� que n�o era coberto pela ap�lice contratada.

Recurso

O consumidor recorreu, argumentou que fez a contrata��o da ap�lice de seguro veicular somente por causa da previs�o de cobertura de carro extra, de acordo com sua necessidade. Al�m disso, afirmou n�o ter recebido as cl�usulas gerais no ato da contrata��o.

Para a relatora, desembargadora Shirley Fenzi Bert�o, quando a seguradora se prop�s a realizar a ap�lice de seguros, ciente da condi��o f�sica do cliente e da especificidade do seu ve�culo, era sua obriga��o adaptar seu servi�o para satisfazer o consumidor que confiou nela para um momento de necessidade. A magistrada entendeu que “a falha na presta��o dos servi�os infligiu ao autor dor e sofrimento, ao perceber que a seguradora, ao qual depositou sua confian�a, n�o foi capaz de cumprir com as condi��es firmadas no ato da contrata��o, disto resultando danos morais pass�veis de serem indenizados”.

Portanto, a desembargadora determinou o pagamento de R$ 5 mil, para fazer jus �s fun��es compensat�rias e punitivas da indeniza��o por dano moral. Os desembargadores Adriano de Mesquita Carneiro e Fabiano Rubinger de Queiroz votaram de acordo com a relatora. (Com informa��es de TJMG) 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)