
O motorista foi ouvido em Jo�o Monlevade. Ele estava desaparecido desde o dia do acidente. Luiz Viana teria pulado do ve�culo com outras cinco pessoas antes de o coletivo cair da ponte, de uma altura de 35 metros. De acordo com o delegado Paulo Tavares, Viana disse que fugiu do local por medo. Ele s� reapareceu nesta segunda-feira (7/12), acompanhado de um advogado que n�o � ligado � empresa Localima, dona do �nibus envolvido na trag�dia.
“Ele fugiu, segundo ele, porque ficou com medo. Muitas pessoas que paravam no local, alguns outros motoristas, estavam procurando por ele, perguntando cad� o motorista. Ent�o ele se sentiu acuado e resolveu fugir”, disse o delegado.
Em entrevista coletiva, Paulo Tavares evitou dar detalhes do depoimento do motorista, mas contou que Luiz Viana confirmou que o �nibus apresentou problema mec�nico no momento do acidente. De acordo com o delegado, o condutor disse que o coletivo teve um problema no freio e disse que o ve�culo passou por uma troca de correia durante o percurso entre Mata Grande/AL e Jo�o Monlevade, local da trag�dia.
“Segundo ele – isso vai ser confirmado ou n�o, posteriormente, por meio das provas periciais e demais provas testemunhais – houve uma falha t�cnica. O �nibus voltou (de marcha r�). Segundo ele, houve um problema no freio do �nibus”, afirmou.
O motorista, de acordo com Paulo Tavares, estava emocionalmente abalado e chorou o tempo todo durante o depoimento. Luiz Viana n�o teve escoria��es ao saltar do �nibus em queda e, segundo o delegado, n�o chegou a deixar a regi�o de Jo�o Monlevade durante a fuga do local do acidente.
Apesar do estado emocional de Luiz, ele deu “informa��es relevantes” durante o depoimento, segundo o delegado. O condutor n�o deixou de responder a nenhuma pergunta e foi bastante claro nas respostas. Ele n�o foi detido e dever� ser ouvido novamente nos pr�ximos dias.
“Ele n�o foi detido, at� porque n�o havia nenhuma cautelar ainda contra ele. Ele foi ouvido e agora as investiga��es v�o dar prosseguimento. Ele deve dar novas declara��es, ainda tem novas colabora��es em rela��o ao inqu�rito policial. N�o h�, neste momento, a necessidade da cust�dia cautelar dele”, destacou Tavares.
Filha da dona da Localima passa mal em depoimento
Al�m do motorista, a Pol�cia Civil ouviu, nesta segunda-feira, a filha da dona da Localima, que representou a empresa dona do coletivo em Belo Horizonte e Jo�o Monlevade. Ao delegado, ela destacou que n�o conhece ao certo os tr�mites da empresa, mas apresentou documentos que mostravam o arrendamento do �nibus junto � empresa JS Turismo. Durante a oitiva, a mulher chegou a passar mal, tendo que receber atendimento m�dico.
“Ela alegou no depoimento que ela n�o conhece muito bem os tr�mites da empresa, que a empresa est� no nome da m�e dela, e quem conduz essa empresa � a m�e e o pai, al�m dos irm�os. Durante o depoimento, ela teve um mal estar e foi atendida por um m�dico da Pol�cia Civil, sem maiores consequ�ncias, e resolvemos encerrar o depoimento dela naquele momento, at� porque ela n�o trazia muitas qualidades no depoimento que pudesse ser usado como elemento probat�rio”, ressaltou Paulo Tavares.
O delegado afirmou que aguarda a m�e e o pai da mulher, que s�o donos da Localima, para prestar depoimento na pr�xima semana. De acordo com Paulo Tavares, 10 pessoas j� foram ouvidas formalmente at� o momento. A conclus�o do inqu�rito depende dos resultados da per�cia t�cnica e de dilig�ncias fora de Minas.