
O tom de alerta engrossou desde o �ltimo final de semana. Ap�s bater recorde de notifica��es e confirma��es da COVID-19 em novembro, nos primeiros dias de dezembro os n�meros dispararam.
“Desde que a pandemia come�ou, n�s nunca tivemos uma incid�ncia t�o alta. Semana passada tivemos 288 novos casos”, afirmou a coordenadora de Vigil�ncia em Sa�de, Janice Soares. A m�dia de casos confirmados est� em 35, 78,2% a mais do que o m�s anterior. Al�m disso, o que tamb�m preocupa � o avan�o das interna��es.
Dois hospitais particulares atingiram 100% de ocupa��o dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no final de semana. “Se esses indicadores continuarem do jeito que est�o, da semana passada at� esse final de semana, em que a ocupa��o dos hospitais estava alta, h� a possibilidade de ir para a onda vermelha e n�o � isso que n�s queremos. Precisamos trabalhar agora para permanecer na amarela e depois a gente ir para a verde”, destacou Janice.
Nesta quarta, a taxa de ocupa��o na sa�de suplementar est� em 61,1%, ou seja, considerando as quatro unidades da cidade. J� no Sistema �nico de Sa�de (SUS) este �ndice � menor, 36,7%. Ao todo, somando sa�de p�blica e suplementar, 33 pessoas est�o internadas em UTI’s.
J� na “onda amarela” desde a semana passada, o munic�pio recuou em algumas flexibiliza��es. Eventos e cultos s� podem ser realizados para no m�ximo 30 pessoas. M�sicas ao vivo em bares e restaurantes est�o suspensas. Apenas as 22 escolas j� autorizadas e em funcionamento podem manter as atividades presenciais, as demais precisam aguardar o retorno para a onda verde.
S� essas medidas n�o s�o suficientes para conter o avan�o do v�rus. A Semusa est� cobrando conscientiza��o coletiva. “Temos que pisar no freio agora, aumentar o distanciamento, ficar mais alerta, evitar as aglomera��es, para controlar e n�o ir para a onda vermelha”, alertou a coordenadora.
Relaxamento
Sem responsabilizar segmentos, o secret�rio de sa�de Amarildo de Sousa atribui ao relaxamento das medidas de preven��o e aos descumprimento das normas sanit�rias o avan�o da doen�a. “Ele n�o � apontado para um �nico segmento. Os fatores s�o apontados para o comportamento da popula��o. Observamos um aumento exponencial de festas clandestinas em s�tios, de dif�cil localiza��o (...) E tamb�m a diminui��o do uso de m�scaras nas vias p�blicas”, explicou.
A preocupa��o a partir de agora � com as festas de final de ano. No s�bado a Vigil�ncia Sanit�ria emitiu nota recomendando que as confraterniza��es sejam virtuais. Hoje, voltou a fazer o apelo, por�m para os cuidados caso os encontros ocorram. “N�o vamos deixar de usar m�scaras, n�o vamos ficar pr�ximo a menos de 1,5 metro das pessoas”, orientou a coordenadora. Janice voltou a destacar o sinal vermelho. “Est� muito preocupante, principalmente na rede privada”, citou.
Segundo a coordenadora, as �ltimas notifica��es e resultados de exames que t�m engrossado os �ndices s�o de laborat�rios particulares.
Vacina
Ainda sem previs�o para in�cio, o munic�pio est� se preparando para a vacina��o. O plano deve ser apresentado at� janeiro � Secretaria de Estado de Sa�de (Ses). “O governo estadual fez uma reuni�o com o munic�pio e temos at� janeiro para apresentar nosso plano. Ele est� sendo constru�do. O governo estadual deu algumas diretrizes para ele, para organizar a rede de frio, adquirir insumos, freezers, organizar o RH para fazer a aplica��o, capacita��o com os servidores e isso j� estamos trabalhando”, explicou Janice. Seringas e quatro freezers j� foram licitados.
*Amanda Quintiliano especial para o EM
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia
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